Ando em uma fase de questionar absolutamente tudo. Por que as coisas são como são? Por que trabalhamos? Por que comemos o que comemos? Por que compramos casas? Por que queremos dinheiro? Por que tivemos de ir à escola? O que a escola fez da gente? O que a sociedade faz da gente?
Sim, às vezes viver dentro da minha cabeça pode ser meio enlouquecedor. Mas, ao mesmo tempo, questionar tudo isso tem aberto caminhos muito libertadores. Ao buscar as respostas para tais perguntas, me deparei com algumas figuras inspiradoras.
Figuras, estas, que também tiveram seus questionamentos e ousaram quebrar paradigmas já pré-estabelecidos.
Vamos a alguns exemplos.
Pelo que eles lutaram?
Recentemente, ao revisitar um livro de colunas da maravilhosa jornalista Eliane Brum – “A Menina Quebrada” – rememorei a história de Aaron Swartz. Ele foi o que eu chamaria de “ativista digital”. Acreditava que todos os documentos que, por lei, são de acesso público deveriam estar disponíveis na internet.
Tentou disponibilizá-los ao mundo e, frente a uma ameaça de mais três décadas na prisão, suicidou-se. Ele tinha 26 anos.
Também há pouco tempo assisti no Youtube a uma entrevista da ativista Luisa Mell. Vou disponibilizá-la aqui abaixo. Me emocionei. Aliás, me emociono. Ela fala com paixão da causa pelos animais. Da política suja por trás da indústria da carne. E da crueldade humana. Dedica absolutamente toda sua vida a isso.
É duro, mas ela luta. E faz a diferença. Aliás, Luisa foi uma de minhas inspirações para adotar, de vez, o veganismo como estilo de vida.
Há menos de um mês, me aventurei também lendo a biografia de Malala Yousafzai: “Eu Sou Malala”. Sim – a ativista paquistanesa que, em 2014, ganhou o Nobel da Paz. Foi a mais jovem pessoa na história a receber essa condecoração.
Como não se inspirar com a vida de uma menina que, mesmo diante de ameaças de morte, recusou a calar-se? Sua causa era muito clara. Sua missão, irrevogável: defender o direito de todas as mulheres no mundo à educação. Juro que chego a me arrepiar.
E o mais louco é que todas essas pessoas são simplesmente….pessoas. Como eu e você. Se elas podem mudar o mundo, por que não nós? Por que não eu ou você?
Escrevo essas palavras com cautela, pois não quero dar uma pegada coaching a este texto. Mas a grande verdade é que vida realmente só tem sentido quando contribuímos e alinhamos nossas ações aos valores nos quais acreditamos. Quando colocamos nossos talentos à disposição de causas que defendemos.
No livro “Desperte seu Gigante Interior”, Anthony Robbins (há de se admirar esse cara, por mais louco que seja), escreve:
“Se queremos o nível mais profundo de realização na vida, só podemos alcançá-lo de um modo: decidindo o que mais prezamos, quais são nossos valores superiores e, depois nos empenhando em viver por eles (…) Todos nós respeitamos pessoas que defendem aquilo em que acreditam, mesmo que não concordemos com suas ideias sobre o que é certo ou errado. Há poder em indivíduos que levam suas vidas congruentes, em que suas filosofias e ações são a mesma coisa”.
Escolha suas lutas. Com sabedoria
Os exemplos que acabei de apresentar são de pessoas “grandes”, com extrema visibilidade. Mas eles são ilustrativos. A grande verdade é que não precisamos ser “famosos” ou ter um número grande de seguidores para lutar pelo que acreditamos. Aí está a crença que, muitas vezes, nos impede de agir.
Comumente, acreditamos que defender causas é somente algo que um ativista, ou Gandhi ou uma Madre Teresa de Calcutá faria. Mas a realidade é que você pode mudar o mundo diariamente. E mais – pode alinhar esse propósito até mesmo com o seu trabalho.
Eu, por exemplo, fui trabalhar na Like Marketing por acreditar nos VALORES que seus clientes propagam: mais saúde e qualidade de vida à população, uma medicina preventiva, mais natural, mais humanizada. Hoje, sinto que prestar serviço a essas pessoas é, de certa forma, contribuir para um mundo melhor.
Todos os dias, sinto que estou oferecendo algo de bom às pessoas, de alguma forma. Penso que faço alguma diferença no mundo, por menor que seja. Isso dá sentido à minha vida. Me preenche. Me faz ter vontade de trabalhar. Parece blablabla motivacional, mas juro que não é.
A grandiosidade está também nas pequenas ações. Lute pelo que você acredita nas coisas mais simples. Comece pela sua alimentação. Ou quem sabe experimente praticar a não-violência nas suas atitudes cotidianas. Falamos tanto dos políticos. De direita e de esquerda. Mas e as nossas atitudes?
Bem recentemente, em uma discussão política no WhatsApp, soltei uma frase sem querer que acabou até virando citação no Instagram da Rejane Toigo: “as pessoas não escutam nada que a gente fala. Elas podem apenas se inspirar no que a gente faz”.
Se você está em um trabalho que não está alinhado com seus valores, procure mudar. Ou, pelo menos, traçar um plano de ação para transformar essa realidade. É muito desperdício deixar seus talentos correrem pelo ralo por algo em que você não acredita.
Aja. Descubra pelo que VOCÊ entende que vale a pena lutar. E lute.
*Observação: os links dos livros mencionados neste texto fazem parte do Programa de Afiliados da Amazon. Ao comprar por eles, você ajuda a rentabilizar meu trabalho. <3