Eu sei que você tem medo. Também tenho. Mas se tem algo que eu descobri nos últimos meses é que ficar amedrontada(o) representa uma das piores formas de permanecer estagnado na vida e, pouco a pouco, se deparar com um vazio existencial incômodo.
Em resumo: o medo é uma das maiores gaiolas emocionais que existem. Por mais que isso soe um pouco como teoria da conspiração, a verdade é que a sociedade tende a se aproveitar disso para que você se torne cada vez mais dependente do consumo, do materialismo, de uma vida repleta de coisas, mas vazia de significado.
Topa aprofundar um pouco mais?
Neste artigo, quero compartilhar alguns insights da minha jornada na esperança de, quem sabe, incentivar você a ter mais clareza sobre decisões que, eventualmente, venha adiando por conta dessa emoção primitiva…
A essência do medo e o caminho para superá-lo
Se temos medo é porque, de alguma forma, esse instinto foi necessário para nossa evolução como espécie até o presente momento. Aí é que está o grande “x” da questão: não é desnecessário sentir temor, pois trata-se de um mecanismo de autoproteção.
O que você não pode é deixar isso dominar a sua vida. A sociedade capitalista é perita em usar o medo (de não ser suficiente, aceito pelo grupo, de ficar doente ou desamparado) para que você consuma cada vez mais, compre planos de saúde cada vez mais caros e permaneça, muitas vezes, em um emprego/uma rotina de que não gosta para pagar por tudo isso…
Vou falar bem a real: eu já estudei muito sobre Marketing e Neuromarketing e quero que você saiba…as pessoas que vendem qualquer coisa a você sabem exatamente que medo, ansiedade, desejo de pertencimento e insegurança são ótimos gatilhos para lhe convencer a abrir a carteira.
Principalmente trabalhando com essa parte do nosso cérebro que ainda é completamente primitiva e dominada por instintos desprovidos da razão. Ela é capaz de nos colocar nas piores armadilhas. Sabe por quê?
Porque a realidade é que não importa o que você faça, quantos seguros tenha ou muros construa, você não pode evitar o seguinte: o acaso sempre vai agir. Amanhã você pode simplesmente tropeçar, cair no chão, bater a cabeça e morrer na hora. Sei que é um exemplo dramático e que estatisticamente isso é pouco provável.
Mas pode acontecer. Você só pode comprar segurança até um certo ponto. Na verdade, todos estamos sempre vulneráveis às forças maiores da Natureza, superiores a nós seres humanos (que, como gosto de dizer, não passamos de poeirinha cósmica).
Porque vale a pena driblar o medo e voar, ainda que você caia
No decorrer da minha jornada de transição da CLT para o trabalho remoto e a vida nômade, já enfrentei – e ainda enfrento, claro – muitos medos diferentes. O primeiro e mais óbvio deles é: “e se um dia faltarem dinheiro e clientes?” Que depois venho acompanhado de “E se eu for para algum país ou cidade sozinha e algo acontecer comigo?”
Foi diante de questionamentos como esses que comecei a me aprofundar mais em leituras de autoconhecimento e espiritualidade. E foi assim que comecei a compreender que a pior sensação é ficar preso nesse medo do “E SE…”.
Quanto mais acumulamos para nos sentirmos seguros, mais inseguros ficamos. Como escrevi em uma coluna para o Be Freela, muitas vezes o excesso de posses, segurança e dinheiro guardado só nos torna mais medrosos e ansiosos, pois nos sentimos responsáveis por manter tudo isso.
E, bem…se eu não tivesse superado o medo de escrever meus artigos, viver experiências nômades, expor minha vulnerabilidade e até abrir mão de ganhar dinheiro com alguns clientes para escrever textos assinados por mim mesma, você não estaria lendo essas palavras agora.
Sabe o que mais? Nem eu sei onde tudo isso vai dar! Eu ainda tenho medo. Só que cada vez mais percebo que, no decorrer dessa jornada, eu já caí várias vezes, de fato. Acontece que quando a gente voa e cai, acaba dando um jeito de se levantar.
E, assim, aprende e melhora no próximo voo.
É como diz aquela frase de cardzinho do Pinterest:
“What if I fall? Oh, my darling, but what if you fly?”
“Mas e se eu cair? Ah, minha querida, mas e se você voar?”
Se este texto te trouxe insights para tomar uma decisão importante e deixar um pouquinho do medo de lado, me conta aqui depois? Eu vou amar saber e ler o feedback.