O que aprendi sobre trabalho com o novo filme do Almodóvar?

No último sábado, lá estava eu em um dos meus programas favoritos da vida: cinema. Fui ao #supercult (haha) cinema Guion, assistir ao novo longa do Almodóvar: Dor e Glória. Até agora, volta e meia tenho algum novo insight sobre o filme. Trata-se, na verdade, de uma espécie de autobiografia do cineasta em uma fase decadente de sua vida. 

Ele já havia feito sucesso. Conquistado o mundo com seus filmes. Repleto de prestígio e fama. E, no entanto, lá estava ele. Infeliz, frustrado e deprimido.

Sem dúvidas, um dos motivos de maior agonia do cineasta é a DOR. Não só a emocional. Ele é acometido por uma verdadeira lista de patologias: de enxaqueca, passando por problemas no ciático, até engasgamentos involuntários por conta de uma síndrome rara nos ossos. 

Toda vez que é afligido por uma crise, a cada cena, o espectador sente na pele.  

Três insights sobre o filme Dor e Glória

E aí veio o primeiro INSIGHT:

1) INSIGHT UM: nós deveríamos, todos os dias, agradecer mais pelo simples fato de termos saúde. Enquanto estudiosa da fisiologia humana (trabalho com produção de conteúdo médico e cada vez mais entendo mais sobre o tema), é um verdadeiro MILAGRE o simples fato de nosso corpo acordar a cada dia funcionando normalmente.

E o que é mais louco? Às vezes, por conta do próprio excesso de trabalho, colocamos em cheque a saúde mental e física. Isso é pura insanidade.

Buenas, agora sobre o estado deprimido do diretor: 

2) INSIGHT DOIS: buscar o sucesso só pelo sucesso não adianta. Qual é o PROPÓSITOdo seu trabalho? Fama, prestígio, dinheiro…tudo isso é maravilhoso. Mas não é suficiente. O filme é mais um exemplo de que o combustível que move a vida é o entusiasmo. É transformar nossa ansiedade em potencial criativo. Sem isso, a vida perde a cor. 

Com algumas pinceladas incríveis e a participação da maravilhosa Penélope Cruz (como pode ser tão diva essa mulher?), o filme se propõe também a mostrar algumas cenas da infância do diretor. Sua mãe acreditava que, um dia, ele seria padre. 

Bem, se tornou diretor de cinema, como já sabemos.

Em uma cena bem comovente (#spoileralert) ele pede desculpas à mãe por não ter realizado o sonho dela.

E assim, entra em cena o insight número 3: 

3) INSIGHT TRÊS: nem sempre suas escolhas profissionais vão agradar sua família, seus amigos, ou familiares. Mas, sinceramente, é melhor pedir desculpas a eles e correr atrás de seus sonhos. Se Almodóvar tivesse seguido o caminho escolhido pela mãe, todos nós não teríamos conhecido seu talento excepcional para o cinema.

O filme vai muito além de uma análise de carreira. É também sobre amores, dores, superação. É visceral, como outros trabalhos do diretor (A Pele Que Habito, por exemplo, que assisti há tempo e achei fantástico). Talvez você assista e tenha outros inúmeros insights…

Se for o caso, compartilhe aqui que vou adorar saber!

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