Você está de bom humor, sem nenhuma preocupação específica em mente. Aí pega o celular, desbloqueia a tela e abre o WhatsApp. Diante de uma simples frase/mensagem – ou quem sabe ausência dela – seu humor muda instantaneamente. Quem nunca viveu essa cena? Seja na esfera pessoal ou profissional, nosso mundo, nossa vida hoje acontece na tela do smartphone.
No meu caso, como trabalho de forma remota, basicamente todos os meus contatos, minha agenda e meus compromissos estão centrados no meu aparelho. Gerencio até mesmo minhas finanças todas pelo celular como uma boa representante da geração Y. Isso é fantástico, mas por outro lado gera um senso de dependência assustador.
Ouso afirmar também que não sou a única a lidar com as ansiedades associadas ao mobile. De acordo com um levantamento da empresa Statisa, os brasileiros batem o recorde quando se trata de tempo passado no aparelho: a média diária é de 4h48 minutos. É MUITO tempo conectado ao mundo virtual e, de certa forma, desconectado da vida real.
Então, você experimenta ansiedade com o celular? Bem-vindo(a) ao clube. Mas hoje quero dizer que é possível desenvolver algumas estratégias para lidar melhor com a situação. Vou compartilhar as minhas com você.
Mas antes, queria aprofundar um pouquinho sobre os…
Efeitos colaterais da hiperconexão
Como bons viciados, o primeiro passo é admitirmos: somos extremamente dependentes do celular. E precisamos ser responsáveis ao lidar com isso. Precisamos saber o que o telefone causa ao nosso corpo e à nossa mente. O melhor caminho é o estudo e a observação.
Em minha própria experiência, comecei a perceber que o hábito de pegar o celular já me dava uma certa ansiedade, me deixava agitada. Tinha medo de ler algo ruim ou ver algo que não gostaria nas redes sociais. Ou, então, de me perder em meio às distrações do aparelho e deixar de produzir conteúdos com qualidade.
Em meio a isso, vi um post do médico Dr. Ítalo Rachid que me chocou extremamente: pesquisas científicas já vêm demonstrando que até crianças estão recebendo diagnósticos errados de autismo devido à superexposição às telas. E que a luz azul – esta que o celular emite – é prejudicial aos olhos e ao sono.
É bizarro. Mas não creio que seja possível simplesmente abandonar o smartphone. Ele traz muitas funções positivas à nossa vida, otimiza a rotina e, ainda bem, nos permite trabalhar a qualquer hora de qualquer lugar. Então, cheguei à conclusão de que o ideal é encontrar o caminho do meio – o famoso equilíbrio no uso do dispositivo.
Vou falar sobre o processo que desenvolvi agora.
Como se desconectar? 5 estratégias que desenvolvi
Já que eu sei que você está com o celular aí perto (ahahaha) – ou talvez esteja lendo este artigo nele – aproveite, abra o bloquinho de notas e já registre algumas estratégias para colocar em prática e diminuir sua ansiedade ao usar o celular:
1.Defina horários estratégicos para checar o WhatsApp;
Eu defini alguns momentos-chave do dia para monitorar o fluxo de mensagens e responder contatos no WhatsApp. Para a minha rotina, os melhores horários são 9h, 11h, 13h, 14h, 16h e 18h. Mas você pode adaptar conforme a sua realidade.
2.Inclua momentos na sua rotina de TOTAL desconexão;
Se você não consegue fazer deliberadamente isso, experimente alguma atividade que lhe permita. No meu caso, as minhas aulas de Yoga são sagradas. Quando chego no estúdio, desligo o celular e aproveito para respirar e me desconectar completamente.
3.Valorize todas as interações REAIS que você tiver com outras pessoas;
Sabe o que me dá agonia? Aquela cena das pessoas sentadas na mesma mesa,, simplesmente imersas no celular e não prestando atenção uma a outra. Pô, a gente já passa tanto tempo online! Aproveite ao máximo as conexões reais. Ria. Curta o momento. Olhe no olho.
Aliás, uma dica: se você fica no celular horas enquanto está com alguém, talvez seja hora de rever essa amizade/relação.
4.Na dúvida, ligue;
Recebeu alguma mensagem que lhe deixou confuso/confusa? Aquele texto/emoji mal interpretado deixou você incomodado(a)? Ligue e passe a história a limpo. Aproveite que o celular ainda tem essa função do botão ligar. Esclareça as coisas conversando ao invés de perder tempo especulando.
5.Durma com o celular longe da cama;
À noite, afaste esse “símbolo” de distrações e tarefas de você. Coloque o aparelho no modo avião, deixe carregando em outro espaço da casa, evite acordar e dormir olhando direto para o celular. Sua saúde física e mental agradece.
E aí, curtiu as dicas? Se você achou elas úteis, deixe um comentário e compartilhe com aquele amigo/amiga que também vai gostar de ler no WhatsApp, LinkedIn, Twitter ou Facebook.