Um mergulho no processo criativo de Fragmentos, meu primeiro e-book de poesias e fotografias

Me lembro bem de como foi o sentimento quando compartilhei meus primeiros artigos lá no LinkedIn e aqui no blog. Escrevia, lia e revisava duzentas vezes os textos (não vou mentir, ainda reviso 200 vezes os textos, mas enfim). 

Naquela época, postava e saía correndo (não vou mentir de novo, às vezes ainda faço isso). Não sei se com mais medo de possíveis reações adversas, de ser ignorada ou da minha própria Síndrome da Impostora que dizia: “quem é tu para opinar sobre qualquer coisa?”.

Hoje, faz mais de um ano que compartilho pensamentos, experiências pessoais e profissionais por aqui. Quase 80 artigos escritos. Tem sido uma aventura e tanto.

Inúmeros altos e baixos já aconteceram desde então. Há dias em que ainda penso ser incapaz de escrever palavras relevantes, em outros sinto o calor forte de cada comentário carinhoso em um novo texto publicado e me permito continuar.

O ápice da jornada aconteceu nas últimas semanas: decidi escrever, diagramar e lançar meu primeiro e-book de poesias e fotografias completamente autoral – Fragmentos (talvez você tenha percebido minha emoção quando anunciei o projeto aqui e lá no Instagram).

Nesta semana, então, pensei: por que não compartilhar um pouco dos bastidores do processo criativo também? Já que o livro é bastante vulnerável, será que não posso ir ainda mais fundo e contar como toda ideia surgiu?

Bom, aí vai:

Antes da coragem, a incerteza

Sem dúvidas, acho que na minha jornada o maior desafio para criar um livro tenha sido este: crer que realmente eu era capaz. Vou tentar explicar com uma referência. Você já assistiu à série This Is Us?

Pois bem, se eu estivesse nela, seria o Randall. O personagem que se esforça na medida do impossível para que tudo seja perfeito. Então, você pode ter dimensão do grau de exigência que colocava em mim mesma antes do projeto sequer ser concebido.

Sabia desde o início deste ano que gostaria de escrever um livro – tava lá na minha listinha de metas do Trello (olha o Randall aí de novo). Mas não sabia muito bem ainda como, sobre o que, de que formas criá-lo.

Além disso, não é segredo que sou apaixonada por arte. Tudo que envolva livros, música, fotografia e poesia me interessa. Talvez por isso tenha sido tão desafiador me reconhecer também como artista, acreditar que poderia criar algo de valor assim como as pessoas talentosas que admiro.

Some isso ao fato de que posso até ter certa habilidade reconhecida com as palavras, mas nunca me julguei muito talentosa com processos gráficos. Não manjo de design e ilustração. Então, fiquei por meses um pouco travada nessa situação.

Por onde começar o caminho que eu desejava trilhar?

Quando a criatividade floresce

Há algo interessante que às vezes acontece na vida: quando a gente para de se cobrar tanto, as ideias brotam mais facilmente. Na verdade, “Fragmentos” nasceu justamente assim: como um impulso criativo em meio a caminhadas na Natureza e pensamentos aleatórios.

O que ocorreu, na verdade, é que me dei conta de que o livro já estava pronto. Apenas não havia se materializado. 

Como adoro fotografar, meu celular estava cheio de imagens que gostaria de compartilhar, mas nunca tinham ganhado espaço. Meus diários estavam cheios de poeminhas e pensamentos que desejava compartilhar.

Tinha pela minha mesa inúmeros desenhos de folhas e rabiscos feitos em giz de cera que, até então, eram só fragmentos de um passatempo (aí também veio a fagulha que inspirou o nome). 

Fui me dando conta de que todo meu processo e potencial criativo já estava ali. Só não havia conseguido compilar tudo isso ainda de uma forma que me agradasse.

E o que me faltava? Apenas começar. Digitalizei o material e construí o e-book que, confesso, não creio até agora – depois de lançado – que esteja perfeito.

Mas está vivo

E isto foi lindo: perceber que sempre houve em mim a capacidade de fazê-lo acontecer.

O que encontrei do outro lado do medo

Quando deixei florescer meu processo criativo, o e-book basicamente ficou pronto em duas semanas. Só que ainda havia um outro desafio: pensar em como mostrar para as pessoas que meu trabalho realmente valia a pena.

Já trabalho com Marketing Digital há anos, conheço as ferramentas, sei de inúmeras “estratégias infalíveis de vendas”. Acontece que existe um entrave bem pessoal meu no que se refere a tudo isso…

Não sei se por ser mulher (a sociedade nunca favoreceu minha autoestima, né), por ser perfeccionista, ou se por ter ranço de “papo de vendedor” desde sempre, mas a verdade é que odeio a ideia de “me vender”. Tipo muito, muito mesmo.

Gosto de ser quem eu sou e, a partir daí, penso que quem se identificar com minha forma de ver o mundo talvez queira comprar o que escrevo. Então, quando parei para estruturar uma “campanha de lançamento”, também optei por deixar o processo fluir.

Não pensei exclusivamente na melhor forma de ser persuasiva. Escrevi a partir do meu coração. Falei sobre como o livro é um sonho se tornando real e compartilhei isso com as pessoas que me acompanham em minha Newsletter e nas redes sociais. 

Assim, todo o processo do lançamento, em si, foi muito mais leve e gostoso. 

De qualquer forma, um certo frio na barriga foi inevitável. Primeiro, porque o livro é super vulnerável. É difícil se abrir assim em uma sociedade que nos cobra ser fortes o tempo todo. Não ter medo de mostrar o que sentimos e sermos julgados por isso é uma batalha interna extensa.

Mas valeu a pena. Recebi feedbacks maravilhosos e ganhei novamente uma dose grande de coragem para continuar partilhando minhas ideias, devaneios e visões de mundo por aqui e nos meus outros canais.

Então, foi realmente muito recompensador. E por que compartilho tudo isso? 

Porque acredito que todos nós temos sonhos e desejos que, muitas vezes, colocamos em uma caixinha e deixamos de realizar, seja pelo nosso medo ou dos que estão ao nosso redor.

Quantas vezes você já deixou de voar por conta daqueles que te prendiam ao chão? De verdade, não quero fazer a coach aqui, mas permita-se. Não engavete seus projetos mais ousados pelo medo e a autocobrança exagerada.

Sei que não é fácil. Eu mesma já estou aqui pensando se um dia terei coragem de fazer tudo de novo e escrever outro livro.

Mas, sério: encontre um espaço para fazer aquilo que você gosta. Mesmo que dê medo ou que o retorno financeiro não seja o mais interessante do mundo.

Te prometo que a vida vai ganhar mais brilho.

Ah!! E, não vou deixar de lembrar, claro, que meu livro agora já está oficialmente lançado. A capa está aí – você pode clicar nela para comprá-lo, ou também direto neste link aqui.

Ao adquiri-lo, como expliquei, você ajuda a rentabilizar também o meu sonho de continuar escrevendo e criando arte.

Obrigada. 🙂




2 respostas para “Um mergulho no processo criativo de Fragmentos, meu primeiro e-book de poesias e fotografias”

  1. Nossa!! Que texto inspirador. Já comentei em outra plataforma o quanto gosto da sua forma de escrita. Ao meu ver, você se posiciona de forma simples, clara e específica… Tudo isso trás naturalidade e fica fácil de compreender. Realmente não deve ter sido um processo nada simples para escrever o e-book, mas que bom que você se permitiu e espalhou para o mundo!! Me senti bastante entusiasmado ao ler esse artigo e vieram alguns insights que precisavam desse “despertar”. Sucesso!! Com certeza vc está no caminho certo.

    1. Oi, João Pedro! Ahhh, fico muito feliz de saber que gostou do texto. Eu que agradeço a você, por ter tirado um tempinho e escrito esse feedback – significa muito para mim, mesmo. 🙂 mais legal ainda saber que minhas palavras geraram insights por aí. Desejo que tenha muito sucesso também em seus projetos. Um abraço e uma ótima semana por aí.

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