RESENHA – Na Minha Pele

“Quando você se deu conta de que é branca?”

Esta é uma das questões mais relevantes para reflexão que ficou marcada em mim recentemente, trazida por @olazaroramos, em seu livro “Na Minha Pele”.

Ao mesclar a narrativa de trechos marcantes de sua vida pessoal – a criação na Bahia, a relação com @taisdeverdade, os valores que busca passar aos filhos – aos seus questionamentos enquanto autor, diretor e cidadão negro, ele nos provoca a buscar soluções para uma sociedade mais justa.

Ao admitir que ele próprio, tampouco, possui todas as respostas, enriquece nosso pensamento crítico ao apresentar novas perguntas importantes.

Uma delas:

Como brancas e brancos podem participar ativamente de uma educação antirracista?

Ele sugere leituras como as de “Um Defeito de Cor”, de Ana Maria Gonçalves e “O Olho Mais Azul”, de Toni Morrison.

Também coloca os questionamentos:

“Como as negras e os negros podem se sentir mais valorizadas(os), acolhidas(os), representadas(os)? Que formato de representatividade é necessário para isso?

Importantíssimos também os pontos do autor acerca da solidão da mulher negra – que hoje ainda é a mais desvalorizada em toda a hierarquia social.

Em geral, recebe menos afeto, menos salário, menos assistência (mesmo na hora do parto, com menos anestesia!)

Como garantir a dignidade da mulher negra?

São questões atuais e urgentes. Agradeço a Lázaro que, por meio de seu livro, as colocou em pauta.

Temos um novo governo começando. Estas questões, agora mais do que nunca, precisam ser pautadas – pelos nossos representantes políticos (por meio de políticas públicas que ajudem a solucioná-las) e por nós, sociedade civil, igualmente.

E você? Tem alguma sugestão acerca delas?

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