Você quer entender o que acontece com jovens e crianças no Brasil?
Eu quero. Ainda machuca a lembrança dos atentados que vimos acontecer em escolas do país neste ano.
Para onde caminhamos na educação? E por quê?
Mais uma vez, a arte pode trazer pistas.
Acompanhei recentemente uma exibição do filme “A Primeira Morte de Joana”.
A história narra a trajetória de Joana e Carol – duas amigas que frequentam a mesma escola no interior do Rio Grande do Sul.
👇 Temas muito atuais permeiam o enredo:
🔸 machismo estrutural escancarado (o que “gurias” não podem fazer e “guris” podem)
🔸 sexualidade como “tabu” (tema pouco abordado em casa e na escola)
🔸influência cada vez mais notória da religião no contexto familiar e escolar
🔸 bullying escolar por parte de outr@s jovens que, talvez por medo e repreensão dos próprios pais, são incapazes de aceitar qualquer expressão do “diferente”
Um filme que causa tristeza, mas também aponta caminhos envolvendo a beleza da sensibilidade que Joana e Carol se descobrem capazes de preservar pelo olhar, o toque, a diversão inocente – mesmo entre brigas e reconciliações comuns a esta fase da vida.
Há sempre esperança.
Mas, para que esta permaneça acesa, a arte há de se preservar viva.
É o que se passa diante dos olhos de quem acompanha o desabrochar das protagonistas em meio à observação dos cataventos de Osório, que rodam incessantemente marcando a passagem de um tempo… A juventude!
Esta tão decisivamente penetrante no íntimo para a formação psíquica do ser adulto posterior. E que merece atenção e olhar atento, amoroso e afetuoso.
Agradecimento especial à Paula Taitelbaum pela indicação do filme. Recomendo que você também acompanhe.
A relação completa de todas as salas está disponível em @aprimeiramortedejoana
Foto: Okna Produções/Divulgação