Foi lindo, impactante ver a frase saindo dos lábios de Sophie Charlotte, interpretando Gal Costa, usando sua voz. Isto na mais recente adaptação cinematográfica – que chegou às telonas agora em 12 de outubro de 2023 – sobre a vida da cantora, com direção compartilhada entre Dandara Ferreira e Lô Politi.
Voz é poder político. Cantar é um ato político. Não necessariamente partidário. Mas é política.
Aliás, tomei nota de algumas reflexões pontuais e essenciais que o filme me trouxe:
✔️ O que cantamos e escrevemos, enquanto artistas e mulheres, é político. Escolher sobre o que falar. É política.
✔️ O que vestimos e como nos vestimos. É política.
✔️ Sair de casa. É política.
✔️ O que assumimos de prazer para nós mesmas. É política.
✔️ O que fazemos em nossas relações é político. Afetar-se é política.
✔️ O que se compra. O que se come. O que se bebe. É política.
✔️ O quanto/com que se trabalha e como se trabalha. É política.
✔️ Como usamos o cabelo. É política.
✔️ Como nos locomovemos. Avião, carro, metrô, trem, ônibus, barco? É política.
✔️ Não silenciar diante de abusos. E buscar aprender mais sobre nós mesmas e mesmos para evitar padrões abusivos. É política.
Talvez o ponto central aqui seja:
💭 O quanto disto tudo fazemos de forma consciente e o quanto é INconsciente? Como trazer o inconsciente à dimensão consciente?
Jamais ousaria dizer que tenho todas as respostas. 📖 Mas sinto, depois de ver Gal, um sopro de certeza de que a música auxilia no processo. Ela toca, vai em algo do ser humano de dimensão muito profunda.
Livros, música, estudo…apontam caminhos à sanidade, civilidade, humanidade.
E tu? Concordas comigo? Fique à vontade para me contar nos comentários – ou trazer outros questionamentos/levantamentos.
📷: Foto – Cantora Gal Costa, imagem de domínio público.
✔️ #pratodosverem: Fotografia da Cantora Gal Costa, na década de 1970, com sorriso aberto, batom avermelhado, cabelos longos, escuros e ondulados. Foto de Domínio Público.