O que aprendi praticando Yoga em uma cabana

Eis um paradoxo: apesar de amar viajar e curtir o estilo de vida nômade, sou uma pessoa apaixonada por rotina. A solução para esse dilema, conforme descobri em algumas viagens no ano que passou, é levar “um pouco da minha rotina” junto em minhas andanças por aí. Nessa equação, a Yoga não pode faltar.

Eu pratico asanas (posturas de Yoga) religiosamente, todos os dias, para manter meu senso de foco e diminuir a ansiedade. É algo que faz parte de mim – eu necessito dessa conexão interna para me sentir bem – sem ela, fico perdida. Por isso, meu tapetinho tem sido meu parceiro em diversos roteiros por aí.

Aqui está a prova:

tapete de yoga e mala

Muito além do fato se ser gostoso ter um senso de rotina nas viagens, reproduzir os hábitos que tenho em casa em locais distintos rende vários insights interessantes. Por isso, neste primeiro artigo de 2020, quero compartilhar um pouquinho do aprendi fazendo Yoga em uma cabana bem exótica.

Topa aprofundar? 🙂

Idealize menos, renda-se ao presente

Como praticante de Yoga, só de pensar em fazer meus Asanas em um lugar lindo, cheio de verde, em uma cabana repleta de Natureza já me parecia algo incrível. Só que, como tudo na vida, a realidade nem sempre é como a gente idealiza, não é?

Pois bem, quando finalmente esse momento glorioso chegou, eu tive que enfrentar alguns fatos. Primeiro: onde há mato, costumam haver mosquitos. Segundo: no calor, a prática fica bem mais complicada. É preciso se adaptar.

Permanecer em uma postura enquanto um mosquitinho pica sua perna e ela coça, enquanto o suor do sol escorre pelo corpo, pode ser extremamente desafiador. Mas aí é que está o grande insight: na vida é exatamente a mesma coisa. Às vezes, tudo que podemos fazer é dar nosso melhor frente às adversidades.

Não adianta idealizar a prática perfeita e não reconhecer a realidade como ela é. Se está muito quente, talvez seja necessário reduzir o tempo de prática, ou adiá-la. Se a perna coça, às vezes é preciso parar e coçar. Não tem outro jeito.

Isso se chama adaptabilidade – justamente uma das habilidades que acho que mais teremos que desenvolver na próxima década (conforme mencionei neste artigo). Praticar Yoga em uma cabana me ensinou que às vezes precisamos simplesmente lidar com a realidade como ela se apresenta e desapegar dos planos idealizados.

Dançar com a vida: eis o caminho

Em meio a todos esses devaneios, também recordei alguns aprendizados que tive ao participar de um Workshop em 2019 sobre a Psicologia do Yoga. Uma das ministrantes do Curso, a maravilhosa Maria Nazaré Cavalcanti, proferiu uma frase que resume bem o que percebi ao praticar na cabana:

“A gente não pratica “Yoga” para ficar melhor em “Yoga”. A gente pratica Yoga para ficar melhor na vida”.

Por quê? Porque é justamente através da prática diária e contínua que esses insights vêm até nós. A frase de Pattabhi Jois também cabe perfeitamente aqui: “Pratique e tudo virá”. Todas as respostas, tudo aquilo que você precisa saber, você encontrará ao olhar para si mesmo.

Por isso, desejo que em 2020 consigamos colocar tudo isso em prática. Ter coragem de percorrer o caminho do autoconhecimento e do autoestudo. E que a Yoga continue presente nos tornando melhores nessa dança louca e mágica que é viver.

E aí, curtiu os texto? Me deixa saber aqui nos comentários! 🙂




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