Nomadismo digital x rotina: como equilibrar essa equação?

peão equilibrando no chão

“Seja constante e metódico em sua vida, para que possa ser violento e original em seu trabalho” – Gustave Flaubert. Essa frase, retirada do maravilhoso livro “Roube Como um Artista”, pode até soar um pouquinho assustadora para nômades/aspirantes ao nomadismo digital.

Afinal, a graça do trabalho remoto não é justamente ter flexibilidade de horários e poder viver mais “livremente”, sem uma rotina fixa? Com certeza. Acontece que liberdade sem comprometimento – e um pouquinho de organização – acaba, paradoxalmente, virando uma prisão.

A resposta, como na maioria das vezes, está no equilíbrio. Por isso, neste artigo quero compartilhar com você alguns insights e técnicas para balancear o lifestyle nômade com a estabilidade de uma rotina. 

Vamos lá? 🙂

Uma breve contextualização: a importância da rotina (no nomadismo e na vida, em geral)

Antes de compartilhar com você um pouquinho do meu processo, gostaria de fazer uma provocação: já parou para refletir sobre para que serve uma rotina? Basicamente, a resposta é que o nosso cérebro precisa disso para não pirar completamente.

Quando você começar a viajar mais, vai perceber o quanto pequenas coisinhas rotineiras realmente fazem falta. Por exemplo: abrir o chuveiro sem ter que pensar como fazer isso, identificar rapidamente onde estão as louças em uma cozinha e, até mesmo, ter certeza sobre o caminho que irá percorrer até o trabalho todos os dias.

Conforme explica o jornalista Charles Duhigg no também brilhante livro “O Poder do Hábito”, a rotina e os hábitos fornecem um “descanso ao cérebro”, pois ter que parar para pensar sobre todos esses detalhes, de fato, demanda um gasto de energia mental enorme.

É igual quando você aprende a dirigir. No começo, fica tenso e precisa prestar atenção em cada movimento que está fazendo. Depois, você sabe a “rotina” que precisa seguir (colocar o cinto, ligar o carro, acertar a marcha). Tudo vira fácil e automático…Mas é aí que também mora o perigo!

Conforme mencionei em um artigo recente, acredito que viajar e trabalhar é algo capaz de nos tornar melhores pessoas e profissionais, justamente por nos obrigar a sair desse automatismo. Nos faz ficar mais atentos ao nosso redor novamente, prestar atenção no mundo e nas pessoas.

Só que sempre é válido lembrar: nomadismo não é turismo. Você vai viajar E trabalhar. Então, terá que lidar com clientes e responsabilidades – o que reforça a importância de um senso de rotina. Sem ela, fica muito fácil se perder, protelar trabalho, deixar de cumprir prazos. O que pode comprometer sua saúde física, mental e financeira.

Particularmente, penso que existe muito vazio em uma vida “estruturada” demais, mas acredito que uma vida muito desregrada também esconde um imenso vazio. Então, onde fica o caminho do meio?

Como eu equilibrei o nomadismo com a rotina

Sempre brinco que sou uma “nômade Nutella”. A verdade é que eu estou mais para uma “freelancer que trabalha em home office/cafés e viaja uma vez a cada um ou dois meses, mas ainda tem uma casa”. Mas aí está o ponto: esse foi o estilo de nomadismo que escolhi, justamente por perceber que, para mim, ter uma rotina é importante.

Quando estou “em casa”, tenho uma estrutura bem fixa: acordo por volta das 7h30, pratico Yoga, faço meu café, passeio com minha cadelinha. Trabalho online até por volta das 18h/19h e depois me desconecto. O que muda, então?

Bem, eu usufruo da minha flexibilidade me permitindo algumas concessões. Por exemplo: às vezes saio para um almoço ou café mais demorado com amigos, marco uma massagem, ou encaro um pedal no meio da semana – e acabo trabalhando menos horas. Para compensar, trabalho no sábado ou domingo (o que, para mim, não é problema).

Mas e nas viagens? O meu grande “truque”, quando não estou em casa, é tentar levar um pouco da minha rotina comigo. Procuro acordar no mesmo horário e sempre levo meu tapetinho de yoga, assim não “sofro” toda vez que saio até me adaptar. O que muda um pouco é o cenário

Por exemplo: se estou em uma cidade com praia, procuro levar meu tapetinho e fazer yoga em frente ao mar, caso o tempo esteja favorável. Seria um desperdício não aproveitar a beleza do local, certo? Assim, curto o destino e, de certa forma, não deixo de ter um senso de rotina. 

Isso é o que tem funcionado para mim. Mas, para você, pode ser diferente. E isso é o mais legal! Esse é um estilo de vida realmente novo e creio que nós vamos descobrir ao longo do caminho a melhor forma de vivê-lo com equilíbrio e saúde.

Então, se você é nômade e tem encontrado outras formas de equilibrar rotina e viagens, me conta aqui nos comentários? Eu vou amar saber! 🙂

E, se você sonha em aderir o trabalho remoto, aproveita e baixa meu E-BOOK GRATUITO com dicas práticas e sugestões de livros. 




Linhas editoriais de conteúdo: 4 insights poderosos para você criar as suas (com exemplos)

foto de um teclado, notebook e xícara de café

Um dos aprendizados mais relevantes em minha trajetória como produtora de conteúdo foi este: antes de começar a criar postagens, você precisa definir suas linhas editoriais. Caso contrário, as chances de se perder no processo são grandes (inevitáveis até, eu arriscaria dizer).

Não importa se você vai produzir conteúdo para um cliente ou para um projeto pessoal, o fato é que, antes de mais nada, desenhar uma ESTRATÉGIA editorial é indispensável.

Em termos mais simples, você precisa definir de forma muito clara sobre o que vai falar. Parece fácil? Pois é justamente aí que muitos produtores de conteúdo acabam se perdendo. Por isso, neste artigo, decidi compartilhar quatro dicas práticas para ajudar você a estabelecer suas linhas editoriais.

Vamos lá? 🙂

4 dicas para você definir suas linhas editoriais

Antes de pular para a parte das dicas, efetivamente, queria frisar só mais uma coisinha bem importante: a internet é um verdadeiro oceano de informações e conteúdos, certo? Isso sem falar que o número de redes sociais parece se proliferar em velocidade assustadora…

É por isso que reafirmo: antes de pensar em canais de distribuição e formatos (texto, foto, vídeo), você precisa refletir sobre aquilo que deseja comunicar. Isso porque, independentemente das plataformas e do tipo de conteúdo escolhido, o mais importante é que sua MENSAGEM seja clara.

Você precisa ter coerência em suas publicações. Senão, a tendência é você se empolgar e abrir demais o leque de canais e assuntos, perder sua consistência – e pior! – tornar o projeto confuso. Dito isso, vamos agora ao que interessa.

Como montar essas linhas editoriais? Abra o bloquinho de notas e anote aí:

1) Identifique três ou quatro temas que você/seu cliente realmente domina

Não faz sentido montar um projeto editorial embasado por algo que você/seu cliente não compreende, concorda comigo? Sobre quais temas você/ele realmente se posicionam muito bem, ou possuem um conhecimento acima da média? Essa vai ser a “moeda de ouro” do seu conteúdo.

2) Pense no público que você/seu cliente quer construir

Qual é o propósito do projeto de conteúdo em questão? Refletir sobre isso também é um ótimo caminho para começar a estruturar suas linhas editoriais. Por exemplo: através do meu conteúdo, eu busco me conectar e dialogar com pessoas que vivem (ou sonham em viver) um estilo de vida nômade, ou curtem a ideia do trabalho remoto.

De maneira mais simples: pessoas que têm uma “vibe” parecida com a minha. As suas linhas editoriais devem servir para APROXIMAR você de pessoas interessantes para o seu crescimento, ou para o negócio do seu cliente.

3) Explore temáticas que você/seu cliente ame

Parece óbvio, né? Porém, depois de seis anos consecutivos como produtora de conteúdo, posso afirmar com certa propriedade: você precisa ser realmente apaixonado(a) pelos assuntos sobre os quais vai falar. Se as linhas editoriais não forem interessantes, você vai perder o tesão rapidinho.

E isso vai acabar totalmente com a constância do projeto. Portanto, priorize trabalhar com clientes que abordam temáticas do seu interesse.

4) Observe as necessidades das pessoas ao seu redor

Em um artigo recente, mencionei que o EGOÍSMO (não olhar para as dores dos outros), nos faz muitas vezes perder oportunidades incríveis. Pois bem…acontece que uma das MELHORES formas de definir linhas editoriais é prestar atenção nas dores que as pessoas do nicho que você quer atingir enfrentam.

Por exemplo: eu identifiquei a partir de feedbacks que muitas pessoas que sonham com o nomadismo digital têm medo de abandonar a CLT. Então, decidi escrever um artigo falando sobre isso. Eu poderia até ir além e criar uma linha editorial para o meu projeto associada a “medos da vida nômade”. Captou a ideia?

E agora, talvez você se pergunte:

Será que linhas editoriais são imutáveis?

Já vou direto para a resposta: NÃO! Assim como tudo na vida, nada é imutável. Aliás, acho super importante analisar o efeito do conteúdo produzido e rever sistematicamente o que seu público/público do seu cliente gosta. Exemplifico, mais uma vez, com meu próprio caso:

Eu escrevo, de forma central, sobre quatro temas – produção de conteúdo, trabalho remoto/nomadismo digital, desenvolvimento pessoal/autoconhecimento e minimalismo. E, se você prestar bem atenção, na verdade todos os meus textos trazem em si uma filosofia semelhante, independentemente da linha editorial central. Por quê? Porque eu AMO todos esses assuntos (risos).

Só que…não tem sentido eu escrever só para mim. Eu escrevo para você. Por isso, inclusive, há algumas semanas fiz um post perguntando o que meus leitores mais gostam de ver por aqui, seus temas preferidos. Assim, pude ter mais clareza sobre meus próximos passos.

De forma geral, a internet tem muitos nichos (e até micro-nichos). O sucesso do produtor de conteúdo, a meu ver, reside em identificar os nichos que aprecia e realmente causar impactos neles com suas publicações.

Em tempo: se você sonha em trabalhar remoto e atuar como produtor de conteúdo, no ano passado eu escrevi um E-BOOK free com algumas dicas práticas para iniciantes. Se quiser baixar para complementar a leitura, basta clicar aqui.

E aí, curtiu as dicas? Me conta que eu vou AMAR ler o seu feedback aqui nos comentários. 🙂




Quantos voos você já evitou pelo simples medo de cair?

placa escrito "foda-se o medo"

Eu sei que você tem medo. Também tenho. Mas se tem algo que eu descobri nos últimos meses é que ficar amedrontada(o) representa uma das piores formas de permanecer estagnado na vida e, pouco a pouco, se deparar com um vazio existencial incômodo.

Em resumo: o medo é uma das maiores gaiolas emocionais que existem. Por mais que isso soe um pouco como teoria da conspiração, a verdade é que a sociedade tende a se aproveitar disso para que você se torne cada vez mais dependente do consumo, do materialismo, de uma vida repleta de coisas, mas vazia de significado.

Topa aprofundar um pouco mais?

Neste artigo, quero compartilhar alguns insights da minha jornada na esperança de, quem sabe, incentivar você a ter mais clareza sobre decisões que, eventualmente, venha adiando por conta dessa emoção primitiva

A essência do medo e o caminho para superá-lo

Se temos medo é porque, de alguma forma, esse instinto foi necessário para nossa evolução como espécie até o presente momento. Aí é que está o grande “x” da questão: não é desnecessário sentir temor, pois trata-se de um mecanismo de autoproteção.

O que você não pode é deixar isso dominar a sua vida. A sociedade capitalista é perita em usar o medo (de não ser suficiente, aceito pelo grupo, de ficar doente ou desamparado) para que você consuma cada vez mais, compre planos de saúde cada vez mais caros e permaneça, muitas vezes, em um emprego/uma rotina de que não gosta para pagar por tudo isso…

Vou falar bem a real: eu já estudei muito sobre Marketing e Neuromarketing e quero que você saiba…as pessoas que vendem qualquer coisa a você sabem exatamente que medo, ansiedade, desejo de pertencimento e insegurança são ótimos gatilhos para lhe convencer a abrir a carteira.

Principalmente trabalhando com essa parte do nosso cérebro que ainda é completamente primitiva e dominada por instintos desprovidos da razão. Ela é capaz de nos colocar nas piores armadilhas. Sabe por quê?

Porque a realidade é que não importa o que você faça, quantos seguros tenha ou muros construa, você não pode evitar o seguinte: o acaso sempre vai agir. Amanhã você pode simplesmente tropeçar, cair no chão, bater a cabeça e morrer na hora. Sei que é um exemplo dramático e que estatisticamente isso é pouco provável.

Mas pode acontecer. Você só pode comprar segurança até um certo ponto. Na verdade, todos estamos sempre vulneráveis às forças maiores da Natureza, superiores a nós seres humanos (que, como gosto de dizer, não passamos de poeirinha cósmica). 

Porque vale a pena driblar o medo e voar, ainda que você caia

No decorrer da minha jornada de transição da CLT para o trabalho remoto e a vida nômade, já enfrentei – e ainda enfrento, claro – muitos medos diferentes. O primeiro e mais óbvio deles é: “e se um dia faltarem dinheiro e clientes?” Que depois venho acompanhado de “E se eu for para algum país ou cidade sozinha e algo acontecer comigo?”

Foi diante de questionamentos como esses que comecei a me aprofundar mais em leituras de autoconhecimento e espiritualidade. E foi assim que comecei a compreender que a pior sensação é ficar preso nesse medo do “E SE…”. 

Quanto mais acumulamos para nos sentirmos seguros, mais inseguros ficamos. Como escrevi em uma coluna para o Be Freela, muitas vezes o excesso de posses, segurança e dinheiro guardado só nos torna mais medrosos e ansiosos, pois nos sentimos responsáveis por manter tudo isso. 

E, bem…se eu não tivesse superado o medo de escrever meus artigos, viver experiências nômades, expor minha vulnerabilidade e até abrir mão de ganhar dinheiro com alguns clientes para escrever textos assinados por mim mesma, você não estaria lendo essas palavras agora.

Sabe o que mais? Nem eu sei onde tudo isso vai dar! Eu ainda tenho medo. Só que cada vez mais percebo que, no decorrer dessa jornada, eu já caí várias vezes, de fato. Acontece que quando a gente voa e cai, acaba dando um jeito de se levantar.

 E, assim, aprende e melhora no próximo voo. 

É como diz aquela frase de cardzinho do Pinterest:

“What if I fall? Oh, my darling, but what if you fly?” 

“Mas e se eu cair? Ah, minha querida, mas e se você voar?”

Se este texto te trouxe insights para tomar uma decisão importante e deixar um pouquinho do medo de lado, me conta aqui depois? Eu vou amar saber e ler o feedback. 






Como seu egoísmo prejudica você mesmo(a), seu trabalho e o mundo?

Joaquin Phoenix em discurso sobre egoísmo no Oscar

Antes de mais nada, peço desculpas. Estou ciente de que o título deste artigo pode soar um pouco intimidador, mas meu intuito aqui foi realmente captar a sua atenção. De todo modo, minha proposta não é apontar dedos – é propor uma reflexão. Aliás, já faço mea culpa: sei que, em muitos aspectos, também sou uma pessoa egoísta.

Mas vamos por partes

Este texto, na verdade, não foi planejado. A inspiração veio depois de assistir o discurso do brilhante Joaquin Phoenix ao receber o Oscar de Melhor Ator por sua atuação no filme “Coringa”. Como amante das palavras, adoro analisar (e me emocionar) com discursos. 

Phoenix me fez chorar ao abordar um tema que vem me causando extremo desconforto ultimamente: o egoísmo humano e seu potencial autodestrutivo que, posteriormente, é estendido a todas as demais formas de vida.

Topa aprofundar um pouco a reflexão?

O egoísmo mata todos os dias, em diferentes contextos

Phoenix, além de ser um ator brilhante, também é ativista, vegano e luta pela causa animal. Não é de se admirar que, depois de tomar essa decisão de vida, ele provavelmente tenha desenvolvido uma certa sensibilidade acerca do mundo. Seu discurso (e seu trabalho como ator, claro) transparecem essa lucidez.

Um dos pontos que mais me chamou atenção em sua fala foi justamente este abaixo, em que ele admite ter sido uma pessoa egoísta em suas relações, em seu trabalho, em sua vida, de modo geral:

“Durante muitos anos, eu fui uma pessoa egoísta, cruel e difícil de se trabalhar. E fico muito feliz que tantos de vocês, nesta sala, tenham me dado uma segunda oportunidade. Nós atingimos nosso melhor quando ajudamos uns aos outros a crescerem e não nos cancelamos por nossos erros.”

Lindo, não é? E a essência das palavras do ator é que, de fato, o egoísmo é o fio condutor da exploração em inúmeros contextos – do racismo à violência doméstica, passando pela exploração dos animais…

Somos egoístas quando rejeitamos uma cultura diferente, crenças distintas, quando julgamos alguém pela orientação sexual, quando tratamos mal as pessoas no trabalho ou na rua…

E nós fazemos isso muito, mesmo sem querer ou de forma inconsciente! É difícil admitir, eu sei.

Pois bem, mas foi justamente por isso decidi trazer a provocação aqui hoje. Porque sim: nós somos egoístas. E só podemos transformar isso uma vez que olhamos para esse lado feio de nós mesmos. 

Você tem coragem de olhar para seu egoísmo?

Chorei quando ouvi aquele trecho do discurso porque olhando para trás, hoje, sei que também fui uma pessoa egoísta em diversas situações da vida. Em muitos momentos deixei de defender pessoas em situações cruéis, falei mal de outras mulheres, julguei amigos e amigas por suas escolhas de vida.

Também é assustador pensar no quanto provavelmente ainda sou egoísta, ainda que talvez sem perceber. Mas eu gosto de um princípio da Yoga, chamado de não-violência, que é justamente a nossa capacidade de olhar para esse nosso egoísmo, nos perdoarmos e começarmos a modificar nossas ações a partir de agora.

Algo simples, como tirar a sua carne do prato uma ou mais vezes por semana, já é um ato altruísta e revolucionário no mundo em que vivemos. E, se parecer difícil, vou contar um segredo que pode ser estimulante: quanto menos egoístas somos, mais passamos a perceber quantas oportunidades incríveis a vida oferece.

Desde que me propus a tentar ser mais gentil e humana nas minhas relações pessoais e profissionais, descobri que não há nada que abra mais portas. Sobram mais amigos verdadeiros, o trabalho fica mais leve, as pessoas querem você por perto…e, como mágica, a vida toda parece fluir. 

Este é o grande paradoxo: acontece que deixar de ser egoísta é, veja bem, excelente também para o próprio egoísta. Então, reflita sobre suas ações. Alinhe seu discurso à prática. Sei bem olhar aquilo que há de ruim em nós nem sempre é simples.

Mas isto eu posso afirmar com certeza: o caminho do autoconhecimento e da reciprocidade é mágico.

Vou deixar o vídeo do discurso completo aqui, caso você queira assistir e se emocionar também! Não deixa de me contar depois o que achou, se você também gostou…eu vou amar saber.




5 livros de desenvolvimento profissional (e pessoal) essenciais para mulheres

mulher segurando livro de capa azul

Livros de desenvolvimento profissional, em minha concepção, são ferramentas poderosíssimas para a materialização de sonhos. Falo por experiência própria: foi graças a eles que tive coragem de tomar algumas das decisões mais difíceis da minha vida, mas que me permitiram hoje trabalhar remotamente e viver o lifestyle nômade.

Indo ainda mais além, creio que para mulheres ler livros é ainda mais indispensável – tanto para a carreira, quanto para a vida pessoal. O motivo? Sinceramente, ninguém pega a gente pela mão e nos ensina a negociar, a “vender nosso peixe”, a ter confiança e autoestima, não é? Se você é mulher, já deve ter reparado: geralmente, ocorre o oposto.

Por isso, neste artigo – que dedico especialmente a nós, mulheres – gostaria de aprofundar um pouquinho os motivos pelos quais defendo que a leitura é uma ferramenta de libertação feminina. E, ainda, quero indicar 5 livros que foram essenciais no meu processo  (ainda em andamento, diga-se de passagem!) e que acho que podem fazer diferença no seu!

Topa?

Por que livros sobre desenvolvimento podem ajudar as mulheres a terem voz?

Vou direto ao ponto: simplesmente porque, na “formação tradicional”, ninguém nos ensina a ter voz – e muito menos a ter coragem de usá-la. 

A sociedade patriarcal é estruturada de modo a inibir o desenvolvimento pessoal e profissional das mulheres, através de “sutilezas” como a disparidade salarial e as diferenças na licença paternidade/maternidade. Isso sem falar na propaganda abusiva que almeja reforçar o tempo inteiro a mensagem de que somos física e/ou intelectualmente inadequadas.

É com muita alegria que observei/observo a ascensão de movimentos como o #MeToo e o #FridaysForFuture, liderados por mulheres que simplesmente não vão mais se sujeitar a ficarem caladas diante de atrocidades contra seu corpo, seus direitos pessoais e profissionais e nosso planeta. Mas a verdade é que o caminho ainda parece longo.

Eu agradeço muito por ter tido a oportunidade de ser impactada pelas vozes dessas mulheres, que tanto me inspiram com suas lutas. Mas sou privilegiada. Infelizmente, há mulheres massacradas diariamente por não terem seus direitos assegurados, sem ao menos saberem disso…

E como podemos avançar no trabalho de modificar essa realidade? Bom, tem uma frase da Clarice Lispector que eu amo:

“A palavra é o meu domínio sobre o mundo”.

As palavras transformaram a minha vida e minha visão de mim mesma, como pessoa e profissional. E acho que podem causar verdadeiras revoluções existenciais para qualquer mulher. É aí que entram os livros…

Top 5 livros de desenvolvimento profissional (e para a vida, em geral) das mulheres

Vou ser sincera: foi difícil escolher só 5 livros para colocar nesta listinha, mas vamos lá! Seguem, abaixo, sugestões de obras que fizeram total diferença na minha vida e carreira:

A Deusa Interior: Um Guia sobre os Eternos Mitos Femininos que Moldam a Nossa Vida, de Roger J. Woolger e Jennifer B. Woolger

Você já parou para refletir sobre o fato de que  a vivência de uma cultura majoritariamente cristã no ocidente, na qual há um “Deus Pai Todo Poderoso” e nenhuma “Deusa Mãe”, já é uma forma de exaltar o modelo patriarcal e violentar mulheres? Pois bem, ainda que inconscientemente, isso acontece.

No livro “A Deusa Interior”, Roger J. Woolger e Jennifer B. Woolger apresentam um estudo brilhante da psique feminina moderna inspirado pelos arquétipos de 5 antigas Deusas gregas: Atena (Deusa do Intelecto), Ártemis (Deusa da Natureza), Hera (Deusa do Poder), Perséfone (Deusa do mundo Espiritual), Afrodite (Deusa do Amor) e Deméter (Deusa Maternal).

O ponto de partida é a noção de que, dentro de qualquer mulher, todas essas Deusas poderiam conviver integradas e em harmonia. No entanto, em razão do patriarcado cristão, as deusas se “desintegraram”. Ou seja: nos dias atuais, geralmente cada mulher encarna uma delas, em detrimento das demais. Para piorar, uma tende a julgar a outra!

Quando sintonizamos em excesso a energia de uma única deusa, criamos o que os autores chamam de CHAGAS das deusas. Por exemplo: viver só para o trabalho (Atena) pode nos causar distúrbios alimentares, enquanto vibrar apenas a sensualidade pode causar problemas afetivos. Marilyn Monroe é um exemplo da chaga/estereótipo de Afrodite.

É difícil resumir em poucas palavras uma obra tão complexa, mas recomendo demais a leitura. Ela pode ajudar você a descobrir qual a deusa que está dominando a sua vida e ensinar você a lidar melhor com as suas dores e escolhas profissionais e emocionais.

Mulheres Poderosas, de Louise Hay

Louise Hay é uma das minhas autoras mais queridinhas e seu livro “Mulheres Poderosas” me abriu os olhos para algo que faz muitas mulheres se tornarem dependentes e nunca conquistarem a independência financeira: a falta de amor-próprio. Fomos ensinadas a nos contentarmos com pouco.

Como até pouco tempo não tínhamos espaço nenhum no mercado de trabalho, fomos ensinadas a “aceitar o que vier”, como se ter um salário já fosse um privilégio. Negociar? Dizer o quanto queremos ganhar? Recusar um trabalho que não temos vontade de fazer? Ninguém nos mostrou como fazer isso

O livro traz dicas de afirmações poderosas para incluir na rotina e trazer coragem e abundância para a vida da mulher, como “Eu sou merecedora” e “Eu sou capaz”. Parece bobinho, mas é transformador.

Eu Sou Malala, de Malala Yousafzai e Christina Lamb

Esta dica é tipo inspiração para a vida! Como mulher, sempre procuro ler biografias para me inspirar. “Eu Sou Malala” foi um verdadeiro tapa na cara. Naturalmente, conta a história de Malala, a menina que do Paquistão ganhou o olhar do mundo, depois de quase ter sido morta simplesmente por ser mulher e ir à escola.

Malala entendeu, desde nova, que conhecimento é fonte de libertação. E quase deu a vida para poder exercer o direito de estudar e compreender como o mundo funciona. Me inspirou a ter voz, a falar também por outras mulheres que não têm, ou que morrem tentando diariamente.

Se você estiver em busca de algo bem inspirador, super recomendo.

Para Educar Crianças Feministas, de Chimamanda Ngozi Adichie e Denise Bottmann

Sempre é mais eficiente atuar sobre a causa do que o efeito. Em outras palavras: é muito melhor educarmos as mulheres desde novas a se amarem e se respeitarem, do que ensiná-las a resgatarem sua autoestima depois. É por isso que o livro “Para Educar Crianças Feministas” é tão maravilhoso!

Ele afronta os estereótipos de gênero desde a infância, com dicas sobre como criar meninas que saibam que não é errado se expressarem, gostarem de esportes e que “ser mulher” não é, por si só, um empecilho para que realizem qualquer coisa.

Leia, por favor. E, se você for mãe, leia para a sua filha também.

Beleza: Uma Nova Espiritualidade da Alegria de Viver, de Anselm Grün

Me deixa realmente muito triste ver como os padrões de beleza acabam com a autoestima das mulheres. E eu me incluo nessa! Há dias em que ainda travo uma triste batalha contra o espelho. Durante muito tempo achei que era algo só meu. Mas hoje, escutando outras mulheres, vejo que praticamente todas se martirizam pela autoimagem…

No livro “Beleza: Uma Nova Espiritualidade da Alegria de Viver”, Anselm Grün reforça que a beleza vem de dentro, vem de nos sentirmos felizes e satisfeitas com quem somos. Vem da possibilidade de realizarmos nossos sonhos, cuidarmos da nossa saúde, da mente e do corpo. Não por futilidade, mas por amor próprio.

Achei linda a forma como ele constrói o conceito de beleza, não como algo a ser “comprado”, mas sim desenvolvido. A beleza mora em nós. Quando nos aceitamos, ela aflora naturalmente.

E aí, curtiu as dicas e reflexões? Se você já leu algum dos livros, me conta aqui nos comentários? Quero saber! 🙂

Observação: os livros indicados neste post contêm meus links de afiliada da Amazon. Ao comprar através deles, você não paga nada a mais, mas ajuda a rentabilizar meu trabalho para que eu possa seguir escrevendo esses textos. Obrigada!




Será que viajar e trabalhar simultaneamente pode nos tornar profissionais (e pessoas) melhores?

menina de mochila de costas na frente de uma montanha

Viajar e trabalhar ao mesmo tempo não é necessariamente “uma nova forma” de se viver – há muito tempo profissionais autônomos, empresários e até alguns colaboradores têm acesso a essa possibilidade. A novidade é que, com a ascensão tecnológica, o modelo de trabalho remoto hoje é muito mais acessível.

Devido às novas profissões (como a de Social Media) que nasceram com o universo online e todas possibilidades de conexão que o mundo digital trouxe, aliar trabalho e viagens já é possível para um número cada vez maior de pessoas. Agora, experimentando um pouco desse lifestyle, penso que ele pode ser revolucionário de inúmeras formas.

Cada vez mais, embasada por minha própria experiência e pelas conversas que tenho com outros(as) nômades digitais que tive o prazer de encontrar no meu caminho, percebo que essas mudanças na forma de se trabalhar causam impactos muito positivos e transformadores.

Topa aprofundar a reflexão comigo? Abaixo, vou compartilhar alguns insights sobre como penso que o trabalho remoto pode nos tornar mais criativos e humanizados.

Viajar e trabalhar é um convite à quebra de preconceitos

Acompanhei recentemente uma entrevista do filósofo Mario Sérgio Cortella no Youtube em que ele afirma: 

“Há pessoas que são alienadas porque não têm opção, outras são alienadas por escolha”. 

Como interpretei isso? Bem, creio fortemente que é uma provocação acerca do “estilo de vida moderno padrão”. Alienar-se por não ter escolha é a realidade para uma enorme fatia da população brasileira. São pessoas que vivem em modo automático porque não têm uma possibilidade de escolha consciente. Fazem o que têm de fazer para sobreviver.

Já para a fatia da classe média/alta (incluo eu e você nesta categoria, já que, considerando que você está lendo este artigo em um computador ou smartphone, provavelmente tem um poder aquisitivo pelo menos um pouco mais elevado), a alienação por comodidade é muito mais comum. Em outras palavras: adoramos entrar no piloto automático.

Trabalhar, comer, estudar, assistir televisão, dormir. Repete. Isso é alienação opcional. Com esse estilo de vida, fica fácil deixar a criatividade de lado. Parar de apreciar a vista da cidade. Não enxergar mais aquele mendigo na rua. Apegar-se a picuinhas, preconceitos, futilidades. Todo esse conjunto de fatores nos empobrece em corpo, mente e espírito.

É justamente este ponto que quero enfatizar: quando você começa a trabalhar de forma remota, cada novo lugar onde você se instala pode ser um choque de realidade. Conforme mencionei recentemente em um post no Instagram, quando você não tem uma rotina ancorada para seguir, começa a ficar muito mais atento e sensível a tudo.

Precisa encarar medos reais, se adaptar a lugares e pessoas – tudo isso enquanto atende clientes no celular e realiza seu trabalho efetivamente. Você acha que sobra tempo para dar atenção a fofocas ou se preocupar com coisas pequenas, como uma sujeirinha na toalha de mesa? É claro que não.

Precisamente por isso que acredito que, conforme o trabalho remoto se tornar mais popular, maior será o número de pessoas despertando de uma rotina “robotizada”. Esse “despertar” pode ser muito transformador.

O nomadismo digital nos permite evoluir como seres humanos.

Aí também entra outro ponto…

Nomadismo digital não é turismo – e isso é ótimo!

Noto que muitas pessoas ainda não compreendem que viajar e trabalhar como nômade digital é fazer algo bem distinto do turismo padronizado. Não é porque você não tem um ambiente de trabalho fixo ou um lugar certo para exercer seu ofício que está de férias. Pelo contrário!

Quem exerce trabalho remoto também precisa ganhar dinheiro – até mesmo para bancar suas viagens. É aí que entra o ponto: o(a) nômade digital não vai para um país necessariamente com o intuito de visitar determinados pontos turísticos e fazer compras. Ele(a) precisa de uma infraestrutura (local com internet, hospedagem com preço atraente e acessível).

Isso significa que os(as) nômades digitais ocupam o mundo de uma forma diferente. Não é só sobre ir para um país diferente. Devido aos tópicos que acabei de mencionar, os(as) nômades costumam se adaptar à cidade como verdadeiros locais, muitas vezes alugando casas de moradores pelo Airbnb e escolhendo bairros alternativos.

O(a) nômade não é um turista. Ele(a) tem essa sede de conhecer a cultura do lugar, a forma como as pessoas vivem o dia a dia ali. Afinal, também vai construir um certo senso de rotina na cidade (tomar café da manhã, trabalhar e, no fim do dia, quem sabe passear um pouco).

Tudo isso pode parecer pequeno, mas é transformador. Acho lindo ler relatos como o do Lucas Morello – um dos nômades que adoro acompanhar – , sobre como o nomadismo o fez entrar em contato com outras formas de ver a vida, de comer, de rezar, de perceber o mundo. 

O(a) nômade tem essa tendência de levar um pouquinho de cada lugar pelo qual passou consigo. Fazer turismo é diferente, muitas vezes é caro e pode até “explorar” uma cultura. Você mergulha naquilo e depois vai embora. Só que quando você leva a vida inteira na bagagem (seus pertences, seu trabalho, suas crenças), a desconstrução é mais profunda.

O impacto disso é muito grande. Em um mundo que parece querer construir cada vez mais muros, profissionais que têm sede de se experimentar em diferentes contextos e quebrar seus próprios preconceitos e crenças podem fazer uma mudança enorme.

Pode até soar exageradamente otimista, mas eu acho que sim: viajar e trabalhar tende a nos tornar pessoas melhores e nos aproximar de novo daquela utopia do Lennon. Viver em um mundo com mais paz, união, amor e respeito.

Curtiu os insights? Tem alguma experiência nômade para compartilhar? Coloca aqui nos comentários que eu vou amar ler e responder!! 🙂

E, se você pensa em virar nômade digital, vou citar mais uma vez o livro do Matheus de Souza, que também considero autoridade no assunto: “Nômade Digital: Um Guia para Você Viver e Trabalhar Onde e Como Quiser”*. É ótimo para começar seu projeto de trabalhar e viajar do zero.

*Observação: este livro contém meu link do Programa de Afiliados da Amazon. Ao comprar através dele, você não paga nada mais, mas eu recebo uma pequena comissão que ajuda a rentabilizar meu trabalho para que eu possa continuar escrevendo estes textos. Obrigada!

Se quiser receber meus textos por e-mail, inscreva-se na minha Newsletter através deste link.

Acompanhe meus conteúdos também no Twitter e no Instagram.

Profissão Social Media em alta: quais são as competências essenciais neste mercado?

homem segurando celular

A profissão de Social Media cresce significativamente a cada novo ano. O próprio LinkedIn divulgou recentemente um relatório no qual expõe 15 carreiras emergentes para 2020 e adivinha quem está em primeiro lugar? Justamente o Gestor de Mídias Sociais e/ou produtor de conteúdo.

O mapeamento do In considerou alguns critérios relevantes para chegar a essa conclusão, especialmente a aceleradíssima disrupção digital. A verdade é que nove das 15 profissões em ascensão mencionadas têm, de alguma forma, relação com a tecnologia. O futuro já chegou.

Na prática, percebo que a carreira mencionada traz ainda outras vantagens que serão cada vez mais atraentes no cenário globalizado em que vivemos: possibilidade de exercer trabalho remoto, flexibilizar horários, ter mais qualidade de vida…

Como já estou em contato com essa realidade diariamente,pensei em escrever sobre o tema e trazer alguns insights sobre a profissão de Social Media, seus ônus e bônus e, claro, dicas práticas para você que pretende seguir esse caminho.

Espero que sejam úteis para você!

Social Media: o que é e por que está em enfoque?

Social Media é uma profissão que consiste em você assumir o papel de produzir, agendar e publicar o conteúdo que irá alimentar as redes sociais de um determinado cliente – seja ele uma figura pública (médico, nutricionista, influenciador) ou uma empresa (loja virtual, restaurante, marca de roupas, sapatos, etc).

Eis mais um dos porquês da popularidade da carreira: cada vez mais todas as pessoas e negócios estão percebendo que simplesmente precisam estar na internet. A experiência virtual já faz parte da experiência real. Por exemplo: quantas vezes procuramos o perfil de um restaurante no Instagram e isso nos faz ter vontade de realmente visitá-lo?

A presença digital molda uma narrativa que complementa a experiência do cliente e, por consequência, aumenta suas vendas. Traduzir essa “mensagem” através de conteúdo (textos, gráficos, imagens) é justamente a principal função de um excelente Gestor de Mídias Sociais. 

Engana-se muito quem imagina que ser Social Media é publicar cards e “fotinhos” com uma “legendinha”. Esse tipo de trabalhoraramente produz algum resultado. Um excelente produtor de conteúdo precisa ter raciocínio estratégico, gostar de aprender e ter uma certa destreza mental para encarar essa profissão ainda tão incompreendida.

Por isso, se você pensa em se capacitar na área, espie abaixo algumas competências que julgo fundamentais para prosperar na carreira

Como ser um bom Social Media? Confira 5 competências fundamentais

Abriu o Google Keep aí? Espie minha seleção de 5 características que podem fazer você se dar muito bem como Social Media:

1) Ser apaixonado(a) por aprender

Se você não gosta de aprender e abrir a mente para novos assuntos, creio que a carreira de Social Media talvez realmente não seja a melhor opção. Gerir redes sociais é um aprendizado contínuo! Primeiro porque, se você quiser traduzir a essência do seu cliente através do conteúdo dele, precisará realmente fazer um mergulho profundo no seu universo…

Exemplo: quando eu escrevia para um blog de Arquitetura e Design, minha mesa de trabalho era repleta de revistas da Casa Cor e eu seguia no Instagram e no Pinterest diversos perfis de arquitetura. Aprender sobre isso se tornou parte da minha rotina, o que se refletia no conteúdo que eu produzia.

Hoje, enquanto gestora de conteúdo para a área médica, leio diversas pesquisas de sites científicos, livros sobre saúde, acompanho documentários. É impossível ser um bom produtor de conteúdo se você não tiver referências. Gostar de aprender é absolutamente indispensável.

Isso sem falar que as redes sociais mudam de funcionalidade a todo instante. Se você não estiver disposto a aprender, como vai acompanhar isso?

2) Desenvolver organização/destreza mental para equilibrar rotina e flexibilidade

O Social Media autônomo precisa ser bem organizado(a) para seguir um calendário de publicações, revisar textos, conferir imagens. Um único post equivocado na internet pode prejudicar muito a imagem do seu cliente. Daí que é preciso estar sempre atento(a).

Por um lado, existe a vantagem do lifestyle como nômade digital, que realmente é incrível. Mas não pense que tudo são flores. Você terá que trabalhar muito bem a sua mente para equilibrar trabalho/lazer, rotina/flexibilidade – e, ainda, lidar com o fato de que muitas pessoas não vão compreender de fato como é que você ganha a vida.

3) Aprimorar o raciocínio estratégico

Ser Social Media não é sinônimo de “atualizar o Instagram e o Facebook de uma empresa”. Nada disso! Cada negócio e cada profissional possui suas próprias necessidades. Um excelente Gestor de Mídias não apenas produz o conteúdo, mas também desenvolve uma estratégia acerca dos canais em que o cliente vai atuar.

Para um determinado negócio, por exemplo, pode fazer mais sentido estar no Pinterest do que no Facebook. Ou, então, alimentar um blog próprio ao invés de um canal do Youtube. O próprio LinkedIn aqui é um excelente canal para posicionamento de marcas/empresas. Já parou para refletir sobre isso?

A estratégia é onde tudo começa. Não faz nem sentido produzir conteúdo sem um objetivo/raciocínio estratégico por trás.

4) Estar disposto a investir em capacitação

Tudo que escrevi neste artigo não saiu simplesmente do nada! São percepções que fui formulando ao longo da minha carreira…e naturalmente não cheguei a todas essas conclusões sozinha. São ideias que fui captando de diversos mentores que tive nesse mundinho digital (aos quais sou imensamente grata) e com os quais continuo aprendendo muito.

Como Social Media, você terá que buscar capacitação e ter pessoas para se inspirar neste caminho. Eu já indiquei outras vezes alguns cursos* por aqui, que podem auxiliar no processo.

5) Saber identificar seus pontos fortes e fracos

Por fim, como em qualquer outra carreira, ser Social Media envolve uma autoanálise criteriosa! Como a profissão ainda é pouco conhecida, muitas vezes o profissional acaba assumindo todas as funções aqui descritas (parte estratégica, produção do conteúdo, criação de fotos e imagens), mas nem sempre o resultado é excelente.

A polivalência – isto é, entender de design, texto, foto e um pouco de programação – é, de fato, importante nessa carreira. Mas uma das coisas que aprendi é que não é necessário fazer tudo sozinho(a) sempre! Exemplo: eu gosto muito mais de escrever do que produzir imagens.

Então, hoje nos projetos em que atuo tenho uma designer excepcional comigo, que consegue alinhar tudo que está no texto com uma imagem incrível. Mesmo de forma autônoma, a profissão de Social Media ensina aquilo que já foi dito milhares de vezes:

Ninguém faz nada sozinho!

E aí, curtiu as dicas? Se você gostou, me conta aqui nos comentários que eu vou amar saber. 🙂

*Observação: o curso indicado neste artigo contém meu link de Afiliada. Ao comprar através dele, você ajuda a rentabilizar meu trabalho para que eu possa continuar escrevendo esses textos e compartilhando aqui com você. Obrigada!!

Se quiser receber meus textos por e-mail, inscreva-se na minha Newsletter através deste link.

Acompanhe meus conteúdos também no Twitter e no Instagram.


Lidere pela sua forma de viver a vida (resenha do filme Dois Papas)

Quando a tela do cinema escurece, os créditos sobem e todos batem palmas, toma conta da atmosfera um sentimento de unanimidade: o filme realmente é uma obra de arte. Foi o que aconteceu depois que assisti ao novo longa dirigido por Fernando Meirelles: “Dois Papas” que, embora já esteja na Netflix, também é exibido em algumas telonas do país.

Misto de orgulho pela genialidade do diretor brasileiro que nos representará no Oscar (como é bom ter um motivo positivo para nos orgulharmos como nação, ainda mais através da arte/cinema!); com diversos insights sobre autoconhecimento, liderança, superação. É isso que um filme incrível faz conosco: faz PENSAR.

Meu objetivo, quando fui ao cinema, não era escrever nada posteriormente. Porém, mais uma vez, saí inspirada para compartilhar alguns insights. 

Topa aprofundar?

Antes, um breve resumo sobre “Dois Papas”…

“Dois Papas” é um filme sobre poder e como símbolos e figuras são capazes de moldar o inconsciente coletivo de pessoas – e, no caso da Igreja Católica – de nações em âmbito global. Apesar da narrativa central tensa, porém, o roteiro abre espaço para diversas tiradas cômicas e sarcásticas – seja através de recortes fotográficos ou da trilha sonora.

Se você ainda não viu o trailer, vou deixar aqui embaixo.

A história prende a atenção do início ao fim. Como outros longas baseados na vida real, faz lembrar de nossa própria história quando os fatos ali descritos se desenrolam. Onde estávamos durante a febre do “Habemus Papa”, ou mesmo na fatídica Copa de 2014, naquele tenebroso 7×1…

Em paralelo, embora traga sim um viés crítico a hipocrisias da Igreja Católica, Meirelles se propõe a ir além. O enfoque central da trama são os Papas. Ou melhor – os seres humanos por trás de dois Papas, seus temores, conflitos internos, dimensões pessoais. Em um dos diálogos entre o Papa Bento XVI e Jorge Mario Bergoglio, o primeiro enfatiza:

“A sua própria maneira de viver a vida já parece ser uma crítica à Igreja”. Isso porque o popular atual Papa argentino optou por renunciar a determinados luxos e preferia estar pregando em comunidades mais pobres. Em essência, ela era em microescala o que hoje é para o mundo…

Coerência entre discurso e ação é o que molda um líder

Com isso, me veio um insight poderosíssimo acerca das verdadeiras lideranças. Um líder de verdade é aquele que é exemplo pela ação – e não pelo discurso. Ele inspira por ser exatamente quem é. Liderança não é só sobre “skills”. É sobre viver de acordo com sua verdade.

Hoje são vendidos cursos, workshops, treinamentos sobre liderança. E tudo bem, eles podem agregar. Mas nada disso adianta se você não coloca em prática. Você pode fazer também um curso de “Marketing de Gentileza”, por exemplo, mas você já experimentou…ser genuinamente gentil também?

O líder que ganha respeito é aquele coerente, que alinha discurso e prática. Sem isso, torna-se incapaz de exercer qualquer efeito realmente potente sobre os outros. E mais! A “falsa liderança” não se sustenta. O discurso motivacional perde efeito se o líder também não coloca a mão na massa.

A Igreja, de alguma forma, entendeu que precisava de alguém mais popular no poder – principalmente frente aos escândalos de abusos divulgados pela mídia. Mas esse não era o perfil do Papa que acabou por renunciar (e não que isso fosse bom ou ruim), mas ter de exercê-lo, para ele, simplesmente tornou-se impossível.

Você só consegue usar uma máscara por um tempo limitado.

Todos os dias, seja a mudança que você quer ver

Apenas para concluir, outra grande revelação que o filme me trouxe foi a seguinte: todos os dias, as decisões mais importantes do mundo são tomadas por pessoas. De carne e osso, como você e eu. Pessoas que têm valores, medos, fragilidades e conflitos internos.

As decisões que tomamos podem não reger o mundo inteiro, mas regem o “nosso mundo”, “nossos relacionamentos”, “nosso trabalho”. Então, vale a mesma máxima sobre liderança. Você não precisa ser líder de uma empresa para ser exemplo.

Leve a lógica para sua esfera pessoal, para qualquer situação. Que tipo de acontecimento você gostaria de mudar na sua vida? Você costuma reclamar que as pessoas são muito irritadas, mal-educadas? Então, comece você sendo bem educado. Reclama das grosserias no trânsito? Seja você bem educado no trânsito.

É assim que você pode mudar o mundo, com suas ações. Ninguém se inspira no que você fala, as pessoas podem se inspirar no que você FAZ.

Só para resumir, vou terminar com Gandhi:

“Seja a mudança que você quer ver no mundo”.

Curtiu os insights? Já assistiu ao filme? Concorda com minhas percepções? Me conta aqui nos comentários que vou amar saber. 🙂

Recomendo ainda esta entrevista do Fernando Meirelles no programa Provoca do Youtube, com o sempre brilhante @MarceloTas. Aqui ele compartilha um pouquinho dos bastidores…

Se quiser receber meus textos por e-mail, inscreva-se na minha Newsletter através deste link.

Acompanhe meus conteúdos também no Twitter e no Instagram.

Os 5 maiores benefícios que o trabalho remoto traz para a sua vida (baseados na minha experiência)

mesa de madeira com notebook

Quando decidi que meu projeto de vida seria me tornar nômade digital, nem eu mesma tinha noção da dimensão do impacto que isso teria no meu modo de viver. A princípio, parecia ser uma decisão associada exclusivamente ao âmbito do trabalho. Mas produzir de forma remota revoluciona nossa existência não apenas de uma – e sim de inúmeras maneiras!

Hoje, depois de um ano atuando como produtora de conteúdo nesse formato, já posso afirmar: por ser tão intenso e disruptivo, trata-se de um lifestyle que não apenas afeta a qualidade de vida. Vai muito além disso.

É uma possibilidade de economizar dinheiro e administrá-lo com mais inteligência e, se você estiver disposto(a), de fazer uma jornada interna transformadora. Uma alternativa que lhe permite olhar mais para dentro e se autoconhecer.

Pensando em resumir um pouco de tudo isso, neste artigo sintetizei 5 benefícios que o trabalho remoto trouxe para a minha vida e que pode trazer para a sua também. Topa o mergulho? 🙂

5 vantagens de aderir ao modelo de trabalho remoto

Espie, abaixo, 5 razões irresistíveis para pensar em aderir ao modelo de trabalho à distância e/ou nomadismo digital: 

1.Mais tempo para práticas meditativas e atividade física

Você sabe que praticar atividade física e meditar são hábitos de vida que contribuem para o bem-estar. Já ouviu isso milhares de vezes e incluiu a promessa de que faria isso nas suas resoluções de Ano Novo pelo menos 1 vez nos últimos 5 anos, estou certa? Mas e o tempo para colocar em prática?

Também já passei por isso. Mas, desde que aderi ao trabalho remoto, comecei a efetivamente praticar Yoga, meditar e correr/caminhar diariamente. A diferença que faz em nosso bem-estar é realmente notável. Sou outra pessoa depois disso – e, quando você pode flexibilizar seus horários, incluir essas práticas na rotina realmente é mais fácil. 

2. Menos um carro (e todos seus custos)

Depois que comecei a trabalhar em lugares aleatórios, percebi que não havia mais necessidade nenhuma de ter um carro próprio. Decidi vender o meu e me livrar de todo peso que carregava nos ombros por conta dele (custos de revisões, IPVA, manutenções eventuais e gasolina – que, vamos combinar, não está nada acessível).

Meu novo veículo de locomoção é esta beldade aqui embaixo – a Céu, minha bicicleta.

bicicleta azul em uma pracinha

Quando preciso chegar em algum local de carro, o Uber é a melhor alternativa. Além da sensação de alívio de não ter um bem tão caro quanto um veículo de quatro rodas para manter, saber que minha decisão ajuda o meio-ambiente me traz uma leveza inexplicável.

Aliás, outra enorme vantagem do trabalho remoto e de fazer seus próprios horários, sem dúvida, é esta: evitar o caos do trânsito que acaba com a paciência de qualquer pessoa.

3. Alimentação mais saudável e balanceada

Eu adoro me alimentar bem e isso se intensificou ainda mais desde que comecei a trabalhar com flexibilidade. Quando atuava em agências, a coisa toda exigia uma logística absurda (preparar marmitas, adiantar almoços, etc). Hoje, faço meu “horário de almoço” colhendo alimentos da minha própria horta, ouvindo música, relaxando a mente…

hortinha com temperos
Hortinha que comecei a montar quando passei a trabalhar de forma remota/em home office.

Aprendi a cozinhar e me aprofundei na culinária vegetariana/vegana. Descobri que isso é uma grande paixão e que o ato de fazer nosso próprio alimento é extremamente terapêutico! Mais uma decisão que melhorou minha relação com a comida, comigo mesma e com o planeta.

4. Melhor convívio com a família e os amigos

Muitas vezes, de forma inconsciente, nem percebemos o quanto nosso trabalho é capaz de nos estressar. E em quem acabamos descontando as frustrações? Em nossos amigos e familiares. Já parou para pensar no quanto isso é triste?

Depois que comecei a trabalhar remotamente e ter mais flexibilidade, a qualidade de minhas relações se transformou completamente. Hoje consigo ser mais carinhosa com as pessoas da minha família, dar atenção aos meus amigos e amigas mais queridas diariamente, me fazer mais PRESENTE para quem eu amo.

Não existem palavras possíveis para descrever o quanto isso é maravilhoso

5. Ampliação do contato com outras pessoas e culturas

Sem dúvidas, uma das partes mais legais do trabalho remoto é a possibilidade de incluir viagens na rotina – e não necessariamente em feriados, mas em períodos aleatórios. Viajar, na minha experiência, é uma das formas de autoconhecimento mais enriquecedoras. Toda viagem é uma busca por nós mesmos

Eu amo fazer novos amigos, entrar em contato com formas distintas de ver e experimentar o mundo, sair da minha bolha. Acredito que o nomadismo digital nos faz melhores profissionais e, em paralelo, melhores seres humanos. Nos torna menos preconceituosos e alienados.

Como começar a trabalhar de forma remota?

Curtiu as vantagens? Então, talvez agora você esteja se perguntando: “ok, mas como começar essa história de nomadismo digital?”. De fato, trata-se de um projeto de vida que não ocorre do dia para a noite. É necessário planejamento.

Foi justamente pensando em ajudar você que está iniciando essa trajetória que escrevi, no ano passado, um E-BOOK GRATUITO com 12 dicas práticas + 5 livros que podem ajudar no processo. Para baixar, basta clicar neste LINK aqui.

Se você curtiu as dicas, me deixa saber aqui nos comentários? 🙂




Acompanhe meus conteúdos também no Twitter e no Instagram.

O que aprendi praticando Yoga em uma cabana

postura do Guerreiro Yoga

Eis um paradoxo: apesar de amar viajar e curtir o estilo de vida nômade, sou uma pessoa apaixonada por rotina. A solução para esse dilema, conforme descobri em algumas viagens no ano que passou, é levar “um pouco da minha rotina” junto em minhas andanças por aí. Nessa equação, a Yoga não pode faltar.

Eu pratico asanas (posturas de Yoga) religiosamente, todos os dias, para manter meu senso de foco e diminuir a ansiedade. É algo que faz parte de mim – eu necessito dessa conexão interna para me sentir bem – sem ela, fico perdida. Por isso, meu tapetinho tem sido meu parceiro em diversos roteiros por aí.

Aqui está a prova:

tapete de yoga e mala

Muito além do fato se ser gostoso ter um senso de rotina nas viagens, reproduzir os hábitos que tenho em casa em locais distintos rende vários insights interessantes. Por isso, neste primeiro artigo de 2020, quero compartilhar um pouquinho do aprendi fazendo Yoga em uma cabana bem exótica.

Topa aprofundar? 🙂

Idealize menos, renda-se ao presente

Como praticante de Yoga, só de pensar em fazer meus Asanas em um lugar lindo, cheio de verde, em uma cabana repleta de Natureza já me parecia algo incrível. Só que, como tudo na vida, a realidade nem sempre é como a gente idealiza, não é?

Pois bem, quando finalmente esse momento glorioso chegou, eu tive que enfrentar alguns fatos. Primeiro: onde há mato, costumam haver mosquitos. Segundo: no calor, a prática fica bem mais complicada. É preciso se adaptar.

Permanecer em uma postura enquanto um mosquitinho pica sua perna e ela coça, enquanto o suor do sol escorre pelo corpo, pode ser extremamente desafiador. Mas aí é que está o grande insight: na vida é exatamente a mesma coisa. Às vezes, tudo que podemos fazer é dar nosso melhor frente às adversidades.

Não adianta idealizar a prática perfeita e não reconhecer a realidade como ela é. Se está muito quente, talvez seja necessário reduzir o tempo de prática, ou adiá-la. Se a perna coça, às vezes é preciso parar e coçar. Não tem outro jeito.

Isso se chama adaptabilidade – justamente uma das habilidades que acho que mais teremos que desenvolver na próxima década (conforme mencionei neste artigo). Praticar Yoga em uma cabana me ensinou que às vezes precisamos simplesmente lidar com a realidade como ela se apresenta e desapegar dos planos idealizados.

Dançar com a vida: eis o caminho

Em meio a todos esses devaneios, também recordei alguns aprendizados que tive ao participar de um Workshop em 2019 sobre a Psicologia do Yoga. Uma das ministrantes do Curso, a maravilhosa Maria Nazaré Cavalcanti, proferiu uma frase que resume bem o que percebi ao praticar na cabana:

“A gente não pratica “Yoga” para ficar melhor em “Yoga”. A gente pratica Yoga para ficar melhor na vida”.

Por quê? Porque é justamente através da prática diária e contínua que esses insights vêm até nós. A frase de Pattabhi Jois também cabe perfeitamente aqui: “Pratique e tudo virá”. Todas as respostas, tudo aquilo que você precisa saber, você encontrará ao olhar para si mesmo.

Por isso, desejo que em 2020 consigamos colocar tudo isso em prática. Ter coragem de percorrer o caminho do autoconhecimento e do autoestudo. E que a Yoga continue presente nos tornando melhores nessa dança louca e mágica que é viver.

E aí, curtiu os texto? Me deixa saber aqui nos comentários! 🙂




Acompanhe meus conteúdos também no Twitter e no Instagram.