Você sabe o que você NÃO quer para a sua VIDA/CARREIRA?

um observador no mirante

E se a pergunta fosse o contrário: você sabe o que você realmente QUER?

Não vale responder com conceitos abstratos. Tipo: quero ser bem sucedido (afinal, o que é ser bem sucedido?), quero viajar (quer viajar por quê? Pra onde? Com qual propósito?), quero ser gerente/empreendedor e ganhar bem (quanto é ‘ganhar bem’ para você? A resposta a esse questionamento varia muito de pessoa para pessoa). 

É por isso que todos esses desejos, na verdade, são bem abstratos. A realidade é que, muitas vezes, quando nos confrontamos com o que VERDADEIRAMENTE queremos, não possuímos uma resposta exata.

Daí, fica mais simples percorrer o caminho OPOSTO. Ou seja: questionar o que você não quer para a sua vida/carreira

O norte americano Mark Manson fala sobre isso no livro “A Sutil Arte de Ligar o Foda-se” que, apesar de ter cara de best-seller barato, traz vários insights interessantes.

Ele escreve que, mais do que nos questionarmos sobre quais prazeres queremos desfrutar, precisamos saber quais DORES não estamos dispostos a suportar.

“O que determina o sucesso não é ‘de que prazer você quer desfrutar?’. A questão relevante é ‘Qual dor você está disposto a suportar?’. O caminho da felicidade é cheio de obstáculos e humilhações. Você tem que escolher alguma coisa. Não dá para levar uma vida sem dor. Nem tudo são rosas e unicórnios o tempo todo. A pergunta sobre o prazer costuma ser fácil, e quase todos temos uma resposta parecida. Interessante mesmo é perguntar sobre a dor. ‘Qual dor você prefere tolerar?’. Essa é uma pergunta difícil, mas relevante. É a pergunta que vai levá-lo a algum lugar. É a pergunta que vai mudar perspectivas, vidas. É o que faz de mim quem eu sou, que faz de você quem você é”.

Bem, a verdade é que esse questionamento foi imprescindível para mim. Decidi mergulhar de vez na vida de nômade digital quando percebi que não estava mais disposta a enfrentar dores como: pegar um trânsito infernal todos os dias, fazer refeições sempre correndo, viver uma vida totalmente pautada por horários, descontar tristezas emocionais em vícios materiais e dos sentidos, como compras e comida.

E assim descobri o que realmente queria para a minha vida: horários mais flexíveis, refeições mais saudáveis, tranquilidade emocional, pausa do almoço com direito a um chazinho, como na foto. Hoje eu sei que isso é o que eu quero, de fato. 

Resumindo: o que você não quer mais suportar pode ser uma pista importantíssima sobre o que você, de fato, quer para a sua vida. Busque essa resposta. 

Ela pode ser LIBERTADORA.

O que aprendi sobre produção de conteúdo com o Ballet de Bolshoi

bailarina de bolshoi

Domingo, duas horas da tarde, eu e mais umas quatro pessoas no cinema. Abre a tela e sinto como se tivesse sido transportada direto para a Rússia, contemplando aquele lindo teatro. Assisti a dois clássicos de Bolshoi: Carmen Suite e Petrushka. 

Depois de contemplar os espetáculos, ainda um pouco extasiada, sentei em um café, peguei meu caderninho de notas e comecei a divagar:

Por que a arte emociona tanto? E o que ela pode nos ensinar para a vida prática, principalmente para quem trabalha como nômade com produção de conteúdo online?

Um dos aspectos do ballet que me comove imensamente é…

PRECISÃO

Os gestos são precisos. A coreografia é precisa. A música é precisa

Tudo é perfeitamente sincronizado. É por isso que ficamos inteiramente presentes e imersos em cada movimento dos bailarinos. A mente está quieta. Entramos basicamente em estado meditativo. 

E tudo isso só é possível porque há um esforço INIMAGINÁVEL de incontáveis ensaios, tanto da orquestra, quanto dos bailarinos (cheguei a me lembrar do longa “Cisne Negro”, que rendeu o Oscar para Natalie Portman e mostrava o lado negro dos bastidores do ballet). 

Para nós, que trabalhamos produzindo conteúdo em um mundo digital cada vez mais concorrido e com mais material sendo disponibilizado do que o algoritmo é capaz de distribuir, é preciso ser extremamente PRECISO para atingir a persona certa, da forma certa, com a escrita certa.

Assim como no ballet, produzir conteúdo de qualidade dá trabalho. Para criar conteúdo que se destaca é indispensável: 

  • Conhecer sua PERSONA nos mínimos detalhes;
  • Entender que DORES você vai solucionar com seu conteúdo;
  • Compreender os OBJETIVOS do seu projeto de conteúdo; 
  • Prezar imensamente pela QUALIDADE do conteúdo;
  • Organizar o FLUXO de produção para atender toda essa demanda;

Só assim ele será capaz de emocionar. E o que nosso CÉREBRO quer é emoção. Somos neurologicamente programados para recordar eventos (e conteúdos) que geram impacto em nós.

É isso que gera vínculo entre marcas e clientes

Dito tudo isso, segue um trecho de Carmen Suite para finalizar este post em grande estilo.

Você conhece seus PONTOS FORTES?

foto de um post it com lâmpada

Recentemente, li um livro chamado “Descubra seus Pontos Fortes”, bem focado em business e gestão de pessoas. Me surpreendi ao descobrir que, segundo os autores, cerca de 80% (!!!) dos trabalhadores não sentem que exercem seu pleno potencial em respectivas funções. 

E mais: que as organizações “queimam” inúmeros recursos valiosíssimos (tempo e dinheiro, principalmente) oferecendo formações para “melhorar” as habilidades ruins desses colaboradores. Quando, na verdade, poderiam investir para capacitá-los nas habilidades que já possuem. Sejam elas associadas à criatividade, oratória, empatia, liderança, entre outras. 

Minha escolha de carreira não envolve liderar uma equipe. Mas o livro me trouxe poderosos insights para o trabalho como nômade digital e social media: FOQUE naquilo que você é excelente e tem potencial para se tornar extraordinário. 

Se você trabalha com internet (ou deseja entrar nesse nicho), não é difícil dar uma pirada entre o que fazer primeiro: produzir vídeos, escrever, fazer colaborações, editar fotos…

Então, comece pelos seus PONTOS FORTES. O turning point de sua carreira pode estar ali. Se aprimorar ainda mais naquilo que você naturalmente já faz bem pode te tornar único. Invista em seus pontos fortes e administre na medida os fracos, mas não fique centrado neles.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Potencialize seus talentos.

O que aprendi sobre trabalho com o novo filme do Almodóvar?

personagens do filme do almodovar

No último sábado, lá estava eu em um dos meus programas favoritos da vida: cinema. Fui ao #supercult (haha) cinema Guion, assistir ao novo longa do Almodóvar: Dor e Glória. Até agora, volta e meia tenho algum novo insight sobre o filme. Trata-se, na verdade, de uma espécie de autobiografia do cineasta em uma fase decadente de sua vida. 

Ele já havia feito sucesso. Conquistado o mundo com seus filmes. Repleto de prestígio e fama. E, no entanto, lá estava ele. Infeliz, frustrado e deprimido.

Sem dúvidas, um dos motivos de maior agonia do cineasta é a DOR. Não só a emocional. Ele é acometido por uma verdadeira lista de patologias: de enxaqueca, passando por problemas no ciático, até engasgamentos involuntários por conta de uma síndrome rara nos ossos. 

Toda vez que é afligido por uma crise, a cada cena, o espectador sente na pele.  

Três insights sobre o filme Dor e Glória

E aí veio o primeiro INSIGHT:

1) INSIGHT UM: nós deveríamos, todos os dias, agradecer mais pelo simples fato de termos saúde. Enquanto estudiosa da fisiologia humana (trabalho com produção de conteúdo médico e cada vez mais entendo mais sobre o tema), é um verdadeiro MILAGRE o simples fato de nosso corpo acordar a cada dia funcionando normalmente.

E o que é mais louco? Às vezes, por conta do próprio excesso de trabalho, colocamos em cheque a saúde mental e física. Isso é pura insanidade.

Buenas, agora sobre o estado deprimido do diretor: 

2) INSIGHT DOIS: buscar o sucesso só pelo sucesso não adianta. Qual é o PROPÓSITOdo seu trabalho? Fama, prestígio, dinheiro…tudo isso é maravilhoso. Mas não é suficiente. O filme é mais um exemplo de que o combustível que move a vida é o entusiasmo. É transformar nossa ansiedade em potencial criativo. Sem isso, a vida perde a cor. 

Com algumas pinceladas incríveis e a participação da maravilhosa Penélope Cruz (como pode ser tão diva essa mulher?), o filme se propõe também a mostrar algumas cenas da infância do diretor. Sua mãe acreditava que, um dia, ele seria padre. 

Bem, se tornou diretor de cinema, como já sabemos.

Em uma cena bem comovente (#spoileralert) ele pede desculpas à mãe por não ter realizado o sonho dela.

E assim, entra em cena o insight número 3: 

3) INSIGHT TRÊS: nem sempre suas escolhas profissionais vão agradar sua família, seus amigos, ou familiares. Mas, sinceramente, é melhor pedir desculpas a eles e correr atrás de seus sonhos. Se Almodóvar tivesse seguido o caminho escolhido pela mãe, todos nós não teríamos conhecido seu talento excepcional para o cinema.

O filme vai muito além de uma análise de carreira. É também sobre amores, dores, superação. É visceral, como outros trabalhos do diretor (A Pele Que Habito, por exemplo, que assisti há tempo e achei fantástico). Talvez você assista e tenha outros inúmeros insights…

Se for o caso, compartilhe aqui que vou adorar saber!