Por que criamos sofrimento em nossas carreiras e relacionamentos?

atriz de Dor e Glória

Esse questionamento ecoa em mim desde que saí do cinema no último sábado, depois de assistir ao longa francês “Memórias da Dor”, com uma fotografia e narrativa tão frias quanto era a noite de inverno em Porto Alegre do lado de fora.

O filme acompanha a saga trágica da francesa Marguerite Duras durante a II Guerra Mundial, após seu marido, membro da Resistência, ser preso quando os nazistas ocupam a França.

A atriz Mélanie Thierry, que a interpreta, é a PRÓPRIA FACE da DOR. Às vezes me pego pensando: é inimaginável que o mundo já tenha presenciado tamanho martírio…

E aí entra a grande questão:

Por que nós, em pleno século 21, nos apegamos a sofrimentos tão pequenos? Por que sofremos por coisas às vezes tão banais, como não ter o último iPhone? Por que perdemos tempo falando e observando a vida alheia? Criando sofrimento pela comparação? 

Por que ainda não aprendemos a honrar nossos antepassados sem REPETIR o sofrimento, mas sim criando uma vida com mais SENTIDO? Será que, como humanidade, ainda não nos perdoamos? 

Por que nos mantemos, tantas vezes, trabalhando em empregos dos quais não gostamos para comprarmos coisas de que não precisamos? Será que ainda enchemos os carrinhos do supermercado pelo input do medo da escassez que ficou em nosso DNA? Se temos paz, por que não a desfrutamos e procuramos criar modelos de vida e trabalho que nos proporcionem um senso maior de felicidade? 

A História diz muito sobre quem somos hoje. É por isso que conhecimento é libertação. Que possamos criar menos dor e desfrutar mais da alegria, encontrando formas de trabalho que nos permitam, verdadeiramente, contribuir para um mundo mais harmônico.

Você conhece seus PONTOS FORTES?

foto de um post it com lâmpada

Recentemente, li um livro chamado “Descubra seus Pontos Fortes”, bem focado em business e gestão de pessoas. Me surpreendi ao descobrir que, segundo os autores, cerca de 80% (!!!) dos trabalhadores não sentem que exercem seu pleno potencial em respectivas funções. 

E mais: que as organizações “queimam” inúmeros recursos valiosíssimos (tempo e dinheiro, principalmente) oferecendo formações para “melhorar” as habilidades ruins desses colaboradores. Quando, na verdade, poderiam investir para capacitá-los nas habilidades que já possuem. Sejam elas associadas à criatividade, oratória, empatia, liderança, entre outras. 

Minha escolha de carreira não envolve liderar uma equipe. Mas o livro me trouxe poderosos insights para o trabalho como nômade digital e social media: FOQUE naquilo que você é excelente e tem potencial para se tornar extraordinário. 

Se você trabalha com internet (ou deseja entrar nesse nicho), não é difícil dar uma pirada entre o que fazer primeiro: produzir vídeos, escrever, fazer colaborações, editar fotos…

Então, comece pelos seus PONTOS FORTES. O turning point de sua carreira pode estar ali. Se aprimorar ainda mais naquilo que você naturalmente já faz bem pode te tornar único. Invista em seus pontos fortes e administre na medida os fracos, mas não fique centrado neles.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Potencialize seus talentos.

O que aprendi sobre trabalho com o novo filme do Almodóvar?

personagens do filme do almodovar

No último sábado, lá estava eu em um dos meus programas favoritos da vida: cinema. Fui ao #supercult (haha) cinema Guion, assistir ao novo longa do Almodóvar: Dor e Glória. Até agora, volta e meia tenho algum novo insight sobre o filme. Trata-se, na verdade, de uma espécie de autobiografia do cineasta em uma fase decadente de sua vida. 

Ele já havia feito sucesso. Conquistado o mundo com seus filmes. Repleto de prestígio e fama. E, no entanto, lá estava ele. Infeliz, frustrado e deprimido.

Sem dúvidas, um dos motivos de maior agonia do cineasta é a DOR. Não só a emocional. Ele é acometido por uma verdadeira lista de patologias: de enxaqueca, passando por problemas no ciático, até engasgamentos involuntários por conta de uma síndrome rara nos ossos. 

Toda vez que é afligido por uma crise, a cada cena, o espectador sente na pele.  

Três insights sobre o filme Dor e Glória

E aí veio o primeiro INSIGHT:

1) INSIGHT UM: nós deveríamos, todos os dias, agradecer mais pelo simples fato de termos saúde. Enquanto estudiosa da fisiologia humana (trabalho com produção de conteúdo médico e cada vez mais entendo mais sobre o tema), é um verdadeiro MILAGRE o simples fato de nosso corpo acordar a cada dia funcionando normalmente.

E o que é mais louco? Às vezes, por conta do próprio excesso de trabalho, colocamos em cheque a saúde mental e física. Isso é pura insanidade.

Buenas, agora sobre o estado deprimido do diretor: 

2) INSIGHT DOIS: buscar o sucesso só pelo sucesso não adianta. Qual é o PROPÓSITOdo seu trabalho? Fama, prestígio, dinheiro…tudo isso é maravilhoso. Mas não é suficiente. O filme é mais um exemplo de que o combustível que move a vida é o entusiasmo. É transformar nossa ansiedade em potencial criativo. Sem isso, a vida perde a cor. 

Com algumas pinceladas incríveis e a participação da maravilhosa Penélope Cruz (como pode ser tão diva essa mulher?), o filme se propõe também a mostrar algumas cenas da infância do diretor. Sua mãe acreditava que, um dia, ele seria padre. 

Bem, se tornou diretor de cinema, como já sabemos.

Em uma cena bem comovente (#spoileralert) ele pede desculpas à mãe por não ter realizado o sonho dela.

E assim, entra em cena o insight número 3: 

3) INSIGHT TRÊS: nem sempre suas escolhas profissionais vão agradar sua família, seus amigos, ou familiares. Mas, sinceramente, é melhor pedir desculpas a eles e correr atrás de seus sonhos. Se Almodóvar tivesse seguido o caminho escolhido pela mãe, todos nós não teríamos conhecido seu talento excepcional para o cinema.

O filme vai muito além de uma análise de carreira. É também sobre amores, dores, superação. É visceral, como outros trabalhos do diretor (A Pele Que Habito, por exemplo, que assisti há tempo e achei fantástico). Talvez você assista e tenha outros inúmeros insights…

Se for o caso, compartilhe aqui que vou adorar saber!