Quantos voos você já evitou pelo simples medo de cair?

placa escrito "foda-se o medo"

Eu sei que você tem medo. Também tenho. Mas se tem algo que eu descobri nos últimos meses é que ficar amedrontada(o) representa uma das piores formas de permanecer estagnado na vida e, pouco a pouco, se deparar com um vazio existencial incômodo.

Em resumo: o medo é uma das maiores gaiolas emocionais que existem. Por mais que isso soe um pouco como teoria da conspiração, a verdade é que a sociedade tende a se aproveitar disso para que você se torne cada vez mais dependente do consumo, do materialismo, de uma vida repleta de coisas, mas vazia de significado.

Topa aprofundar um pouco mais?

Neste artigo, quero compartilhar alguns insights da minha jornada na esperança de, quem sabe, incentivar você a ter mais clareza sobre decisões que, eventualmente, venha adiando por conta dessa emoção primitiva

A essência do medo e o caminho para superá-lo

Se temos medo é porque, de alguma forma, esse instinto foi necessário para nossa evolução como espécie até o presente momento. Aí é que está o grande “x” da questão: não é desnecessário sentir temor, pois trata-se de um mecanismo de autoproteção.

O que você não pode é deixar isso dominar a sua vida. A sociedade capitalista é perita em usar o medo (de não ser suficiente, aceito pelo grupo, de ficar doente ou desamparado) para que você consuma cada vez mais, compre planos de saúde cada vez mais caros e permaneça, muitas vezes, em um emprego/uma rotina de que não gosta para pagar por tudo isso…

Vou falar bem a real: eu já estudei muito sobre Marketing e Neuromarketing e quero que você saiba…as pessoas que vendem qualquer coisa a você sabem exatamente que medo, ansiedade, desejo de pertencimento e insegurança são ótimos gatilhos para lhe convencer a abrir a carteira.

Principalmente trabalhando com essa parte do nosso cérebro que ainda é completamente primitiva e dominada por instintos desprovidos da razão. Ela é capaz de nos colocar nas piores armadilhas. Sabe por quê?

Porque a realidade é que não importa o que você faça, quantos seguros tenha ou muros construa, você não pode evitar o seguinte: o acaso sempre vai agir. Amanhã você pode simplesmente tropeçar, cair no chão, bater a cabeça e morrer na hora. Sei que é um exemplo dramático e que estatisticamente isso é pouco provável.

Mas pode acontecer. Você só pode comprar segurança até um certo ponto. Na verdade, todos estamos sempre vulneráveis às forças maiores da Natureza, superiores a nós seres humanos (que, como gosto de dizer, não passamos de poeirinha cósmica). 

Porque vale a pena driblar o medo e voar, ainda que você caia

No decorrer da minha jornada de transição da CLT para o trabalho remoto e a vida nômade, já enfrentei – e ainda enfrento, claro – muitos medos diferentes. O primeiro e mais óbvio deles é: “e se um dia faltarem dinheiro e clientes?” Que depois venho acompanhado de “E se eu for para algum país ou cidade sozinha e algo acontecer comigo?”

Foi diante de questionamentos como esses que comecei a me aprofundar mais em leituras de autoconhecimento e espiritualidade. E foi assim que comecei a compreender que a pior sensação é ficar preso nesse medo do “E SE…”. 

Quanto mais acumulamos para nos sentirmos seguros, mais inseguros ficamos. Como escrevi em uma coluna para o Be Freela, muitas vezes o excesso de posses, segurança e dinheiro guardado só nos torna mais medrosos e ansiosos, pois nos sentimos responsáveis por manter tudo isso. 

E, bem…se eu não tivesse superado o medo de escrever meus artigos, viver experiências nômades, expor minha vulnerabilidade e até abrir mão de ganhar dinheiro com alguns clientes para escrever textos assinados por mim mesma, você não estaria lendo essas palavras agora.

Sabe o que mais? Nem eu sei onde tudo isso vai dar! Eu ainda tenho medo. Só que cada vez mais percebo que, no decorrer dessa jornada, eu já caí várias vezes, de fato. Acontece que quando a gente voa e cai, acaba dando um jeito de se levantar.

 E, assim, aprende e melhora no próximo voo. 

É como diz aquela frase de cardzinho do Pinterest:

“What if I fall? Oh, my darling, but what if you fly?” 

“Mas e se eu cair? Ah, minha querida, mas e se você voar?”

Se este texto te trouxe insights para tomar uma decisão importante e deixar um pouquinho do medo de lado, me conta aqui depois? Eu vou amar saber e ler o feedback. 






Lidere pela sua forma de viver a vida (resenha do filme Dois Papas)

Quando a tela do cinema escurece, os créditos sobem e todos batem palmas, toma conta da atmosfera um sentimento de unanimidade: o filme realmente é uma obra de arte. Foi o que aconteceu depois que assisti ao novo longa dirigido por Fernando Meirelles: “Dois Papas” que, embora já esteja na Netflix, também é exibido em algumas telonas do país.

Misto de orgulho pela genialidade do diretor brasileiro que nos representará no Oscar (como é bom ter um motivo positivo para nos orgulharmos como nação, ainda mais através da arte/cinema!); com diversos insights sobre autoconhecimento, liderança, superação. É isso que um filme incrível faz conosco: faz PENSAR.

Meu objetivo, quando fui ao cinema, não era escrever nada posteriormente. Porém, mais uma vez, saí inspirada para compartilhar alguns insights. 

Topa aprofundar?

Antes, um breve resumo sobre “Dois Papas”…

“Dois Papas” é um filme sobre poder e como símbolos e figuras são capazes de moldar o inconsciente coletivo de pessoas – e, no caso da Igreja Católica – de nações em âmbito global. Apesar da narrativa central tensa, porém, o roteiro abre espaço para diversas tiradas cômicas e sarcásticas – seja através de recortes fotográficos ou da trilha sonora.

Se você ainda não viu o trailer, vou deixar aqui embaixo.

A história prende a atenção do início ao fim. Como outros longas baseados na vida real, faz lembrar de nossa própria história quando os fatos ali descritos se desenrolam. Onde estávamos durante a febre do “Habemus Papa”, ou mesmo na fatídica Copa de 2014, naquele tenebroso 7×1…

Em paralelo, embora traga sim um viés crítico a hipocrisias da Igreja Católica, Meirelles se propõe a ir além. O enfoque central da trama são os Papas. Ou melhor – os seres humanos por trás de dois Papas, seus temores, conflitos internos, dimensões pessoais. Em um dos diálogos entre o Papa Bento XVI e Jorge Mario Bergoglio, o primeiro enfatiza:

“A sua própria maneira de viver a vida já parece ser uma crítica à Igreja”. Isso porque o popular atual Papa argentino optou por renunciar a determinados luxos e preferia estar pregando em comunidades mais pobres. Em essência, ela era em microescala o que hoje é para o mundo…

Coerência entre discurso e ação é o que molda um líder

Com isso, me veio um insight poderosíssimo acerca das verdadeiras lideranças. Um líder de verdade é aquele que é exemplo pela ação – e não pelo discurso. Ele inspira por ser exatamente quem é. Liderança não é só sobre “skills”. É sobre viver de acordo com sua verdade.

Hoje são vendidos cursos, workshops, treinamentos sobre liderança. E tudo bem, eles podem agregar. Mas nada disso adianta se você não coloca em prática. Você pode fazer também um curso de “Marketing de Gentileza”, por exemplo, mas você já experimentou…ser genuinamente gentil também?

O líder que ganha respeito é aquele coerente, que alinha discurso e prática. Sem isso, torna-se incapaz de exercer qualquer efeito realmente potente sobre os outros. E mais! A “falsa liderança” não se sustenta. O discurso motivacional perde efeito se o líder também não coloca a mão na massa.

A Igreja, de alguma forma, entendeu que precisava de alguém mais popular no poder – principalmente frente aos escândalos de abusos divulgados pela mídia. Mas esse não era o perfil do Papa que acabou por renunciar (e não que isso fosse bom ou ruim), mas ter de exercê-lo, para ele, simplesmente tornou-se impossível.

Você só consegue usar uma máscara por um tempo limitado.

Todos os dias, seja a mudança que você quer ver

Apenas para concluir, outra grande revelação que o filme me trouxe foi a seguinte: todos os dias, as decisões mais importantes do mundo são tomadas por pessoas. De carne e osso, como você e eu. Pessoas que têm valores, medos, fragilidades e conflitos internos.

As decisões que tomamos podem não reger o mundo inteiro, mas regem o “nosso mundo”, “nossos relacionamentos”, “nosso trabalho”. Então, vale a mesma máxima sobre liderança. Você não precisa ser líder de uma empresa para ser exemplo.

Leve a lógica para sua esfera pessoal, para qualquer situação. Que tipo de acontecimento você gostaria de mudar na sua vida? Você costuma reclamar que as pessoas são muito irritadas, mal-educadas? Então, comece você sendo bem educado. Reclama das grosserias no trânsito? Seja você bem educado no trânsito.

É assim que você pode mudar o mundo, com suas ações. Ninguém se inspira no que você fala, as pessoas podem se inspirar no que você FAZ.

Só para resumir, vou terminar com Gandhi:

“Seja a mudança que você quer ver no mundo”.

Curtiu os insights? Já assistiu ao filme? Concorda com minhas percepções? Me conta aqui nos comentários que vou amar saber. 🙂

Recomendo ainda esta entrevista do Fernando Meirelles no programa Provoca do Youtube, com o sempre brilhante @MarceloTas. Aqui ele compartilha um pouquinho dos bastidores…

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Como você preenche sua sensação de vazio?

balões no ar

Imagino que, em algum momento de sua vida, você já tenha se flagrado com um determinado sentimento que eu chamaria de sensação de vazio existencial. Naturalmente, comigo também aconteceu. Descreveria a sensação como um paradoxo entre parecer que está tudo certo e, ao mesmo tempo, tudo errado.

É como uma coceirinha que faz você se perguntar: por quê? Mas é um porquê incômodo. Você acha bobo olhar para ele, sente que é piração da sua cabeça e decide ignorar. É aí que começa o verdadeiro problema. Ignorar o vazio existencial, logo quando ele aparece, gera um buraco de vazio existencial cada vez mais fundo.

Não sou nenhuma guru, mas falo por experiência própria: é preciso encarar esse vazio de frente, com coragem, se você quiser diminuir tal sensação em sua vida. 

Topa aprofundar a reflexão? Então, vou abrir meu coração aqui e compartilhar um pouquinho de como foi meu processo

Identificando os amortecedores por trás do vazio existencial

Há mais ou menos um ano, eu acreditava que tinha minha vida completamente sob controle (risos, muitos risos). Tinha um emprego legal, ia à academia 7 vezes por semana, ganhava um salário “ok”, mas que já me permitia realizar vários sonhos. Conquistei, até certo ponto, aquele tal de American Dream.

Só que aí…boom! Vazio. Volta e meia vinha aquela coceirinha e, mesmo fazendo terapia, tive vários insights sem nunca chegar à sua real causa. Nas sessões, a principal pauta era: trabalho. Trabalho, trabalho, trabalho. Até que, posteriormente, participei de um grupo de Coaching e tive mais clareza sobre o que acontecia na minha vida:

O trabalho era o centro de tudo. Era minha fuga do vazio. Que só gerava mais vazio.

O vazio ia e vinha porque, toda vez que eu tentava olhar para ele, o trabalho se tornava a pauta central novamente e várias outras coisinhas iam rolando para baixo do tapete. E hoje, justamente por amar tanto o que faço, AINDA preciso ter cuidado para não me tornar uma workaholic doida perigosamente próxima de um burnout.

Depois de mergulhar mais fundo na jornada do autoconhecimento, percebi que o trabalho é o meu amortecedor (talvez o seu também) – mas ele não é o único que existe. Há quem opte por um drink todos os dias, outras pessoas encontram esse conforto na comida, outras em festas, outras nas drogas e até no excesso de atividade física.

O primeiro passo para recuperar o equilíbrio é identificar esse amortecedor e começar a administrá-lo para, então, investigar a real causa do por trás dele. 

Como lidar com a sensação de vazio sem se machucar?

A vida às vezes parece muito dura e, sem os nossos amortecedores favoritos, encarar de frente o vazio realmente é assustador. Mas ao topar fazer essa jornada dentro de si mesmo, a recompensa do outro lado é incrivelmente linda e difícil de se transcrever em palavras. Sabe por quê?

Porque você vai descobrir que o vazio é seu amigo. Quando ele aparecer, você não vai mais ter tanto medo – vai encará-lo como uma oportunidade de rever o rumo do seu trabalho, dos seus relacionamentos, das suas escolhas de vida. Vai parar de olhar tanto para fora e começar a olhar para dentro.

E vou avisar: coisas muito loucas vão acontecer a partir daí

O mais louco de tudo? Você vai ansiar por espaços vazios na sua rotina. Momentos de contemplação, mais meditativos, com menos barulho e  compromissos. Vai descobrir a essência do minimalismo, perceber que se pode viver de forma mais leve, simples, fluida. Vai se sentir mais conectado à Natureza e sua beleza e aos outros seres humanos.

Claro que o processo não acontece do dia para a noite. Há altos e baixos. Mas, se eu puder dar um conselho, é: insira a meditação, a Yoga e a leitura de livros sobre autoconhecimento na sua rotina. São as formas mais simples de começar a contemplar o espaço vazio com menos temor e mais confiança.

Olhe para o vazio para construir uma vida mais feliz e com mais significado. Como escreve o mestre Yogananda, um dos meus atores favoritos quando o tema é espiritualidade:

“Os raios jubilosos da alma podem ser percebidos quando você interioriza sua atenção. Não procure a felicidade unicamente em roupas bonitas, pratos deliciosos e outras amenidades (os tais amortecedores que eu mencionei!). Eles aprisionarão sua alegria por trás das grades da exterioridade).

Faça as pazes consigo mesmo, olhe mais para dentro, evite ceder aos seus amortecedores. Ao elevar a sua consciência, aos pouquinhos você vai descobrir que a felicidade não é utopia.

Curtiu o texto? Me deixa saber aqui nos comentários!!

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5 livros sobre sociedade para você repensar seu trabalho – e sua vida – em 2020

menina com livros e café

O clima de fim de ano já tomou conta da atmosfera, não é? 2020 se aproxima e parece que estamos, oficialmente, vivendo no futuro. Em menos de uma década, segundo projeções do Laboratório de Aprendizado de Máquina em Finanças e Organizações da Universidade de Brasília (UnB), metade dos empregos que existem hoje serão substituídos por robôs e pela automação.

Você já parou para refletir sobre isso em profundidade? Basicamente, significa que todos seremos afetados em algum nível, independentemente de que posição ocupamos (seja como colaboradores(as), microempreendedores(as) ou empresários(as)/gerentes de uma organização). O mundo está se transformando bem diante dos nossos olhos.

E precisamos estar preparados. Por isso, neste artigo, decidi compartilhar minhas dicas de 5 livros com reflexões pertinentes sobre a sociedade para que possamos direcionar melhor nossas ações em 2020 e no futuro, de modo geral – a nível pessoal e profissional.

Espero que possam ser úteis em sua jornada. 🙂

5 livros sobre sociedade para você repensar vida e carreira

Já abriu o Google Keep aí? Espie, abaixo, minhas 5 sugestões de obras para você ler, refletir e planejar seu 2020:

1.Sociedade do Cansaço

Já reparou que todo mundo parece estar mais cansado desde que os smartphones entram em nossas vidas? Esses pequenos dispositivos – muitas vezes geradores de ansiedade – nos colocam em uma frequência aceleradíssima. Parece que tentamos “competir” com a velocidade da tecnologia. E sempre perdemos.

É esse o tema do livro “Sociedade do Cansaço”, do filósofo alemão Byung-chul Han. Ele apresenta uma leitura da vida moderna como permeada por uma violência neuronal, com excesso de informação e zero espaço à contemplação. O volume de dados, para muitos, é de fato enlouquecedor.

Aqui, a reflexão é: se a tecnologia vai substituir muitas de nossas funções de qualquer modo, não seria melhor usarmos um tempinho para meditar, desacelerar e, quem sabe, tomar decisões mais sábias sobre nossas vidas e carreiras? Ir na contramão da manada pode ser fonte de extrema sabedoria. 

Quem sabe desacelerar um pouco não possa ser também uma meta para o seu 2020?

2. Qual é a Tua Obra?

Sou fã assumida do Cortella e creio já ter indicado o livro “Qual é a Tua Obra?” em outro artigo. Mas vale a pena indicar novamente, pois se encaixa muito bem no contexto aqui. Por quê? Porque nele o filósofo explica que, ao trabalharmos, não apenas “fazemos o trabalho”. O trabalho também “nos faz!”. Ele é parte de quem somos.

Ou seja, com tantas transformações pautadas pela tecnologia, teremos que trabalhar muito nossa resiliência profissional e nossa humildade. Quem achar que já sabe tudo está, literalmente, ferrado. Um conselho para 2020? Apaixone-se por aprender!

Prender-se a um ego muito inflado jamais foi tão perigoso.

3. Homo Deus

Harari é outro dos meus autores favoritos. Em “Homo Deus”, ele teoriza sobre como a transformação digital poderá gerar ainda mais desigualdade entre diferentes pessoas e países. Quem tiver acesso no futuro às melhores tecnologias por meio do poder aquisitivo (principalmente na área da saúde, terá vantagem BIOLÓGICA sobre os outros). Bizarro, não?

A obra me instigou a pensar, cada vez mais, sobre a importância de lutarmos contra a desigualdade, dar voz às minorias e pensar em como poderemos criar modelos sociais mais colaborativos. Afinal, não é segredo: desigualdade gera violência. E o mundo, definitivamente, precisa é de mais amor. 

4. Supercérebro

Doenças neurodegenerativas são assustadoras, não é? E, talvez justamente pela violência neuronal mencionada na obra de Byung-chul Han, os casos dessas patologias estão aumentando. A boa notícia é que, na contramão, a medicina está comprovando que o código genético não é o fator principal de influência sobre nossa saúde.

É isto mesmo: a ciência moderna demonstra que os seus hábitos de vida são tão relevantes para a sua saúde quanto seu DNA. O livro “Supercérebro”, do Deepak Chopra, fala justamente sobre isto: como os cuidados com sua alimentação e seus pensamentos podem influenciar sua rotina, melhorar sua produtividade e ajudar a evitar doenças.

Pessoalmente, acredito que investir na saúde é o melhor investimento que qualquer um pode fazer – até porque, sem ela, não realizamos nada. Neste artigo, indico 5 livros sobre o tema que ajudaram a transformar minha vida e minha carreira também. 

5. Nômade Digital: um Guia para Você Viver e Trabalhar Onde e Como Quiser

Também já recomendei anteriormente aqui o livro “Nômade Digital: um Guia para Você Viver e Trabalhar Onde e Como Quiser”, mas vale a pena mencionar mais uma vez! Você já parou para refletir sobre o fato de que, atualmente, com um computador e acesso à internet você pode trabalhar praticamente de qualquer lugar do mundo? As barreiras geográficas estão desaparecendo. 

E, quando o assunto é nomadismo digital – o lifestyle que envolve viajar E trabalhar -, a maior referência para mim é o Matheus de Souza. Ele já carimbou o passaporte em diversos países e traz dicas incríveis sobre como conciliar a estrada e a carreira.

Se você sonha em fazer seus próprios horários e trabalhar de onde quiser, a obra dele apresenta dicas preciosíssimas para chegar lá. Eu mesma me inspirei e escrevi um E-BOOK gratuito sobre trabalho remoto com um compilado de dicas minhas e insights que vieram também com o livro.

Aproveite para fazer a leitura e incluir nos planos para 2020 a possibilidade de trabalhar onde e como quiser, caso seja o seu sonho. 

Insights sobre o lado positivo da disrupção digital na sociedade do futuro

Em resumo, só para finalizar, penso ser incontestável que as transformações digitais vão balançar muitas estruturas sociais e profissionais nos próximos anos. Justamente daí a necessidade urgente de exercermos o tal do raciocínio crítico e aprimorarmos a busca pelo autoconhecimento – de modo a nos prepararmos. 

Embora possa parecer assustador pensar que muitas funções serão substituídas por robôs, acredito que há sempre um lado positivo em qualquer situação. Pois bem, aqui, creio que a melhor parte é justamente esta: o futuro é de inúmeras possibilidades. Não seremos mais restritos a um único cargo como “definição de quem somos”.

Vou dar meu exemplo pessoal: sou formada em jornalismo, atuo como produtora de conteúdo e ghost writer. E, no ano que vem, pretendo fazer uma formação e começar a dar aulas de Yoga! Não sei mais me definir por uma profissão específica. Sou um verdadeiro emaranhado de todas essas coisinhas.

O que quero dizer com isso é que, se tivermos a mente flexível, poderemos nos adaptar a todo e qualquer cenário. E eis que surge a verdadeira liberdade de sermos plurais, multifacetados e, quem sabe, até mais tranquilos e felizes do que hoje. 

Curtiu a reflexão? Já leu algum dos livros? Me conta aqui nos comentários que eu vou adorar saber!!

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Por que os valores pessoais são essenciais na carreira de freelancer?

pedras

Você sabe quais são seus valores pessoais predominantes? Pode soar como um questionamento provocativo, mas ele é extremamente relevante – pode acreditar. Principalmente se você atua como produtor de conteúdo freelancer e exerce trabalho remoto na área do Marketing Digital (ou qualquer outra).

Talvez (assim como eu até bem pouco tempo), você nunca tenha parado para refletir sobre o fato de que , como “autônomo”, você também é como uma empresa. Na realidade, de forma bem pragmática, além de ser um prestador de serviços, você é sua própria empresa

Precisa gerenciar seu fluxo de trabalho, demandas, caixa, burocracia. É fácil se perder no meio disso tudo, não é? Sei bem. Mas é aí que os seus valores pessoais vão ser de extrema ajuda! Vou explicar o porquê

Topa aprofundar a reflexão?

O que são valores pessoais e por que são relevantes?

Valores pessoais são um conjunto de princípios que regem basicamente todas as ações em nossa vida (de forma consciente ou não). Eles são os pilares principais por trás das decisões que tomamos ou deixamos de tomar, pela forma como agimos em relação a outras pessoas e a nós mesmos.

Em corporações maiores, muitas vezes os valores e a missão são expostos ao grande público e disseminados também internamente. Por quê? Porque, a cada decisão tomada, os princípios éticos ali descritos devem ser respeitados (nem sempre isso ocorre, mas em um mundo ideal, assim deveria ser).

Sem valores bem definidos, em minha visão, uma empresa pode ficar perdida. Isso porque, sem um propósito e princípios norteadores, eventualmente todos os seres humanos (a base da organização) ficam sem direção – você já deve ter percebido isso em alguns momentos de crise existencial. Precisamos saber o que nos move.

No caso de um profissional freelancer, então, a confusão pode ser ainda maior. Afinal, trabalho e vida pessoal invariavelmente se misturam. Depois que você não precisa mais “bater ponto”, é só você com você mesmo. E, sem um bom alinhamento interno de valores, é muito fácil surtar e se perder.

Mas, então, como definir esses preceitos que vão guiar nosso trabalho – principalmente considerando que na carreira de freelancer eles vão se misturar à essência pessoal?

Abaixo, vou compartilhar um pouquinho de como construí – e identifiquei – meus valores em meio à minha rotina de trabalho.

Como definir seus valores pessoais?

Uma das melhores formas de descobrir os valores que vão nortear o seu trabalho é refletindo sobre aquilo que incomoda você. É isto mesmo: geralmente, aquilo que mais nos incomoda no mundo tem relação com o fato de ser contrário aos nossos valores.

Por exemplo: como jornalista, eu nunca consegui entender muito bem como produtores de conteúdo podem escrever textos mal embasados, sem dados de fontes de credibilidade – ou PIOR – copiarem conteúdos de outros produtores. Bingo! Descobri um dos meus primeiros valores: ÉTICA.

E decidi que a ética não seria norteadora apenas na produção do conteúdo, mas também em relação à cobrança de jobs e à relação com meus clientes, sempre feita com abertura ao diálogo. Isso me auxiliou em diversos momentos e trouxe credibilidade ao meu trabalho.

Outro ponto que sempre me incomodou: ter que fazer algo correndo, executar trabalhos sem qualidade. Eis que identifiquei meu segundo valor: QUALIDADE (em relação à entrega dos meus trabalhos e à qualidade da minha vida). Como sempre digo, prefiro ter menos clientes e ter tempo na rotina para praticar Yoga e meditar.

No fim das contas, isso também favorece o meu trabalho. Por fim, em meio a diversas transformações pelas quais passei na minha carreira, percebi que o que sempre me deu motivação no trabalho é o senso de CONTRIBUIÇÃO. Esse é o terceiro valor que escolhi.

Quando sinto que estou executando meu trabalho apenas por dinheiro e não tenho a sensação de estar contribuindo de alguma forma para tornar o mundo e a vida das pessoas melhor, tudo perde o sentido. Por isso, também procuro ter e manter clientes que estão alinhados à minha visão de mundo. 

Bem, isso é o que funciona para mim. Também procuro trazer valores como AMOR, CRIATIVIDADE e EVOLUÇÃO PESSOAL como norteadores, sempre. No entanto, é interessante lembrar que valores pessoais não são imutáveis. Como seres humanos, nós evoluímos no decorrer de nossa jornada (que bom, não é?) e nossos valores podem evoluir conosco.

O mais importante? Encontrar e manter, pelo máximo de tempo possível, essa paz de espírito proveniente do alinhamento dos seus valores com a rotina de trabalho e jobs. 

E você, já tinha parado para refletir sobre os seus valores? Me conta aqui nos comentários!!

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Por que o autoconhecimento deve ser nossa prioridade pessoal e profissional?

homem olhando para vidro

Um dos meus maiores desafios existenciais é buscar viver de forma consciente e focada no autoconhecimento. Constantemente, me questiono sobre tudo o que faço, reflito sobre o porquê faço e como faço. Tenho uma vozinha interna que sempre diz: “sem isso, você é só uma marionete do sistema”.

Pois bem, na semana passada, após acompanhar a entrevista do brilhante professor israelense Yuval Harari no Roda Vida (vou deixar o vídeo completo no fim do artigo), o sentimento se intensificou ainda mais. Ele é um daqueles seres humanos que me parece capaz de prever os rumos da humanidade.

Um dos pontos que mais me chamou atenção na entrevista foi sua abordagem em relação ao autoconhecimento. Na visão dele, meditar, silenciar e exercer um olhar contemplativo em relação a nós mesmos nunca foi tão relevante para a saúde física e mental.

Concordo plenamente e vou explicar o porquê. Topa aprofundar?

Autoconhecimento na Era Digital

Harari disserta muito sobre o impacto da tecnologia em nossa realidade. Na obra 21 Lições para o Século 21, ele já havia alertado: corremos um sério risco de que, em breve, as máquinas saibam mais sobre nós do que nós mesmos.

Pode parecer algo bobo e inofensivo, mas é assustadoramente real. O avanço tecnológico é, inquestionavelmente, benéfico em inúmeros sentidos. Só que ele parece afastar o ser humano ainda mais de si próprio. É fácil se distrair e nunca olhar para si com tanto conteúdo à disposição.

Isso, sem dúvidas, deveria ligar um alerta vermelho dentro de nós. Mas não liga. Porque a tecnologia emergiu justamente em um momento extremo de desconexão interna. Então, nós mal refletimos antes de deixar que os dispositivos entrassem na nossa vida. Simplesmente aderimos, sem pensar nas consequências…

E eu ouso dizer que os resultados estão cada vez mais evidentes. Parecemos cada vez mais zumbis ambulantes com telefones nas mãos. Ao mesmo tempo em que temos quase todas as facilidades ao alcance de um aplicativo, somos uma população cada vez mais deprimida e ansiosa.

E este é o grande risco de não olharmos para nós mesmos: ficamos estancados no mesmo lugar, às vezes presos em trabalhos que não nos satisfazem, com uma sensação de sermos vítimas. Enquanto isso, as máquinas já procuram nos dar tudo de forma pronta, automatizada. Terceirizamos à tecnologia nosso poder de escolha.

Sobre com quem estar, com quem se relacionar, como consumir, o que assistir, como se locomover. Sabe aquela frase do gato da Alice “se você não sabe para onde vai, qualquer caminho serve?”. É isso.

Se não soubermos pelo menos um pouquinho melhor quem somos, simplesmente seguiremos a tecnologia (e os interesses daqueles que a criaram). E podemos acabar mal. 

Isso é tudo, menos viver consciente, concorda?

A ponte entre hiperatividade e passividade

Ainda sobre tecnologias, em outro livro incrível que estou lendo – chamado “Sociedade do Cansaço”, o filósofo Byung-chul Han apresenta um argumento semelhante ao de Harari. Para ele, vivemos em uma sociedade imersa em hiperatividade, com pouco tempo contemplativo à disposição. A tecnologia acelerou tudo. 

Paradoxalmente, essa violência cognitiva tende a nos deixar tão exaustos que ficamos na verdade ativamente passivos – por mais louco que pareça. Mas pense bem: não é exatamente isso que fazemos quando dedicamos horas ao Instagram, Facebook, Netflix (e derivados)? Estamos ali, acordados, consumindo conteúdo…

Mas, em essência, estamos adormecidos. Veja que trecho fantástico:

“A agudização hiperativa da atividade faz com que esta se converta numa hiperpassividade, na qual se dá anuência a todo e qualquer estímulo. Em vez de liberdade, ela acaba gerando novas coerções. É uma ilusão achar que quanto mais ativos nos tornamos, mais livres seremos”.

Basta verificar quantas vezes já nos arrependemos por alguma mensagem no WhatsApp, ou contemplar nossa própria incapacidade de desligar o aplicativo e não responder ao chefe no fim de semana. Somos escravos passivos da hiperatividade.

Autoconhecimento na prática: por onde começar?

Todas essas reflexões sobre tecnologia fazem o cérebro ferver, não é? Em meio a todas elas, precisamos ser realistas: dificilmente poderemos frear essa ascensão digital. Por isso, precisamos ser responsáveis por reservar alguns minutos do dia sagrados a nós mesmos.

Pode ser com uma meditação pela manhã ou à noite, uma aula de Yoga, uma horinha na academia, uma caminhada leve. Ou até regando uma planta. O mais importante é você não se perder de si mesmo(a) em um momento tão crítico na história. 

Abaixo, a entrevista completa do Harari. Imperdível. E o próprio medita duas horas todos os dias, a título de curiosidade. 

Gostou do texto? Tem suas próprias opiniões sobre o assunto? Compartilhe aqui que eu vou adorar ler e responder para aprofundar a discussão!

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Disciplina – com consciência – é libertação no trabalho remoto (e na vida)

menina de frente pro mar meditando

Incrível como a filosofia da Yoga parece trazer respostas para tantos questionamentos internos. Hoje pela manhã, enquanto lia uma coluna da professora Isabela Fortes – na já extinta Revista Yoga Journal – encontrei insights interessantes sobre disciplina. Afinal, será que ser disciplinado(a) é um fardo ou uma benção?

Para aprofundar a reflexão, vou trazer alguns exemplos. Imagino que, em algum momento, você já tenha se deparado com algum destes dilemas:

Faço uma dieta ou chuto o balde? Pego pesado no trabalho ou dou prioridade à saúde? Bebo este drink na quarta-feira ou espero o fim de semana? São questionamentos internos bastante comuns. E todos, de certa maneira, estão associados à disciplina.

Confesso que, pessoalmente, tenho uma tendência a uma disciplina quase exagerada. Sou extremamente regrada com a alimentação, praticamente zerada no álcool e super focada nos meus objetivos. Foi neste ano, quando comecei a trilhar a vida nômade e quebrei um pouco meu senso de rotina, que comecei a refletir

 “Será que vale a pena tanta disciplina? Que tipo de perfeição eu desejo alcançar? Onde eu quero chegar?”

E a resposta veio com os códigos de conduta da Yoga. É preciso praticar a disciplina, sim, mas com amorosidade e ahimsa – o preceito da não-violência. 

Explico melhor…

Onde a disciplina encontra o amor-próprio

Sob a perspectiva da Yoga, a disciplina nos conduz à libertação. Isso porque somos os únicos seres mamíferos capazes de tomar decisões racionais, ou seja, podemos escolher – até certo ponto – todos os dias o que vamos comer, beber, falar, ouvir.

Só que, comumente, cedemos aos nossos instintos mais triviais por falta de amor-próprio. Por exemplo: quando comemos exageradamente e optamos por alimentos que sabemos que vão nos fazer mal, na verdade estamos sendo violentos em relação a nós mesmos.

Achamos que é um alívio, que merecemos esse “carinho”, mas na verdade só estamos nos machucando. O mesmo vale para outros amortecedores – até mesmo o excesso de trabalho e disciplina, quando queremos controlar tudo e acabamos percebendo, invariavelmente, que não temos controle de nada.

É por isso que o equilíbrio é a resposta e, para encontrá-lo, precisamos identificar quando estamos nos machucando. A disciplina é necessária para que possamos criar ordem na nossa vida. Afinal, não há liberdade alguma em não conseguir se controlar nos gastos e estourar o limite do cartão de crédito, ou exagerar em toda refeição, concorda?

Só que não adianta ir para o lado oposto e exagerar na disciplina, ao ponto de se machucar. É preciso se permitir, às vezes, comer aquele prato gostoso, assistir a um episódio extra daquela série na Netflix, dormir um pouquinho mais tarde. Isso é equilibrar o senso de ser disciplinado(a) com um olhar consciente.

Disciplina no trabalho remoto

Se você sonha em trabalhar remoto, lidar com a disciplina será uma questão constante em sua vida. Você terá a tão sonhada liberdade e flexibilidade de horários. Mas, se não souber lidar com isso, pode se descobrir em uma verdadeira prisão mental.

Trabalhar como freelancer exigirá de você identificar o seu ponto de equilíbrio entre ter disciplina na entrega dos seus jobs e, ao mesmo tempo, se permitir desligar por conta própria quando o expediente acaba. Caso contrário, se você tiver tendências workaholics como eu, logo vai se perceber trabalhando ainda mais do que no modelo CLT. 

No E-book gratuito que acabei de lançar, inclusive, falo um pouco mais profundamente sobre como criar um senso rotina é importante e como eu costumo me organizar na minha pauta de trabalho. 

Se você quiser baixar o E-book, basta clicar neste link

Fique atento à sua mente

Para finalizar, gostaria de compartilhar outros insights que a prática de Yoga me trouxe. O principal deles é começar a prestar atenção nos seus padrões de pensamentos. Se, antes de ceder a um hábito nocivo, você conseguir identificar certos gatilhos, acredito que pode realmente observar uma melhora enorme na sua qualidade de vida.

Experimente, por exemplo, fazer uma pausa reflexiva antes de comer algo que você sabe que vai lhe fazer mal. Pergunte-se “por que estou cedendo a esse instinto se eu sei que essa comida vai machucar meu corpo e me fazer sentir mal?”. Ou, antes de protelar no trabalho, questione-se “Será que vale a pena sofrer deixando tudo para última hora?”.

Permaneça vigilante e atento(a). Tudo que você absorve em termos de notícias, sons, palavras, relacionamentos afeta sua vida – dentro e fora do trabalho. Disciplinar seus pensamentos é um caminho que vai lhe permitir descobrir que o mundo não é tão feio quanto às vezes aparenta.

Se você conseguir cultivar essa disciplina consciente, não-violenta – consigo mesmo e com os outros – seus dias vão ficar muito mais coloridos. Não é simples, trata-se de um exercício diário e constante.

Mas eu prometo a você: vale muito a pena.

Curtiu o texto? Me deixa saber! Se você gostou dos insights, comente aqui embaixo…




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5 livros de autoconhecimento que podem transformar sua carreira (e sua vida)

livro sobre a mesa e café

Você sente um vazio que volta e meia bate à porta durante a sua jornada de trabalho? Se a resposta for sim, já estive no seu lugar. Sei como a sensação é incômoda. Mas por mais que possa soar como um clichê motivacional, a verdade é esta: você pode mudar. Na minha experiência, ler livros de autoconhecimento ajudou muito no processo.

Sempre torci o nariz para qualquer tipo de obra focada em autoajuda/autoconhecimento – parece que a categoria, por si só, é depreciativa. Só que, ao deixar o preconceito um pouquinho de lado e me aprofundar em leituras desse tipo, minha vida começou a mudar. Tanto a nível pessoal, quanto profissional. 

É por isso que decidi escrever este texto compartilhando um pouco o meu processo e indicando 5 livros que foram essenciais no start da minha transição de carreira e no meu projeto de virar nômade digital.

Para conferir, siga a leitura até o fim!

Livros de autoconhecimento valem a pena?

Se você estiver aberto a absorver o que eles dizem, sim. Não posso generalizar, claro, mas eu realmente acredito que estamos neste planeta para evoluir e melhorar como seres humanos. E há inúmeras ferramentas válidas nesse caminho – inclusive os livros. 

Pelo menos, na minha visão, o que não faz nenhum sentido é viver uma vida vazia, sem propósito e apenas se queixar. Quando você sente que não há sentido no que faz, penso que é indispensável procurar auxílio. E os livros são uma alternativa acessível e que nos transporta a outras realidades, não é?

Defendo também outras formas de terapia, como conversar com um psicólogo, ou mesmo praticar Yoga. No meu caso, uma coisa puxou a outra. Ler obras focadas em espiritualidade e autoconhecimento me levou a buscar um profissional para abordar minhas dificuldades emocionais e me aprofundar ainda mais em mim mesma.

É aí que a mágica acontece. Porque, se você sente um vazio no trabalho, certamente há uma razão por trás. Você só pode descobrir qual é ela quando conhece a si mesmo(a). Autoconhecimento é o melhor investimento que podemos fazer na vida. Ele nos dá rumo. 

Eu, por exemplo, amo escrever. Só que levei um tempo para entender que isso é o que realmente me realiza – trabalhar com produção de conteúdo. Mais até do que editar textos de outras pessoas. 

Como gosto de escrever, também funciona para mim trabalhar remoto ou em home office. Lugares muito cheios me desconcentram. Sou capaz de produzir mais, melhor e com tranquilidade em casa, com liberdade de horários e menos barulho. Mas talvez esse modelo não funcione para você. 

Em resumo: se autoconhecer é o primeiro passo para identificar se o seu trabalho está alinhado à sua visão de vida, aos seus valores e ao que você gosta. Ter esse conhecimento é libertador, pois pode lhe dar um norte na jornada.

OK. Mas quais foram, então, as leituras fundamentais nesse processo? Abaixo, compartilho cinco delas.

5 livros de autoconhecimento para repensar a vida e a carreira

Já abriu o bloquinho de notas? Confira 5 leituras essenciais no processo de se aprofundar em si mesmo(a) e redirecionar os passos na carreira:

1) Por que fazemos o que fazemos?, de Mário Sergio Cortella

No  provocativo livro “Por que fazemos o que fazemos?”, o filósofo Mário Sergio Cortella nos convida a um mergulho interno no sentido que há por trás de nossas carreiras. Para mim, se enquadra na categoria do autoconhecimento porque instiga a pensar: como o trabalho que eu faço também ME constitui como ser humano? 

O que eu faço que realmente me traz orgulho, senso de realização, ou apenas dinheiro? São questões que você pode aprofundar e, certamente, ter insights preciosos a partir daí. 

2) O Poder do Agora, de Eckhart Tolle

Li as primeiras páginas de “O Poder do Agora” com um olhar extremamente cético. Até que percebi que as palavras do autor faziam muito sentido. Basicamente, trata-se de um livro sobre espiritualidade que nos convida a mergulharmos no que está além da nossa mente, o que mora naquele espaço vazio que encontramos quando meditamos. 

“Se for usada corretamente, a mente é um instrumento magnífico. Entretanto, se a usamos de forma errada, ela se torna destrutiva. Em geral, você não usa sua mente. Ela que usa você”, escreve o autor.

Tolle nos convida a silenciar os pensamentos. Muitas vezes, é nessa nossa essência – que vai além do âmbito racional – que moram todas as respostas que buscamos no trabalho e na vida. 

3) O Caminho da Sabedoria, de Matthieu Ricard, Alexandre Jollien e Christophe André

Em “O Caminho da Sabedoria”, um livro no formato perguntas e respostas, o leitor é instigado a refletir sobre as raízes de diferentes comportamentos e questionamentos pertinentes à sociedade e ao trabalho. Por que sentimos raiva? Por que temos dificuldade de nos expressarmos? Como lidamos com as pessoas?

Uma leitura leve e deliciosa e um convite para olharmos mais para dentro, antes de olhar para fora. 

4) Propósito, de Sri Prem Baba

O conceito de dharma permeia todas as palavras desse pequeno, mas poderoso livrinho, chamado “Propósito”. A palavra em sânscrito nos dá dimensão de que, se estamos aqui, não é por acaso. Mas a jornada consiste justamente em descobrir esse porquê. 

O trabalho, muitas vezes, traz pistas. Quando não estamos em sintonia com nossa missão, sofremos e protelamos nossas atividades. 

Quais são seus talentos? O que faz seu coração vibrar? O que empolga você? São pistas interessantes. 

5) Você Pode Curar sua Vida, de Louise Hay

Eu já indiquei diversas vezes “Você Pode Curar Sua Vida” aqui, mais uma não vai fazer mal. Nessa obra cheia de sensibilidade, Louise Hay fala de amor-próprio e sua importância na carreira e nos relacionamentos. Disserta sobre a importância de nos criticarmos menos, sermos mais gentis em relação a nós mesmos.

Quando nos amamos, as respostas que buscamos para a vida e o trabalho surgem mais facilmente. Com leveza e fluidez. Tenho comprovado na prática.

E aí, curtiu as dicas? Já leu algum desses livros? Comenta aqui e me diz o que achou!!

Observação: os livros indicados neste post contém meus links de afiliada. Ao comprar através deles, você ajuda a rentabilizar meu trabalho para que eu possa seguir escrevendo esses textos. Obrigada!

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Onde o amor-próprio entra na gestão da carreira?

mulher meditando

Eu sempre acreditei que êxito profissional estava associado ao esforço empenhado em uma determinada função, à capacidade de “entregar mais do que lhe é solicitado” e ao foco em um contínuo processo de aprendizagem. De fato, tais elementos são importantes. Só que apenas eles não bastam.

Neste ano, descobri que um dos aspectos mais imprescindíveis na gestão de carreira e no sucesso pessoal e profissional (leia-se sucesso aqui como: sentir um senso de felicidade e realização) é o amor-próprio. Conforme falei recentemente em outro artigo, percebi que cuidar da minha saúde, física e espiritual deveria ser uma prioridade na minha vida.

Em outras palavras: que me amar, me cuidar e ter tempo para mim e as pessoas que eu amo deve ser inegociável. E também me torna uma profissional melhor, capaz de entregar um serviço de qualidade, cumprir prazos e gerar confiabilidade ao cliente. Por mais paradoxal que pareça, priorizar o meu bem-estar também é bom para quem me paga.

Topa aprofundar a reflexão? 

Amor-próprio é a causa e a solução dos problemas 

Vou confessar: no início de 2019, eu me deparei com aquela sensação de vazio. Eu tinha a “fórmula para ser feliz”: flexibilidade de horários, oportunidade para viajar, e jobs – muitos jobs – em uma agência incrível. Eu amava (ainda amo) o que faço, mas faltava um elemento muito importante nessa equação.

E fui descobrir o que era com um livro incrível chamado “Você Pode Curar Sua Vida”, da norte-americana Louise Hay. Sim, é um livro de espiritualidade, autoconhecimento, autoajuda ou o que você preferir. Mas, por favor, não torça o nariz apenas por isso. Antes, veja que incrível o que ela diz:

“Quando realmente amamos e aprovamos a nós mesmos, tudo na vida funciona. (…) Amar a si mesmo é algo que realiza milagres. Não estou falando de vaidade, arrogância ou convencimento, pois isso não é amor, somente medo. Falo sobre termos um grande respeito por nós mesmos. O que pensamos sobre nós torna-se verdade para nós” – Louise Hay.

Basicamente, a autora demonstra que, muitas vezes, a sensação de vazio que assola nossas vidas e relacionamentos independe do nosso cargo ou salário. Ela tem a ver com o nosso próprio senso de merecimento acerca do lugar que ocupamos. 

E mais: que o lugar que ocupamos é exatamente aquele que aceitamos com base em nosso nível de amor-próprio!

Quanto menos nos amamos, mais caótico é o nosso trabalho e, muitas vezes, menor é o nosso salário. Foi aí que eu percebi: o que faltava era tempo de qualidade para mim, para meditar, nutrir amizades, ler. Eu precisava ME amar o suficiente para trabalhar menos, receber um valor que eu achasse justo por hora de trabalho.

O mais desafiador? Não me culpar por tudo isso. 

Sacrificar a vida pelo trabalho não é virtude. É falta de amor-próprio

Em sintonia com a leitura do livro da Louise, revisitei recentemente outro livro do Nuno Cobra Jr., chamado “O Músculo da Alma: a Chave para a Sabedoria Corporal”. Ele também aborda o fato de o mundo estar de cabeça para baixo. Todos vivem cansados e correndo. Falta amor-próprio, no trabalho e na vida.

Mas por quê? Na visão de Cobra, trata-se do mecanismo publicitário – e eu acrescentaria o tal do Coaching “modo charlatão” – que nos vende o autosacrifício como uma virtude. Com os inputs cerebrais promovidos por esses discursos, você não precisa convencer as pessoas a se amarem menos. É só vender a elas a ideia de que se sacrificar é bonito.

Assim, você sacrifica tudo. E a vida parece virar um campo de batalha, sempre mais difícil. Até você chegar lá e perceber que o sucesso que lhe venderam não é sucesso. É vazio.

Saiba se valorizar. Isso não é feio, nem errado. Se você se capacitou, cobre o preço que acha justo pelo seu serviço. Defina suas prioridades e imponha elas em sua rotina. Para mim, por exemplo, meu horário na Yoga hoje é inegociável. Você vai ver que será até mais respeitado(a) por isso.

Tem uma frase que eu adoro, do filme “As Vantagens de Ser Invisível”, que diz assim: 

A gente aceita o amor que a gente acha que merece.

Vale para para o contexto do trabalho, para os relacionamentos pessoais e para a vida, essencialmente.

Gostou da reflexão? O que você pensa sobre o tema? Vamos aprofundar nos comentários?

PS: Os links dos livros citados aqui estão vinculados à minha conta da Amazon Affiliates. Ao comprar através deles, você ajuda a rentabilizar meu trabalho para que eu possa continuar escrevendo esses textos!

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Será que você matou a sua criatividade?

caderno e tintas

Criatividade é o processo de ter ideias que agregam valor”. Ouvi a frase – atribuída a Ken Robinson – , recentemente em uma palestra no Fire Festival, proferida por Fábio Carvalho, Gerente de Inovação na Faber Castell. Ela ecoa em mim desde então em tom provocativo. Será que tenho sido uma profissional criativa?

Aliás, será que todos nós temos sido profissionais capazes de gerar ideias para uma sociedade melhor e mais justa? Infelizmente, creio que a resposta é não. Penso cada vez mais que nossa obsessão por produtividade, materialismo e por entregar tudo mais rápido e acompanhar a velocidade do digital, acaba por blindar nosso potencial criativo. 

Em paralelo, nossa falta de capacidade em propor soluções criativas nos aprisiona em uma sociedade que tende, cada vez mais, a querer nos massificar. A nos enquadrar em caixinhas. É uma observação empírica minha, mas ela também já foi corroborada por alguns estudos.

Vou aprofundar um pouco, ok?

Para onde vai a nossa criatividade?

A verdade é que nós nascemos criativos. Toda criança tem dentro de si um desejo inexplicável de explorar o mundo, descobrir novos horizontes, expandir seu olhar. Mas o que geralmente acontece quando ela questiona o porquê das coisas? A resposta é: “porque é assim que o mundo funciona”. Argh.

Dessa forma, à medida que nos tornamos adultos, deixamos de questionar. E, ao pararmos de questionar, paramos de buscar soluções criativas. A prova disso está nesse gráfico. Ele mostra, em termos percentuais a partir de estudos publicados no livro Breakpoint and Beyond, a queda no potencial criativo que ocorre em nós conforme os anos passam.

Triste, não é? Quanto mais velhos nos tornamos, menos nos arriscamos a buscar novas formas de ver o mundo. E eu entendo: todos temos boletos a pagar, a vida adulta às vezes “engole” a gente mesmo. Só que acho um desperdício simplesmente nos conformarmos com essa realidade.

Deixa eu explicar melhor..

Por que você deve se manter criativo?

Porque o mundo precisa desesperadamente dos criativos. E não falo apenas de uma forma esotérica, mas também corporativa. A verdade é que a disrupção digital transformou completamente as formas de trabalho e nossas relações e, ao que tudo indica, sua velocidade exponencial ainda vai modificar a sociedade de forma cada vez mais rápida.

Como reflexo, as empresas que desejam estar à frente do mercado precisam de profissionais criativos, engajados, dispostos a enxergar além do óbvio. Dispostos a imaginar um futuro diferente. E criá-lo. Quer a prova? De acordo com o Fórum Econômico Mundial, até 2022 as três principais “habilidades do futuro” requeridas de colaboradores vão ser:

  • Pensamento analítico e capacidade de inovação;
  • Capacidade/vontade de aprender;
  • Criatividade, originalidade e iniciativa;

Para você ter uma ideia, há alguns anos ser criativo aparecia lá pela décima na posição das habilidades mais requeridas. A criatividade no novo cenário tornou-se uma habilidade profissional valiosíssima.

Em paralelo, nossa própria sociedade (a nível Brasil e exterior) se encontra diante de tantos conflitos assustadores que penso que a única esperança que temos é conservar nosso potencial criativo e propor novas soluções. O meio-ambiente pede socorro, pois os meios de produção hoje existentes já nos fizeram atingir o déficit ecológico.

Isso sem falar em todas as problemáticas de cunho humanitário que enfrentamos. Os refugiados, a guerra nas favelas, o fato de que a cada dois minutos uma mulher é vítima de violência doméstica neste país. Não podemos simplesmente “aceitar que isso faz parte de como o mundo funciona”.

De forma geral, seja para contribuir com soluções mais criativas para esses problemas, ou simplesmente por uma motivação mais pessoal de ascender na carreira, cultivar seu potencial criativo é absolutamente indispensável no mundo de hoje. O que leva à próxima questão:

Mas e aí, como cultivar a criatividade?

Depois de muito refletir, cheguei à seguinte conclusão: o primeiro passo é você desacelerar um pouco. Sim: se você está no modo “rodinha do hamster”, eu sugiro fortemente que comece a incluir alguns momentos de desconexão e contemplação na sua rotina.

Para ser criativo, seu cérebro precisa estar “limpo”. Como mencionei recentemente em outro artigo que relaciona dicas de saúde com produtividade, você precisa se permitir cuidar de você para ser produtivo e criativo. Desacelerar, meditar, respirar. Só assim você vai conseguir verdadeiramente expandir seu olhar. 

Outra sugestão que venho experimentando na minha rotina: consuma conteúdos que não têm absolutamente nada a ver com sua área de atuação. Ouça um concerto de Beethoven no Spotify. Leia sobre espiritualidade. Vá a um museu. Assista a uma peça de teatro. É assim que sua visão de mundo se expande.

Ser criativo em um mundo que jamais nos estimula a ser/pensar diferente pode ser desafiador. Mas não podemos desistir

Vida longa aos criativos!

E aí, curtiu as dicas? Eu espero realmente que elas possam ajudar você na sua trajetória pessoal/profissional. Se for o caso, deixa um comentário aqui para eu saber!

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