Em nossa história, ou somos protagonistas, ou somos reféns

caneta com fundo branco

Todos os dias, quando o despertador toca e levantamos da cama, uma nova história está prestes a começar. É o que diz a jornalista Ana Holanda, em seu maravilhoso livro sobre Escrita Afetuosa. Mas será que realmente temos responsabilidade pelas narrativas que criamos em nossas vidas?

Talvez agora, neste momento tão singular em que uma ameaça invisível nos fez “dar uma pausa forçada na rotina”, sejamos mais capazes de perceber que às vezes a correria da vida moderna nos torna tão autômatos a ponto de não prestarmos atenção ao que fazemos com nossas vidas. Apenas repetimos os mesmos padrões e histórias.

Por isso, creio ser o momento perfeito para propor uma reflexão: em que direção você quer levar sua história pessoal e profissional daqui para frente? Topa esse devaneio comigo?

Qual é a história que você quer escrever?

Se você está lendo este artigo em um celular ou computador, vou assumir que – assim como eu – provavelmente ocupa um lugar de maior privilégio na sociedade capitalista. Mas é engraçado que, tantas vezes, justamente por estarmos neste lugar mais privilegiado, deixamos de perceber o infinito número de escolhas que temos à nossa frente.

Acreditamos que precisamos trabalhar ainda mais, consumir ainda mais, ter sempre mais e mais e mais. Sei bem como é essa pressão. Ela vem de todos os lados, de todos os meios. “Preciso dar o melhor para o meu filho(a), então não tenho a escolha de sair de um trabalho do qual não gosto”. “Preciso ganhar mais, senão vão dizer que sou fracassado(a).”

Terceirizamos a responsabilidade sobre nossa história ao chefe, à empresa, ao governo. E passamos a agir como reféns. É neste ponto que a vida perde o brilho. Por um motivo intrinsecamente egoísta: deixamos de enxergar que a realidade é feita de infinitas possibilidades para a maioria de nós, os privilegiados.

Temos liberdade para ler, estudar, criar, expressar sentimentos. Como pontua a monja Jetsunma Tenzin Palmo no livro “O Coração da Vida”, se vivemos no Ocidente e temos o mínimo básico para sobreviver, temos liberdade de escolha sobre nossa vida pessoal e profissional:

“Vocês têm a oportunidade de treinar a mente. Não estão pensando o tempo todo em como poderão conseguir a próxima refeição. Têm tempo livre e oportunidade para pensar além. Vocês nunca terão um melhor momento do que este agora para usar esta vida de maneira tão significativa. (…) Se pelo menos estamos sentados e alguém não está nos ameaçando, isso já é ótimo. Então, o que há de tão preocupante?”

Percebe como as preocupações que nos mantêm presos em histórias de vida que já não nos agradam vêm de invenções da mente? O medo de não ter dinheiro, ou prestígio, ou má reputação, ou status? É o ego em seu temor de se dissolver. Mas, quando você percebe que é maior que isso, abre-se um mundo inteirinho de possibilidades à frente.

E você pode perceber, finalmente, que é responsável por sua história e pode escrevê-la como quiser. A vida imita a arte, dizem por aí. 

As novas histórias que já são escritas na era tecnológica

Quando decidi que iria me tornar nômade digital/trabalhar remotamente, era justamente por querer escrever uma história diferente para a minha vida. A narrativa de acordar, trabalhar, ir à academia, dormir, repetir 5x isso na semana e descansar no sábado e domingo já não bastava.

Precisava sentir que eu realmente vivia. Que teria vivências mais interessantes para contar antes de morrer. Contemplar outras realidades. Graças à internet, hoje podemos realmente escolher escrever histórias pessoais e profissionais muito distintas do que a geração dos baby boomers, por exemplo. 

Ontem mesmo, acompanhando uma Live no Instagram com o Matheus de Souza e o Lucas Morello – que acabaram de lançar um projeto incrível de capacitação para trabalhadores remotos, chamado Remote Box – refleti ainda mais sobre isso. Eles falavam sobre como o próprio trabalho remoto pode ser exercido de formas diferentes para cada pessoa.

Há quem goste de trabalhar de pijama, há quem goste de se arrumar. Há quem prefira trabalhar em um café, ou então ter um escritório em casa. Ou, por que não, intercalar? Vivemos uma era em que a liberdade na forma de trabalharmos nunca foi tão extrema. Agora é o momento de aproveitar essa oportunidade.

Um certo vírus chegou para nos avisar que nada será como antes. Então, que possamos olhar para este novo mundo e contemplar não apenas as coisas ruins que acontecem – e sim todos os benefícios que este novo período traz. Porque sim: ninguém esperava por tudo isso. Sim: a vida é caótica. Isso simplesmente são fatos.

Porém, como escreve Derek Thompson em “Hit Makers”: “Qualquer história é melhor do que o caos. Na verdade, pode-se dizer que o caos da vida é uma condição crônica para a qual as histórias são o remédio”.

Como você quer escrever a sua?

Curtiu o texto? Concorda comigo, discorda em algum ponto? Adoraria ouvir seu feedback. Compartilha ele comigo aqui nos comentários?






Sobre ameaças invisíveis, home office e mudanças na humanidade

duas pessoas se dando as mãos

Tenho a sensação de que, a nível global, estamos passando por um momento crítico e decisivo na história da humanidade. Quase que de forma irônica, em meio a transformações climáticas preocupantes e muros erguidos, eis que surge um vírus que nos força a parar, entrar em quarentena e refletir sobre tudo o que acontece em profundidade.

Planos e viagens tendo de ser adiados, turbulência econômica, incerteza sobre o futuro. Ao mesmo tempo, porém, paira no ar uma atmosfera de recolhimento e solidariedade, de pensarmos um pouco no outro. Em meio ao caos, acredito que ainda exista algum tipo de beleza.

Meu intuito neste artigo, portanto, é tentar traçar um panorama otimista acerca do que o vírus veio nos ensinar. Porque sim: é muito triste pensar que pessoas já estão e ainda vão perder empregos – e, claro, muito pior! – morrer por conta disso. Porém, isso só reforça a importância de aprendermos a passar pela crise e sairmos dela melhor do que entramos.

Topa esse aprofundamento comigo? 

Os benefícios do home office no cenário atual (e como você pode extrair o melhor dele agora)

Segundo informações do Nexo, diversas empresas – Amazon, Google, XP Investimentos e Microsoft, para citar algumas – já estão liberando o trabalho remoto como alternativa ao cenário atual. E a tendência, aparentemente, é a de que outras sigam o formato. 

Resultado? Como se pode prever, menos carros circulando nas ruas, menos poluição na atmosfera. Esse vírus danado parece ter vindo para nos fazer “testar por obrigação” um futuro que já poderia estar sendo implementado graças à tecnologia. Quem sabe agora não é o momento de propor essa possibilidade de trabalho remoto ao seu chefe?

Penso que não custa tentar. Sou home officer/nômade há pouco mais de um ano, mas em outras situações anteriores – como na Greve dos Caminhoneiros – cheguei a propor isso na agência em que trabalhava. Acredito que esse é o momento perfeito para líderes demonstrarem empatia e abrirem portas ao novo modelo.

E, caso a possibilidade efetivamente se concretize – ou caso você esteja agora trabalhando de casa pela primeira vez – creio fortemente que esse pode ser um momento decisivo para a sua evolução pessoal e profissional. Aproveite para desacelerar, reestruturar a rotina, pensar com mais clareza.

Valorize o fato de que você não precisa pegar o seu carro e sair correndo para o trabalho de manhã. Medite pelo menos 15 minutos ao acordar. Aliás, aproveite essa OPORTUNIDADE por aqueles que não podem. Inclua em seus pensamentos quem ainda precisa pegar o metrô, ou o ônibus lotado para ir ao trabalho.

Recomendo também que você estabeleça uma boa rotina, defina horários para pausas estratégicas no expediente e tome cuidado com as distrações. Exemplo: eu costumo trabalhar das 9h às 11h, preparar o almoço, seguir trabalhando às 13h30, fazendo uma pausinha às 16h e depois encerrando o expediente por volta das 17h/18h.

Funciona. Você só precisa se comprometer. Aproveite a chance de mostrar à organização a qual você pertence que é possível conciliar home office e produtividade. 

Já pensou se após essa crise um número cada vez maior de empresas permita a flexibilidade de horários e a liberdade geográfica? O bem que isso faria ao planeta e às pessoas? Sou otimista. Acho que estamos em um momento divisor de águas do mundo capitalista.

O invisível veio para nos ensinar algo mais importante?

Engraçado que sempre falo bastante em meus textos sobre o medo. E o que poderia ser mais assustador do que uma ameaça invisível? Creio que o tal do vírus causa mais pânico por conta disso: está no ar, você não pode ver, não pode tocar

Isso nos coloca de novo diante da compreensão do quanto realmente somos pequenos e imponentes. Algo que nem sequer somos capazes de ver poderia nos matar. É como um soco na cara do nosso ego.

Tenho refletido também sobre o paradoxo de estarmos vivendo em um mundo que, embora globalizado, apresente a tendência de fechar suas fronteiras. Na esfera individual, provavelmente em breve também estaremos em quarentena, isolados. É como se alguma força maior nos obrigasse a experimentar isso na máxima potência.

Será que realmente é assim que queremos viver? Sozinhos? Isolados de tudo e todos? Eu sou apaixonada pelo home office, mas faço muita questão de sair com amigos, participar de cursos, eventos e não estar em casa o tempo inteiro. O vírus veio para nos lembrar: precisamos de pessoas

Acredito que todos nós já percebemos: necessitamos rever nossos rumos pessoais e profissionais urgentemente. Essa ameaça invisível, embora horrível, pode ser a melhor oportunidade para isso. Para nos recolhermos, pensarmos com mais clareza, experimentarmos usar menos o carro, comprar menos.

Quem sabe não seja este o marco final para o início de uma nova era de mais cooperação, consumo consciente/minimalismo, trânsito sustentável, saúde no trabalho?

Quero saber o que você pensa também. Concorda comigo? Discorda? Me conta aqui nos comentários que vou adorar ouvir sua opinião. 🙂




Nomadismo digital x rotina: como equilibrar essa equação?

peão equilibrando no chão

“Seja constante e metódico em sua vida, para que possa ser violento e original em seu trabalho” – Gustave Flaubert. Essa frase, retirada do maravilhoso livro “Roube Como um Artista”, pode até soar um pouquinho assustadora para nômades/aspirantes ao nomadismo digital.

Afinal, a graça do trabalho remoto não é justamente ter flexibilidade de horários e poder viver mais “livremente”, sem uma rotina fixa? Com certeza. Acontece que liberdade sem comprometimento – e um pouquinho de organização – acaba, paradoxalmente, virando uma prisão.

A resposta, como na maioria das vezes, está no equilíbrio. Por isso, neste artigo quero compartilhar com você alguns insights e técnicas para balancear o lifestyle nômade com a estabilidade de uma rotina. 

Vamos lá? 🙂

Uma breve contextualização: a importância da rotina (no nomadismo e na vida, em geral)

Antes de compartilhar com você um pouquinho do meu processo, gostaria de fazer uma provocação: já parou para refletir sobre para que serve uma rotina? Basicamente, a resposta é que o nosso cérebro precisa disso para não pirar completamente.

Quando você começar a viajar mais, vai perceber o quanto pequenas coisinhas rotineiras realmente fazem falta. Por exemplo: abrir o chuveiro sem ter que pensar como fazer isso, identificar rapidamente onde estão as louças em uma cozinha e, até mesmo, ter certeza sobre o caminho que irá percorrer até o trabalho todos os dias.

Conforme explica o jornalista Charles Duhigg no também brilhante livro “O Poder do Hábito”, a rotina e os hábitos fornecem um “descanso ao cérebro”, pois ter que parar para pensar sobre todos esses detalhes, de fato, demanda um gasto de energia mental enorme.

É igual quando você aprende a dirigir. No começo, fica tenso e precisa prestar atenção em cada movimento que está fazendo. Depois, você sabe a “rotina” que precisa seguir (colocar o cinto, ligar o carro, acertar a marcha). Tudo vira fácil e automático…Mas é aí que também mora o perigo!

Conforme mencionei em um artigo recente, acredito que viajar e trabalhar é algo capaz de nos tornar melhores pessoas e profissionais, justamente por nos obrigar a sair desse automatismo. Nos faz ficar mais atentos ao nosso redor novamente, prestar atenção no mundo e nas pessoas.

Só que sempre é válido lembrar: nomadismo não é turismo. Você vai viajar E trabalhar. Então, terá que lidar com clientes e responsabilidades – o que reforça a importância de um senso de rotina. Sem ela, fica muito fácil se perder, protelar trabalho, deixar de cumprir prazos. O que pode comprometer sua saúde física, mental e financeira.

Particularmente, penso que existe muito vazio em uma vida “estruturada” demais, mas acredito que uma vida muito desregrada também esconde um imenso vazio. Então, onde fica o caminho do meio?

Como eu equilibrei o nomadismo com a rotina

Sempre brinco que sou uma “nômade Nutella”. A verdade é que eu estou mais para uma “freelancer que trabalha em home office/cafés e viaja uma vez a cada um ou dois meses, mas ainda tem uma casa”. Mas aí está o ponto: esse foi o estilo de nomadismo que escolhi, justamente por perceber que, para mim, ter uma rotina é importante.

Quando estou “em casa”, tenho uma estrutura bem fixa: acordo por volta das 7h30, pratico Yoga, faço meu café, passeio com minha cadelinha. Trabalho online até por volta das 18h/19h e depois me desconecto. O que muda, então?

Bem, eu usufruo da minha flexibilidade me permitindo algumas concessões. Por exemplo: às vezes saio para um almoço ou café mais demorado com amigos, marco uma massagem, ou encaro um pedal no meio da semana – e acabo trabalhando menos horas. Para compensar, trabalho no sábado ou domingo (o que, para mim, não é problema).

Mas e nas viagens? O meu grande “truque”, quando não estou em casa, é tentar levar um pouco da minha rotina comigo. Procuro acordar no mesmo horário e sempre levo meu tapetinho de yoga, assim não “sofro” toda vez que saio até me adaptar. O que muda um pouco é o cenário

Por exemplo: se estou em uma cidade com praia, procuro levar meu tapetinho e fazer yoga em frente ao mar, caso o tempo esteja favorável. Seria um desperdício não aproveitar a beleza do local, certo? Assim, curto o destino e, de certa forma, não deixo de ter um senso de rotina. 

Isso é o que tem funcionado para mim. Mas, para você, pode ser diferente. E isso é o mais legal! Esse é um estilo de vida realmente novo e creio que nós vamos descobrir ao longo do caminho a melhor forma de vivê-lo com equilíbrio e saúde.

Então, se você é nômade e tem encontrado outras formas de equilibrar rotina e viagens, me conta aqui nos comentários? Eu vou amar saber! 🙂

E, se você sonha em aderir o trabalho remoto, aproveita e baixa meu E-BOOK GRATUITO com dicas práticas e sugestões de livros. 




Linhas editoriais de conteúdo: 4 insights poderosos para você criar as suas (com exemplos)

foto de um teclado, notebook e xícara de café

Um dos aprendizados mais relevantes em minha trajetória como produtora de conteúdo foi este: antes de começar a criar postagens, você precisa definir suas linhas editoriais. Caso contrário, as chances de se perder no processo são grandes (inevitáveis até, eu arriscaria dizer).

Não importa se você vai produzir conteúdo para um cliente ou para um projeto pessoal, o fato é que, antes de mais nada, desenhar uma ESTRATÉGIA editorial é indispensável.

Em termos mais simples, você precisa definir de forma muito clara sobre o que vai falar. Parece fácil? Pois é justamente aí que muitos produtores de conteúdo acabam se perdendo. Por isso, neste artigo, decidi compartilhar quatro dicas práticas para ajudar você a estabelecer suas linhas editoriais.

Vamos lá? 🙂

4 dicas para você definir suas linhas editoriais

Antes de pular para a parte das dicas, efetivamente, queria frisar só mais uma coisinha bem importante: a internet é um verdadeiro oceano de informações e conteúdos, certo? Isso sem falar que o número de redes sociais parece se proliferar em velocidade assustadora…

É por isso que reafirmo: antes de pensar em canais de distribuição e formatos (texto, foto, vídeo), você precisa refletir sobre aquilo que deseja comunicar. Isso porque, independentemente das plataformas e do tipo de conteúdo escolhido, o mais importante é que sua MENSAGEM seja clara.

Você precisa ter coerência em suas publicações. Senão, a tendência é você se empolgar e abrir demais o leque de canais e assuntos, perder sua consistência – e pior! – tornar o projeto confuso. Dito isso, vamos agora ao que interessa.

Como montar essas linhas editoriais? Abra o bloquinho de notas e anote aí:

1) Identifique três ou quatro temas que você/seu cliente realmente domina

Não faz sentido montar um projeto editorial embasado por algo que você/seu cliente não compreende, concorda comigo? Sobre quais temas você/ele realmente se posicionam muito bem, ou possuem um conhecimento acima da média? Essa vai ser a “moeda de ouro” do seu conteúdo.

2) Pense no público que você/seu cliente quer construir

Qual é o propósito do projeto de conteúdo em questão? Refletir sobre isso também é um ótimo caminho para começar a estruturar suas linhas editoriais. Por exemplo: através do meu conteúdo, eu busco me conectar e dialogar com pessoas que vivem (ou sonham em viver) um estilo de vida nômade, ou curtem a ideia do trabalho remoto.

De maneira mais simples: pessoas que têm uma “vibe” parecida com a minha. As suas linhas editoriais devem servir para APROXIMAR você de pessoas interessantes para o seu crescimento, ou para o negócio do seu cliente.

3) Explore temáticas que você/seu cliente ame

Parece óbvio, né? Porém, depois de seis anos consecutivos como produtora de conteúdo, posso afirmar com certa propriedade: você precisa ser realmente apaixonado(a) pelos assuntos sobre os quais vai falar. Se as linhas editoriais não forem interessantes, você vai perder o tesão rapidinho.

E isso vai acabar totalmente com a constância do projeto. Portanto, priorize trabalhar com clientes que abordam temáticas do seu interesse.

4) Observe as necessidades das pessoas ao seu redor

Em um artigo recente, mencionei que o EGOÍSMO (não olhar para as dores dos outros), nos faz muitas vezes perder oportunidades incríveis. Pois bem…acontece que uma das MELHORES formas de definir linhas editoriais é prestar atenção nas dores que as pessoas do nicho que você quer atingir enfrentam.

Por exemplo: eu identifiquei a partir de feedbacks que muitas pessoas que sonham com o nomadismo digital têm medo de abandonar a CLT. Então, decidi escrever um artigo falando sobre isso. Eu poderia até ir além e criar uma linha editorial para o meu projeto associada a “medos da vida nômade”. Captou a ideia?

E agora, talvez você se pergunte:

Será que linhas editoriais são imutáveis?

Já vou direto para a resposta: NÃO! Assim como tudo na vida, nada é imutável. Aliás, acho super importante analisar o efeito do conteúdo produzido e rever sistematicamente o que seu público/público do seu cliente gosta. Exemplifico, mais uma vez, com meu próprio caso:

Eu escrevo, de forma central, sobre quatro temas – produção de conteúdo, trabalho remoto/nomadismo digital, desenvolvimento pessoal/autoconhecimento e minimalismo. E, se você prestar bem atenção, na verdade todos os meus textos trazem em si uma filosofia semelhante, independentemente da linha editorial central. Por quê? Porque eu AMO todos esses assuntos (risos).

Só que…não tem sentido eu escrever só para mim. Eu escrevo para você. Por isso, inclusive, há algumas semanas fiz um post perguntando o que meus leitores mais gostam de ver por aqui, seus temas preferidos. Assim, pude ter mais clareza sobre meus próximos passos.

De forma geral, a internet tem muitos nichos (e até micro-nichos). O sucesso do produtor de conteúdo, a meu ver, reside em identificar os nichos que aprecia e realmente causar impactos neles com suas publicações.

Em tempo: se você sonha em trabalhar remoto e atuar como produtor de conteúdo, no ano passado eu escrevi um E-BOOK free com algumas dicas práticas para iniciantes. Se quiser baixar para complementar a leitura, basta clicar aqui.

E aí, curtiu as dicas? Me conta que eu vou AMAR ler o seu feedback aqui nos comentários. 🙂




Será que viajar e trabalhar simultaneamente pode nos tornar profissionais (e pessoas) melhores?

menina de mochila de costas na frente de uma montanha

Viajar e trabalhar ao mesmo tempo não é necessariamente “uma nova forma” de se viver – há muito tempo profissionais autônomos, empresários e até alguns colaboradores têm acesso a essa possibilidade. A novidade é que, com a ascensão tecnológica, o modelo de trabalho remoto hoje é muito mais acessível.

Devido às novas profissões (como a de Social Media) que nasceram com o universo online e todas possibilidades de conexão que o mundo digital trouxe, aliar trabalho e viagens já é possível para um número cada vez maior de pessoas. Agora, experimentando um pouco desse lifestyle, penso que ele pode ser revolucionário de inúmeras formas.

Cada vez mais, embasada por minha própria experiência e pelas conversas que tenho com outros(as) nômades digitais que tive o prazer de encontrar no meu caminho, percebo que essas mudanças na forma de se trabalhar causam impactos muito positivos e transformadores.

Topa aprofundar a reflexão comigo? Abaixo, vou compartilhar alguns insights sobre como penso que o trabalho remoto pode nos tornar mais criativos e humanizados.

Viajar e trabalhar é um convite à quebra de preconceitos

Acompanhei recentemente uma entrevista do filósofo Mario Sérgio Cortella no Youtube em que ele afirma: 

“Há pessoas que são alienadas porque não têm opção, outras são alienadas por escolha”. 

Como interpretei isso? Bem, creio fortemente que é uma provocação acerca do “estilo de vida moderno padrão”. Alienar-se por não ter escolha é a realidade para uma enorme fatia da população brasileira. São pessoas que vivem em modo automático porque não têm uma possibilidade de escolha consciente. Fazem o que têm de fazer para sobreviver.

Já para a fatia da classe média/alta (incluo eu e você nesta categoria, já que, considerando que você está lendo este artigo em um computador ou smartphone, provavelmente tem um poder aquisitivo pelo menos um pouco mais elevado), a alienação por comodidade é muito mais comum. Em outras palavras: adoramos entrar no piloto automático.

Trabalhar, comer, estudar, assistir televisão, dormir. Repete. Isso é alienação opcional. Com esse estilo de vida, fica fácil deixar a criatividade de lado. Parar de apreciar a vista da cidade. Não enxergar mais aquele mendigo na rua. Apegar-se a picuinhas, preconceitos, futilidades. Todo esse conjunto de fatores nos empobrece em corpo, mente e espírito.

É justamente este ponto que quero enfatizar: quando você começa a trabalhar de forma remota, cada novo lugar onde você se instala pode ser um choque de realidade. Conforme mencionei recentemente em um post no Instagram, quando você não tem uma rotina ancorada para seguir, começa a ficar muito mais atento e sensível a tudo.

Precisa encarar medos reais, se adaptar a lugares e pessoas – tudo isso enquanto atende clientes no celular e realiza seu trabalho efetivamente. Você acha que sobra tempo para dar atenção a fofocas ou se preocupar com coisas pequenas, como uma sujeirinha na toalha de mesa? É claro que não.

Precisamente por isso que acredito que, conforme o trabalho remoto se tornar mais popular, maior será o número de pessoas despertando de uma rotina “robotizada”. Esse “despertar” pode ser muito transformador.

O nomadismo digital nos permite evoluir como seres humanos.

Aí também entra outro ponto…

Nomadismo digital não é turismo – e isso é ótimo!

Noto que muitas pessoas ainda não compreendem que viajar e trabalhar como nômade digital é fazer algo bem distinto do turismo padronizado. Não é porque você não tem um ambiente de trabalho fixo ou um lugar certo para exercer seu ofício que está de férias. Pelo contrário!

Quem exerce trabalho remoto também precisa ganhar dinheiro – até mesmo para bancar suas viagens. É aí que entra o ponto: o(a) nômade digital não vai para um país necessariamente com o intuito de visitar determinados pontos turísticos e fazer compras. Ele(a) precisa de uma infraestrutura (local com internet, hospedagem com preço atraente e acessível).

Isso significa que os(as) nômades digitais ocupam o mundo de uma forma diferente. Não é só sobre ir para um país diferente. Devido aos tópicos que acabei de mencionar, os(as) nômades costumam se adaptar à cidade como verdadeiros locais, muitas vezes alugando casas de moradores pelo Airbnb e escolhendo bairros alternativos.

O(a) nômade não é um turista. Ele(a) tem essa sede de conhecer a cultura do lugar, a forma como as pessoas vivem o dia a dia ali. Afinal, também vai construir um certo senso de rotina na cidade (tomar café da manhã, trabalhar e, no fim do dia, quem sabe passear um pouco).

Tudo isso pode parecer pequeno, mas é transformador. Acho lindo ler relatos como o do Lucas Morello – um dos nômades que adoro acompanhar – , sobre como o nomadismo o fez entrar em contato com outras formas de ver a vida, de comer, de rezar, de perceber o mundo. 

O(a) nômade tem essa tendência de levar um pouquinho de cada lugar pelo qual passou consigo. Fazer turismo é diferente, muitas vezes é caro e pode até “explorar” uma cultura. Você mergulha naquilo e depois vai embora. Só que quando você leva a vida inteira na bagagem (seus pertences, seu trabalho, suas crenças), a desconstrução é mais profunda.

O impacto disso é muito grande. Em um mundo que parece querer construir cada vez mais muros, profissionais que têm sede de se experimentar em diferentes contextos e quebrar seus próprios preconceitos e crenças podem fazer uma mudança enorme.

Pode até soar exageradamente otimista, mas eu acho que sim: viajar e trabalhar tende a nos tornar pessoas melhores e nos aproximar de novo daquela utopia do Lennon. Viver em um mundo com mais paz, união, amor e respeito.

Curtiu os insights? Tem alguma experiência nômade para compartilhar? Coloca aqui nos comentários que eu vou amar ler e responder!! 🙂

E, se você pensa em virar nômade digital, vou citar mais uma vez o livro do Matheus de Souza, que também considero autoridade no assunto: “Nômade Digital: Um Guia para Você Viver e Trabalhar Onde e Como Quiser”*. É ótimo para começar seu projeto de trabalhar e viajar do zero.

*Observação: este livro contém meu link do Programa de Afiliados da Amazon. Ao comprar através dele, você não paga nada mais, mas eu recebo uma pequena comissão que ajuda a rentabilizar meu trabalho para que eu possa continuar escrevendo estes textos. Obrigada!

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Profissão Social Media em alta: quais são as competências essenciais neste mercado?

homem segurando celular

A profissão de Social Media cresce significativamente a cada novo ano. O próprio LinkedIn divulgou recentemente um relatório no qual expõe 15 carreiras emergentes para 2020 e adivinha quem está em primeiro lugar? Justamente o Gestor de Mídias Sociais e/ou produtor de conteúdo.

O mapeamento do In considerou alguns critérios relevantes para chegar a essa conclusão, especialmente a aceleradíssima disrupção digital. A verdade é que nove das 15 profissões em ascensão mencionadas têm, de alguma forma, relação com a tecnologia. O futuro já chegou.

Na prática, percebo que a carreira mencionada traz ainda outras vantagens que serão cada vez mais atraentes no cenário globalizado em que vivemos: possibilidade de exercer trabalho remoto, flexibilizar horários, ter mais qualidade de vida…

Como já estou em contato com essa realidade diariamente,pensei em escrever sobre o tema e trazer alguns insights sobre a profissão de Social Media, seus ônus e bônus e, claro, dicas práticas para você que pretende seguir esse caminho.

Espero que sejam úteis para você!

Social Media: o que é e por que está em enfoque?

Social Media é uma profissão que consiste em você assumir o papel de produzir, agendar e publicar o conteúdo que irá alimentar as redes sociais de um determinado cliente – seja ele uma figura pública (médico, nutricionista, influenciador) ou uma empresa (loja virtual, restaurante, marca de roupas, sapatos, etc).

Eis mais um dos porquês da popularidade da carreira: cada vez mais todas as pessoas e negócios estão percebendo que simplesmente precisam estar na internet. A experiência virtual já faz parte da experiência real. Por exemplo: quantas vezes procuramos o perfil de um restaurante no Instagram e isso nos faz ter vontade de realmente visitá-lo?

A presença digital molda uma narrativa que complementa a experiência do cliente e, por consequência, aumenta suas vendas. Traduzir essa “mensagem” através de conteúdo (textos, gráficos, imagens) é justamente a principal função de um excelente Gestor de Mídias Sociais. 

Engana-se muito quem imagina que ser Social Media é publicar cards e “fotinhos” com uma “legendinha”. Esse tipo de trabalhoraramente produz algum resultado. Um excelente produtor de conteúdo precisa ter raciocínio estratégico, gostar de aprender e ter uma certa destreza mental para encarar essa profissão ainda tão incompreendida.

Por isso, se você pensa em se capacitar na área, espie abaixo algumas competências que julgo fundamentais para prosperar na carreira

Como ser um bom Social Media? Confira 5 competências fundamentais

Abriu o Google Keep aí? Espie minha seleção de 5 características que podem fazer você se dar muito bem como Social Media:

1) Ser apaixonado(a) por aprender

Se você não gosta de aprender e abrir a mente para novos assuntos, creio que a carreira de Social Media talvez realmente não seja a melhor opção. Gerir redes sociais é um aprendizado contínuo! Primeiro porque, se você quiser traduzir a essência do seu cliente através do conteúdo dele, precisará realmente fazer um mergulho profundo no seu universo…

Exemplo: quando eu escrevia para um blog de Arquitetura e Design, minha mesa de trabalho era repleta de revistas da Casa Cor e eu seguia no Instagram e no Pinterest diversos perfis de arquitetura. Aprender sobre isso se tornou parte da minha rotina, o que se refletia no conteúdo que eu produzia.

Hoje, enquanto gestora de conteúdo para a área médica, leio diversas pesquisas de sites científicos, livros sobre saúde, acompanho documentários. É impossível ser um bom produtor de conteúdo se você não tiver referências. Gostar de aprender é absolutamente indispensável.

Isso sem falar que as redes sociais mudam de funcionalidade a todo instante. Se você não estiver disposto a aprender, como vai acompanhar isso?

2) Desenvolver organização/destreza mental para equilibrar rotina e flexibilidade

O Social Media autônomo precisa ser bem organizado(a) para seguir um calendário de publicações, revisar textos, conferir imagens. Um único post equivocado na internet pode prejudicar muito a imagem do seu cliente. Daí que é preciso estar sempre atento(a).

Por um lado, existe a vantagem do lifestyle como nômade digital, que realmente é incrível. Mas não pense que tudo são flores. Você terá que trabalhar muito bem a sua mente para equilibrar trabalho/lazer, rotina/flexibilidade – e, ainda, lidar com o fato de que muitas pessoas não vão compreender de fato como é que você ganha a vida.

3) Aprimorar o raciocínio estratégico

Ser Social Media não é sinônimo de “atualizar o Instagram e o Facebook de uma empresa”. Nada disso! Cada negócio e cada profissional possui suas próprias necessidades. Um excelente Gestor de Mídias não apenas produz o conteúdo, mas também desenvolve uma estratégia acerca dos canais em que o cliente vai atuar.

Para um determinado negócio, por exemplo, pode fazer mais sentido estar no Pinterest do que no Facebook. Ou, então, alimentar um blog próprio ao invés de um canal do Youtube. O próprio LinkedIn aqui é um excelente canal para posicionamento de marcas/empresas. Já parou para refletir sobre isso?

A estratégia é onde tudo começa. Não faz nem sentido produzir conteúdo sem um objetivo/raciocínio estratégico por trás.

4) Estar disposto a investir em capacitação

Tudo que escrevi neste artigo não saiu simplesmente do nada! São percepções que fui formulando ao longo da minha carreira…e naturalmente não cheguei a todas essas conclusões sozinha. São ideias que fui captando de diversos mentores que tive nesse mundinho digital (aos quais sou imensamente grata) e com os quais continuo aprendendo muito.

Como Social Media, você terá que buscar capacitação e ter pessoas para se inspirar neste caminho. Eu já indiquei outras vezes alguns cursos* por aqui, que podem auxiliar no processo.

5) Saber identificar seus pontos fortes e fracos

Por fim, como em qualquer outra carreira, ser Social Media envolve uma autoanálise criteriosa! Como a profissão ainda é pouco conhecida, muitas vezes o profissional acaba assumindo todas as funções aqui descritas (parte estratégica, produção do conteúdo, criação de fotos e imagens), mas nem sempre o resultado é excelente.

A polivalência – isto é, entender de design, texto, foto e um pouco de programação – é, de fato, importante nessa carreira. Mas uma das coisas que aprendi é que não é necessário fazer tudo sozinho(a) sempre! Exemplo: eu gosto muito mais de escrever do que produzir imagens.

Então, hoje nos projetos em que atuo tenho uma designer excepcional comigo, que consegue alinhar tudo que está no texto com uma imagem incrível. Mesmo de forma autônoma, a profissão de Social Media ensina aquilo que já foi dito milhares de vezes:

Ninguém faz nada sozinho!

E aí, curtiu as dicas? Se você gostou, me conta aqui nos comentários que eu vou amar saber. 🙂

*Observação: o curso indicado neste artigo contém meu link de Afiliada. Ao comprar através dele, você ajuda a rentabilizar meu trabalho para que eu possa continuar escrevendo esses textos e compartilhando aqui com você. Obrigada!!

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Os 5 maiores benefícios que o trabalho remoto traz para a sua vida (baseados na minha experiência)

mesa de madeira com notebook

Quando decidi que meu projeto de vida seria me tornar nômade digital, nem eu mesma tinha noção da dimensão do impacto que isso teria no meu modo de viver. A princípio, parecia ser uma decisão associada exclusivamente ao âmbito do trabalho. Mas produzir de forma remota revoluciona nossa existência não apenas de uma – e sim de inúmeras maneiras!

Hoje, depois de um ano atuando como produtora de conteúdo nesse formato, já posso afirmar: por ser tão intenso e disruptivo, trata-se de um lifestyle que não apenas afeta a qualidade de vida. Vai muito além disso.

É uma possibilidade de economizar dinheiro e administrá-lo com mais inteligência e, se você estiver disposto(a), de fazer uma jornada interna transformadora. Uma alternativa que lhe permite olhar mais para dentro e se autoconhecer.

Pensando em resumir um pouco de tudo isso, neste artigo sintetizei 5 benefícios que o trabalho remoto trouxe para a minha vida e que pode trazer para a sua também. Topa o mergulho? 🙂

5 vantagens de aderir ao modelo de trabalho remoto

Espie, abaixo, 5 razões irresistíveis para pensar em aderir ao modelo de trabalho à distância e/ou nomadismo digital: 

1.Mais tempo para práticas meditativas e atividade física

Você sabe que praticar atividade física e meditar são hábitos de vida que contribuem para o bem-estar. Já ouviu isso milhares de vezes e incluiu a promessa de que faria isso nas suas resoluções de Ano Novo pelo menos 1 vez nos últimos 5 anos, estou certa? Mas e o tempo para colocar em prática?

Também já passei por isso. Mas, desde que aderi ao trabalho remoto, comecei a efetivamente praticar Yoga, meditar e correr/caminhar diariamente. A diferença que faz em nosso bem-estar é realmente notável. Sou outra pessoa depois disso – e, quando você pode flexibilizar seus horários, incluir essas práticas na rotina realmente é mais fácil. 

2. Menos um carro (e todos seus custos)

Depois que comecei a trabalhar em lugares aleatórios, percebi que não havia mais necessidade nenhuma de ter um carro próprio. Decidi vender o meu e me livrar de todo peso que carregava nos ombros por conta dele (custos de revisões, IPVA, manutenções eventuais e gasolina – que, vamos combinar, não está nada acessível).

Meu novo veículo de locomoção é esta beldade aqui embaixo – a Céu, minha bicicleta.

bicicleta azul em uma pracinha

Quando preciso chegar em algum local de carro, o Uber é a melhor alternativa. Além da sensação de alívio de não ter um bem tão caro quanto um veículo de quatro rodas para manter, saber que minha decisão ajuda o meio-ambiente me traz uma leveza inexplicável.

Aliás, outra enorme vantagem do trabalho remoto e de fazer seus próprios horários, sem dúvida, é esta: evitar o caos do trânsito que acaba com a paciência de qualquer pessoa.

3. Alimentação mais saudável e balanceada

Eu adoro me alimentar bem e isso se intensificou ainda mais desde que comecei a trabalhar com flexibilidade. Quando atuava em agências, a coisa toda exigia uma logística absurda (preparar marmitas, adiantar almoços, etc). Hoje, faço meu “horário de almoço” colhendo alimentos da minha própria horta, ouvindo música, relaxando a mente…

hortinha com temperos
Hortinha que comecei a montar quando passei a trabalhar de forma remota/em home office.

Aprendi a cozinhar e me aprofundei na culinária vegetariana/vegana. Descobri que isso é uma grande paixão e que o ato de fazer nosso próprio alimento é extremamente terapêutico! Mais uma decisão que melhorou minha relação com a comida, comigo mesma e com o planeta.

4. Melhor convívio com a família e os amigos

Muitas vezes, de forma inconsciente, nem percebemos o quanto nosso trabalho é capaz de nos estressar. E em quem acabamos descontando as frustrações? Em nossos amigos e familiares. Já parou para pensar no quanto isso é triste?

Depois que comecei a trabalhar remotamente e ter mais flexibilidade, a qualidade de minhas relações se transformou completamente. Hoje consigo ser mais carinhosa com as pessoas da minha família, dar atenção aos meus amigos e amigas mais queridas diariamente, me fazer mais PRESENTE para quem eu amo.

Não existem palavras possíveis para descrever o quanto isso é maravilhoso

5. Ampliação do contato com outras pessoas e culturas

Sem dúvidas, uma das partes mais legais do trabalho remoto é a possibilidade de incluir viagens na rotina – e não necessariamente em feriados, mas em períodos aleatórios. Viajar, na minha experiência, é uma das formas de autoconhecimento mais enriquecedoras. Toda viagem é uma busca por nós mesmos

Eu amo fazer novos amigos, entrar em contato com formas distintas de ver e experimentar o mundo, sair da minha bolha. Acredito que o nomadismo digital nos faz melhores profissionais e, em paralelo, melhores seres humanos. Nos torna menos preconceituosos e alienados.

Como começar a trabalhar de forma remota?

Curtiu as vantagens? Então, talvez agora você esteja se perguntando: “ok, mas como começar essa história de nomadismo digital?”. De fato, trata-se de um projeto de vida que não ocorre do dia para a noite. É necessário planejamento.

Foi justamente pensando em ajudar você que está iniciando essa trajetória que escrevi, no ano passado, um E-BOOK GRATUITO com 12 dicas práticas + 5 livros que podem ajudar no processo. Para baixar, basta clicar neste LINK aqui.

Se você curtiu as dicas, me deixa saber aqui nos comentários? 🙂




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Por que os valores pessoais são essenciais na carreira de freelancer?

pedras

Você sabe quais são seus valores pessoais predominantes? Pode soar como um questionamento provocativo, mas ele é extremamente relevante – pode acreditar. Principalmente se você atua como produtor de conteúdo freelancer e exerce trabalho remoto na área do Marketing Digital (ou qualquer outra).

Talvez (assim como eu até bem pouco tempo), você nunca tenha parado para refletir sobre o fato de que , como “autônomo”, você também é como uma empresa. Na realidade, de forma bem pragmática, além de ser um prestador de serviços, você é sua própria empresa

Precisa gerenciar seu fluxo de trabalho, demandas, caixa, burocracia. É fácil se perder no meio disso tudo, não é? Sei bem. Mas é aí que os seus valores pessoais vão ser de extrema ajuda! Vou explicar o porquê

Topa aprofundar a reflexão?

O que são valores pessoais e por que são relevantes?

Valores pessoais são um conjunto de princípios que regem basicamente todas as ações em nossa vida (de forma consciente ou não). Eles são os pilares principais por trás das decisões que tomamos ou deixamos de tomar, pela forma como agimos em relação a outras pessoas e a nós mesmos.

Em corporações maiores, muitas vezes os valores e a missão são expostos ao grande público e disseminados também internamente. Por quê? Porque, a cada decisão tomada, os princípios éticos ali descritos devem ser respeitados (nem sempre isso ocorre, mas em um mundo ideal, assim deveria ser).

Sem valores bem definidos, em minha visão, uma empresa pode ficar perdida. Isso porque, sem um propósito e princípios norteadores, eventualmente todos os seres humanos (a base da organização) ficam sem direção – você já deve ter percebido isso em alguns momentos de crise existencial. Precisamos saber o que nos move.

No caso de um profissional freelancer, então, a confusão pode ser ainda maior. Afinal, trabalho e vida pessoal invariavelmente se misturam. Depois que você não precisa mais “bater ponto”, é só você com você mesmo. E, sem um bom alinhamento interno de valores, é muito fácil surtar e se perder.

Mas, então, como definir esses preceitos que vão guiar nosso trabalho – principalmente considerando que na carreira de freelancer eles vão se misturar à essência pessoal?

Abaixo, vou compartilhar um pouquinho de como construí – e identifiquei – meus valores em meio à minha rotina de trabalho.

Como definir seus valores pessoais?

Uma das melhores formas de descobrir os valores que vão nortear o seu trabalho é refletindo sobre aquilo que incomoda você. É isto mesmo: geralmente, aquilo que mais nos incomoda no mundo tem relação com o fato de ser contrário aos nossos valores.

Por exemplo: como jornalista, eu nunca consegui entender muito bem como produtores de conteúdo podem escrever textos mal embasados, sem dados de fontes de credibilidade – ou PIOR – copiarem conteúdos de outros produtores. Bingo! Descobri um dos meus primeiros valores: ÉTICA.

E decidi que a ética não seria norteadora apenas na produção do conteúdo, mas também em relação à cobrança de jobs e à relação com meus clientes, sempre feita com abertura ao diálogo. Isso me auxiliou em diversos momentos e trouxe credibilidade ao meu trabalho.

Outro ponto que sempre me incomodou: ter que fazer algo correndo, executar trabalhos sem qualidade. Eis que identifiquei meu segundo valor: QUALIDADE (em relação à entrega dos meus trabalhos e à qualidade da minha vida). Como sempre digo, prefiro ter menos clientes e ter tempo na rotina para praticar Yoga e meditar.

No fim das contas, isso também favorece o meu trabalho. Por fim, em meio a diversas transformações pelas quais passei na minha carreira, percebi que o que sempre me deu motivação no trabalho é o senso de CONTRIBUIÇÃO. Esse é o terceiro valor que escolhi.

Quando sinto que estou executando meu trabalho apenas por dinheiro e não tenho a sensação de estar contribuindo de alguma forma para tornar o mundo e a vida das pessoas melhor, tudo perde o sentido. Por isso, também procuro ter e manter clientes que estão alinhados à minha visão de mundo. 

Bem, isso é o que funciona para mim. Também procuro trazer valores como AMOR, CRIATIVIDADE e EVOLUÇÃO PESSOAL como norteadores, sempre. No entanto, é interessante lembrar que valores pessoais não são imutáveis. Como seres humanos, nós evoluímos no decorrer de nossa jornada (que bom, não é?) e nossos valores podem evoluir conosco.

O mais importante? Encontrar e manter, pelo máximo de tempo possível, essa paz de espírito proveniente do alinhamento dos seus valores com a rotina de trabalho e jobs. 

E você, já tinha parado para refletir sobre os seus valores? Me conta aqui nos comentários!!

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5 sites de referência para produtores de conteúdo (principalmente científico)

óculos sobre um livro

Atuo como produtora de conteúdo há quase cinco anos e, desde então, praticamente não se passa um dia nesta vidinha em que eu não pesquise sobre algum assunto específico em sites de referência. Em minha visão, não existe informação boa sem embasamento, contextualização e estratégia.

Aliás, penso que nessa era de desinformação e confusão, os bons produtores de conteúdo têm um papel social fundamental. Na contramão das Fake News, precisamos aliar nosso trabalho à oferta de textos escritos de forma criteriosa, com qualidade, respaldados por fatos reportados em veículos de credibilidade. Caso contrário, estamos prestando um desserviço.

Mas vamos lá ao que interessa: onde encontrar boas ideias, fontes e materiais para criar conteúdos impecáveis? Abaixo, compilei 5 sites que simplesmente adoro

TOP 5 canais de referência para inspirar e embasar conteúdos

Aproveite para acessar e já favoritar aí no seu navegador. 🙂

1. Science Daily

O Science Daily Traz em forma de releases as notícias mais atuais do universo da saúde/ciência. Tanto os títulos, quanto os temas e os próprios dados das pesquisas podem ser utilizados para embasar seus conteúdos (não só na área médica, mas em outros textos que exijam dados respaldados por pesquisas). 

2. Pubmed

O Pubmed é outro site que disponibiliza artigos científicos de periódicos e revistas que estão entre os mais respeitados do mundo, como o JAMA, Cochrane, Science e Nature. Mesmo sendo em inglês, se você tiver dificuldade de compreender pode usar a ferramenta de extensão de tradução do Chrome e não terá problemas.

3. Pinterest

Eu amo o Pinterest como fonte de conteúdo! Ele pode ser inspirador tanto em termos de imagens, quanto em chamadas para textos e links de sites que trazem informações sobre o tema pesquisado. Vale a pena buscar inspiração lá e reforçar o texto com dados dos outros sites que menciono aqui.

Como atuo com foco na área da saúde, perfis como o Food Revolution me inspiram muito. 

4. Medscape

O Medscape é um site que traz notícias super recentes das novidades da medicina e da ciência. É utilizado por muitos especialistas como referência, além de ter uma Newsletter super legal que envia as principais atualizações por e-mail. As próprias manchetes podem inspirar textos e títulos. 

5. Sites de notícias oficiais

Sempre procuro embasar meus textos por dados de sites OFICIAIS de notícias, como Folha de São Paulo, G1, Terra e Correio do Povo. Sempre desconfie de qualquer dado “oficial” publicado por veículos com nomes estranhos ou pouco conhecidos. Fontes como Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde também são boas opções. 

Como referenciar fontes no seu conteúdo?

Óbvio que, além de checar as suas fontes, você precisa referenciá-las no seu texto. Minha sugestão, se você produz conteúdo para redes sociais, é colocar um asterisco ao lado da palavra estudo e, no fim do post, escrever assim: *Fonte {nome do estudo + nome do periódico + ano da publicação}. Veja um exemplo aqui.

JÁ se você utilizar as fontes para escrever um artigo de blog com foco em SEO, sugiro que inclua os LINKS da pesquisa. Por exemplo: “um estudo conduzido com mais de 3.500 adultos que participaram de programas de meditação concluiu que…”. É uma escolha estratégica, porque utilizar links externos favorece a otimização do seu artigo nos buscadores.

É isso! Espero que as dicas sejam úteis para você. 🙂 Se quiser se aprofundar mais no universo de produção de conteúdo e trabalho remoto, disponibilizei um E-BOOK gratuito sobre o tema recentemente. Para baixar, basta clicar aqui

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Por que o autoconhecimento deve ser nossa prioridade pessoal e profissional?

homem olhando para vidro

Um dos meus maiores desafios existenciais é buscar viver de forma consciente e focada no autoconhecimento. Constantemente, me questiono sobre tudo o que faço, reflito sobre o porquê faço e como faço. Tenho uma vozinha interna que sempre diz: “sem isso, você é só uma marionete do sistema”.

Pois bem, na semana passada, após acompanhar a entrevista do brilhante professor israelense Yuval Harari no Roda Vida (vou deixar o vídeo completo no fim do artigo), o sentimento se intensificou ainda mais. Ele é um daqueles seres humanos que me parece capaz de prever os rumos da humanidade.

Um dos pontos que mais me chamou atenção na entrevista foi sua abordagem em relação ao autoconhecimento. Na visão dele, meditar, silenciar e exercer um olhar contemplativo em relação a nós mesmos nunca foi tão relevante para a saúde física e mental.

Concordo plenamente e vou explicar o porquê. Topa aprofundar?

Autoconhecimento na Era Digital

Harari disserta muito sobre o impacto da tecnologia em nossa realidade. Na obra 21 Lições para o Século 21, ele já havia alertado: corremos um sério risco de que, em breve, as máquinas saibam mais sobre nós do que nós mesmos.

Pode parecer algo bobo e inofensivo, mas é assustadoramente real. O avanço tecnológico é, inquestionavelmente, benéfico em inúmeros sentidos. Só que ele parece afastar o ser humano ainda mais de si próprio. É fácil se distrair e nunca olhar para si com tanto conteúdo à disposição.

Isso, sem dúvidas, deveria ligar um alerta vermelho dentro de nós. Mas não liga. Porque a tecnologia emergiu justamente em um momento extremo de desconexão interna. Então, nós mal refletimos antes de deixar que os dispositivos entrassem na nossa vida. Simplesmente aderimos, sem pensar nas consequências…

E eu ouso dizer que os resultados estão cada vez mais evidentes. Parecemos cada vez mais zumbis ambulantes com telefones nas mãos. Ao mesmo tempo em que temos quase todas as facilidades ao alcance de um aplicativo, somos uma população cada vez mais deprimida e ansiosa.

E este é o grande risco de não olharmos para nós mesmos: ficamos estancados no mesmo lugar, às vezes presos em trabalhos que não nos satisfazem, com uma sensação de sermos vítimas. Enquanto isso, as máquinas já procuram nos dar tudo de forma pronta, automatizada. Terceirizamos à tecnologia nosso poder de escolha.

Sobre com quem estar, com quem se relacionar, como consumir, o que assistir, como se locomover. Sabe aquela frase do gato da Alice “se você não sabe para onde vai, qualquer caminho serve?”. É isso.

Se não soubermos pelo menos um pouquinho melhor quem somos, simplesmente seguiremos a tecnologia (e os interesses daqueles que a criaram). E podemos acabar mal. 

Isso é tudo, menos viver consciente, concorda?

A ponte entre hiperatividade e passividade

Ainda sobre tecnologias, em outro livro incrível que estou lendo – chamado “Sociedade do Cansaço”, o filósofo Byung-chul Han apresenta um argumento semelhante ao de Harari. Para ele, vivemos em uma sociedade imersa em hiperatividade, com pouco tempo contemplativo à disposição. A tecnologia acelerou tudo. 

Paradoxalmente, essa violência cognitiva tende a nos deixar tão exaustos que ficamos na verdade ativamente passivos – por mais louco que pareça. Mas pense bem: não é exatamente isso que fazemos quando dedicamos horas ao Instagram, Facebook, Netflix (e derivados)? Estamos ali, acordados, consumindo conteúdo…

Mas, em essência, estamos adormecidos. Veja que trecho fantástico:

“A agudização hiperativa da atividade faz com que esta se converta numa hiperpassividade, na qual se dá anuência a todo e qualquer estímulo. Em vez de liberdade, ela acaba gerando novas coerções. É uma ilusão achar que quanto mais ativos nos tornamos, mais livres seremos”.

Basta verificar quantas vezes já nos arrependemos por alguma mensagem no WhatsApp, ou contemplar nossa própria incapacidade de desligar o aplicativo e não responder ao chefe no fim de semana. Somos escravos passivos da hiperatividade.

Autoconhecimento na prática: por onde começar?

Todas essas reflexões sobre tecnologia fazem o cérebro ferver, não é? Em meio a todas elas, precisamos ser realistas: dificilmente poderemos frear essa ascensão digital. Por isso, precisamos ser responsáveis por reservar alguns minutos do dia sagrados a nós mesmos.

Pode ser com uma meditação pela manhã ou à noite, uma aula de Yoga, uma horinha na academia, uma caminhada leve. Ou até regando uma planta. O mais importante é você não se perder de si mesmo(a) em um momento tão crítico na história. 

Abaixo, a entrevista completa do Harari. Imperdível. E o próprio medita duas horas todos os dias, a título de curiosidade. 

Gostou do texto? Tem suas próprias opiniões sobre o assunto? Compartilhe aqui que eu vou adorar ler e responder para aprofundar a discussão!

Observação: os livros indicados neste post contém meus links de afiliada. Ao comprar através deles, você ajuda a rentabilizar meu trabalho para que eu possa seguir escrevendo esses textos. Obrigada!

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